TORCENDO CONTRA OS EDUCADORES, POR QUÊ?
Na maioria dos casos que vivenciamos em práticas pedagógicas os gestores e demais auxiliares do processo educativo procuram apostar na fragilidade dos educadores e procuram sempre encontrar defeitos nos educadores talvez na ânsia de mostrar serviço ou garantir a permanência no emprego. A literatura sobre educação vai provar que há pessoas que torcem contra os professores que vivem sempre em profunda tensão em seu trabalho que é cobrado de forma veemente , porém pouco recompensado e reconhecido. Os educadores são cobrados em termos de disciplina , postura e derramamento de conteúdos, porém não são premiados pelas boas idéias ou pela geração de métodos de conquista dos alunos ou de geração de aprendizagem firme e permanente. As cobranças burocráticas que recaem sobre os professores acabam por provocar tensão e geração de ambientes normalmente de cobranças e pouco apoio na prática educativa.
É importante que os educadores sejam respeitados não somente pela dignidade da profissão ou de seu papel perante a sociedade mas, sobretudo pela necessidade de respeito que os mesmos merecem ou pela constatação veemente de sua importância e de sua força perante os desafios da sociedade moderna. Os que administram a educação tem de gerar mecanismos que promovam uma boa ação docente que não se resume a salários ou ascensão funcional, além disso é preciso que os educadores tenham nas mãos objetos para seu trabalho promovendo uma materialidade de ação na prática pedagógica. É preciso investir no trabalho do educador em termos de meios tecnológicos mais ativos para a prática docente, pois nos dias de hoje é praticamente impossível o modelo de educação que se baseia apenas no trinômio livros, quadro e pincel.
O respeito ao professor tem de ser demonstrado no momento em que vemos que geralmente os educadores são entregues às salas de aula sem informação nenhuma sobre os alunos , em turmas geralmente enormes , com salas de pouco conforto e geralmente sem meios modernos para as práticas educativas. Não é possível que aos professores sejam dadas a missão simples de “segurar” a turma sem meios ativos e sofisticados que facilitem o processo ensino – aprendizagem. As escolas devem investir em geração de tecnologia para as práticas pedagógicas, pois o ritmos de avanço da sociedade tecnológica e do processo de globalização não comporta nas aulas que nossos antepassados tiveram e que , até hoje continuam a mesma. No momento em que mudam – se os métodos de seleção para o vestibular é preciso dar uma reviravolta no ensino , mas uma reviravolta que não seja meramente de preparação para o novo vestibular que se vislumbra , mas uma reviravolta nas relações e processo de geração de educação que seja antes de tudo pautada na formação dos alunos para o pensamento, para a criação e, sobretudo para o aprendizado que leve em conta o modelo de sociedade que temos que vai sempre exigir profissionais que saibam pensar , criar e que seja artífices de um saber autônomo e gerador de idéias. A Escola não está ai para segurar alunos nas salas, a escola existe para formar e gerar pessoas que podem e devem mudar o mundo para o bem de todos indistintamente.
Autor: Francisco Djacyr Silva de Souza
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