Terapia é coisa pra corajoso!



Apesar de toda evolução científica que observamos todos os dias, percebe-se o grande número de pessoas que vêem a psicoterapia como algo “de outro mundo” ou como “coisa de louco” ou ainda como último recurso, quando já se chegou ao fundo do poço e já não se sabe mais o que fazer.

Acredito que este tipo de crença está baseada no medo. No medo de realizarmos descobertas em nós que não nos agrada tanto e que, por isso mesmo, é melhor ficar escondido as sete chaves!

Na minha vivência em consultório percebo esse movimento todos os dias. Quando parece que o individuo vai começar se movimentar no sentido de transformar crenças, padrões de comportamentos e atitudes, de repente desiste da terapia, justificando que está sem dinheiro; ou que nada muda, então não adianta; que está cansado; com problemas na família; alguém doente, enfim, inúmeras justificativas para continuar no “velho jeitinho de funcionar”.

Claro que, algumas vezes, existem motivos realmente concretos que impedem o andamento do processo psicoterapêutico, no entanto, na maioria dos casos, observo uma dificuldade muito grande de continuidade por medo inconsciente de sair do padrão que estão acostumados a viver e, sendo assim, se torna muito mais fácil continuar do jeito que está.

Transformar atitudes, crenças, comportamentos já padronizados exigem de nós comprometimento, disciplina e sobretudo coragem.

É preciso muita coragem pra admitir que temos esse ou aquele comportamento que causa nosso sofrimento, mas também nos mantém numa zona de conforto;

É preciso coragem pra reconhecer que temos medos e que talvez eles não desapareçam pelo simples fato de procurarmos ajuda e que vamos precisar de mais um pouco de coragem pra conviver com eles até que consigamos transformá-los;

É preciso coragem pra percebermos que tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa e que não somos vítimas das circunstâncias e das pessoas;

É preciso coragem pra sentar na frente de um profissional e se desnudar interiormente e muitas vezes se sentir frágil sem saber exatamente o que este profissional vai fazer com o que ouviu.

Enfim, somente aquele que está comprometido com seu próprio crescimento (mental-emocional-espiritual) pode desenvolver a coragem suficiente para olhar para suas dores, sua sombra e extrair delas a lição necessária para ir ao encontro de sua luz!

Por isso que eu digo: Terapia é coisa pra corajoso!
Autor: Daniela Maria Palmeira de Azevedo


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