MORTE ETERNA NO INFERNO



O terceiro tipo de morte é a consumação dos outros dois. É a morte eterna.
É a execução da sentença legal; e a consumação da morte espiritual. A
morte eterna e a morte da alma; isto acontece depois da morte física, após
a alma ter saído do corpo. Se a morte legal e terrível e por causa das suas
conseqüências; e se a morte espiritual e horrível, e por causa daquilo que
acontecerá depois. As duas mortes da qual falamos são as raízes, mas a
morte que advirá é a arvore em plena frutificação!
Oh, se eu tivesse palavras para descrever a você neste momento o que é a
morte eterna. A alma compareceu diante do seu Criador; o livro foi aberto;
a sentença foi declarada: " apartai-vos malditos". O universo foi sacudido,
e tomou as próprias galáxias obscurecidas com a desaprovação do Criador;
a alma se foi as profundezas onde habitara com outras na morte eterna.
Oh quão terrível e a sua posição agora. Seu leito é um leito de chamas: as
visões que ela tem são horrendas horripilam-na; os sons que ouve são
gritos, lamentações choros, e grunhidos; tudo que o seu corpo conhece é a
imposição de dores lancinantes! Ele tem o inexprimível infortúnio da
miséria não mitigada. A alma olha para baixo com medo e pavor; o
remorso toma posse dela. Ela olha para sua direita. e as paredes inflexíveis
da ruína a mantém dentro dos limites da tortura. Olha para sua esquerda,
e ali o baluarte de fogo ardente impede a escalada de qualquer imaginado
escape. Olha para dentro de si e ali procura por consolação, mas um
verme torturante já penetrou nela. Ela olha em volta não tem amigos que a
ajudem, nem consoladores, e sim atormentadores em abundância. Não
conhece a esperança da libertação; já ouviu o eterno ferrolho do destino
fechando a porta da terrível prisão, e viu Deus tomar a chave e jogá-la nas
profundezas da eternidade para nunca mais ser achada. Sem esperança,
desconhece escape, não conjectura libertação; suspira pelo fim, mas a
morte é por demais um adversário para ali estar; deseja ardentemente que
a não existência a possa tragar, mas esta morte eterna é pior do que o
aniquilamento. Anseia pelo extermínio como trabalhador pelo seu dia de
descanso; deseja profundamente que possa ser engolida pelo nada, assim
como o escravo da galé deseja sua liberdade qual nunca chega. Está
eternamente morta. Quando a eternidade tiver dado incontáveis voltas a
alma perdida ainda estará morta. "Para todo o sempre" não conhecerá fim;
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a eternidade não pode ser soletrada a não ser na eternidade. No entanto, a
alma vê assento sobre a sua cabeça; és maldita para sempre". Ela ouve
gritos que serio perpétuos; as chamas que são inextinguíveis; conhece
dores que não terão alivio; ouve uma sentença que não ruge como um
trovão da terra que logo cessa porém, continua sempre e sempre, retinindo
os ecos da eternidade - fazendo milhares de anos tremer outra vez com o
terrível estrondo do seu pavoroso ruído; "Apartai! Apartai! Apartai
malditos''! Isto é na verdade a morte eterna.

Autor: Texto retirado de um dos sermões do reverendo "Charles Spurgeon".
Autor: Cristielen Maciel


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