A MAQUIAVÉLICA DISCRIMINAÇÃO SEXUAL



O que é mais relevante para os seres humanos, ser um cidadão social presente nos deveres e direitos da sociedade ou insistir na discriminação humana? Essa é a pergunta do qual deveríamos aplicar a cada dia, é nos acontecimentos corriqueiros que procedemos à indagação.
Há acontecimentos do qual não observamos ou até mesmo deixamos para trás e despercebido, por não ter ocorrido conosco ou por não termos sido prejudicados, acontecimentos como o preconceito social, que relatamos todos os dias e não fazemos nada para tal mudança, então por que não dizer: vamos fazer a diferença!.
Foi relato de uma maneira “Maquiavel” dessa humanidade, uma reportagem pelo “Jornal Hoje” da Rede de Emissora "GLOBO", no dia 15 de abril de 2010, que se refere ao caso de um jovem “Paulo Sócrates”, passou pelo preconceito, sendo a sua história de maior relevância de indignação social. Esse por sinal expõe seu fato para que todos possam se alertar que no Brasil esse país taxado de um país livre de preconceitos, há e permanece presente o preconceito de gêneros em pleno século XXI. Ele descreve sua experiência, “Eu sofri uma agressão saindo do trabalho e não fui atendido pelo policial ao qual eu recorri, porque o policial disse que era uma briga de namorados”. Agora eis a pergunta que não tem obrigação de calar, quem deveria protegê-lo? Uma autoridade que resguarda total segurança destinada a proteger, assegurar, respeitar, harmonizar, resguardar o direito de cada um e até mesmo de si próprio, ver essa atitude é meio de insatisfação, ou até mesmo de impotência para aqueles que buscam seus devidos direitos e, por que não dizer: respeito!.
Se até mesmo a Constituição Federal ressalva o direito a todos sem distinção, desrespeito, que diz no seu artigo 5° “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No entendimento de qualquer um está claro do que deve ou não predominar uma sociedade, essa Constituição que estabelece direito, também estabelece deveres. E o dever de um policial com a sociedade em hipótese alguma é a de lesar, deixar de atender um cidadão que necessita de proteção, por nenhuma argumentação concludente e cabível, de seu preconceito descabido.
Agora a que ponto pode chegar um protetor da lei deixando de atender aquele que precisa de segurança pelo simples fato de “ele” ser homossexual, esse por sinal não cometeu crime algum em pedir ajuda, não lesionou o direito de ninguém ao seu redor. Cabe o procedimento de tal policial? E sua ética é procedente (?), Profissional(?), Acredito que todos não enxergaremos dessa maneira, tanto por que a ética de um profissional vai além de seus conceitos ou preconceitos sociais, na hora de sua atuação é deixado de lado suas crenças, religiosidade, diferenças com o próximo, vai muito além, para aquele que necessita de ajuda.
A palavra Ética, como salienta Motta (1984) defini como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. Ter preconceito com um Homossexual não é uma forma adequada de um homem ter com o outro em sociedade e muito menos a forma de um policial e até mesmo qualquer cidadão.
Para coibir a discriminação a Câmara aprovou um projeto de lei que agora está no Senado e transforma em crimes a discriminação e o preconceito por orientação sexual. Atitudes como impedir o acesso ou recusar atendimento aos homossexuais, por exemplo, em bares e restaurantes e proibir manifestações de afeto podem ser punidas com prisão de um a três anos. Quem praticar, induzir ou incitar a discriminação contra homossexuais, além da prisão, fica sujeito a pagar multa.
Medidas como está, que percebemos que por mais que tenhamos que penalizar para que possa parar de acontecer algo como esse tão desprezível, que observamos que dá para fazer essa tal diferença tão aclamada por aqueles que não agüentam mais essa desigualdade e indiferença social.
Não bastam todos os problemas com o qual o país enfrenta, como a tão permanente corrupção que deixa-nos de mãos atadas a com aqueles de detém do poder, dessa terra de gigantes, que firmam e concretizam essa desigualdade social, não basta isso, que vivenciamos todos os dias. Esse tal de preconceito está desatualizado, como diz os jovens de hoje em dia que detém de mente aberta para novidades e atualidades, está “cafona” á muito tempo, encher a vida de uma maneira adequada, não faz mal a ninguém, é nesses pequenos objetivos e até mesmo utopias que iremos fazer essa diferença, melhorar para que aqueles que estarão presente no futuro, possa se orgulhar e vivenciar a honestidade humana, a igualdade social, sem que esse preconceito possa estar permanente naqueles que acreditam ainda que haja dessemelhança entre os seres humanos.
Autor: Nagela Raquel Gomes e Silva


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