Desnudando o Mundo!
É inegável que estamos vivendo uma época de grandes transformações. Tudo parece estar mudando para pior. É o clima apresentando facetas perigosas. São as pessoas cada vez mais perdidas em si mesmas. Enfim, a civilização caminha para um terrível caos. Certo?
Errado!
Naturalmente estamos colhendo o fruto ambiental da plantação secular de ervas daninhas capitalistas exploratórias. Sabíamos, desde a antiguidade, que o Planeta possuia um limite de exploração e que esse limite precisaria ser mantido, pois se encontrava numa linha muito tênue de mudanças cíclicas.
Nossa exploração carbonífera, aliada a outros gases tóxicos, tais como o metano, acelerou o movimento de aquecimento e posterior resfriamento do nosso planeta. Isso é muito preocupante, uma vez que antes não havia a interferência do homem. Além do quê, por nossa "justa causa", os níveis atuais de gases causadores do efeito estufa são os maiores em milhões de anos. Sem nós a Terra continuaria seus movimentos ambientais cíclicos. Aquecimento, resfriamento... Mas com a nossa interferência, será que os movimentos serão os mesmos?
Não!
Qualquer pessoa que diga que a Terra voltará ao equilíbrio por si mesma está, no mínimo, equivocada. Nem os mais eminentes cientistas possuem capacidade técnica de afirmar as condições do nosso Planeta daqui a cem anos, quem dirá se ele será capaz de se restabelecer depois de uma época de aquecimento. Sabemos que o aquecimento queima. E que uma combustão não pode ser revertida. Uma madeira virar carvão é fácil. Agora faça um carvão virar madeira.
Estamos menosprezando a nossa interferência exploratória e os malefícios que o nosso comportamento parasital fez ao ecossistema global. Fomos muito além do que poderíamos ter ido. Possuímos mais do quê precisamos e mesmo assim temos um mundo repleto de miseráveis. E é claro, uma pequena parcela de milionários “espertos”, capitalistas “visionários”.
Estamos recebendo uma série de avisos. São enchentes no Rio de Janeiro, com queda de encostas. São tempestades na Ásia. São secas em diversos lugares. Oceanos mais quentes. Outras áreas extremamente frias. El Nino? La Nina? Não devemos olhar os acontecimentos isoladamente. Todos são frutos de uma mãe natureza agonizante pedindo socorro. É importante lembrar que antes dela, vamos nós!
No Brasil muito se fala: “Não podemos mais construir em encostas!” Isso é uma visão reativa ao problema. Pensamento pequeno. Por que antes as encostas estavam seguras? Por que agora chove no período de um ou dois dias o que era normal para um mês inteiro? Serão eventos isoldados que estão se multiplicando sem explicação; ou serão efeitos visíveis de um mundo em transformação ambiental em sua maior parte ocasionada pela raça humana? Se nós cuidássemos do nosso clima, ele não estaria se voltando contra nós! Logo a natureza que sempre nos forneceu as condições de existência.
Chamam de fúria da natureza. Eu diria diferente. É a fúria humana que atacou a natureza, que agora procura reagir. Deus é muito justo. Não seríamos alvos de algo que não fizéssemos por merecer. De algo que não fosse necessário para abrir os nossos olhos. Se não cosntruirmos mais em encostas – o que está correto – mas somente em áreas baixas - ou atualmente seguras - e nada fizermos para atacar o cerne do problema, onde haverá área segura de enchentes? Área livre de tempestades? Área livre de secas? Área livre do avanço do mar? Atacaremos reativamente um problema por vez?
É impressionante que tenhamos tantos administradores econômicos, mas nenhum tenha visão para o equilíbrio humano e ambiental. Ninguém faz coisa alguma. Choram lágrimas de crocodilos pelos mortos... Parece que as catástrofes são boas. Será que elas movimentam a economia e alavancam o mercado imobiliário? Ajudam o setor da RE-construção? Além do quê, sempre que entra algum dinheiro público para ajudar em algo, uma parte inevitavelmente acaba indo para a … cueca! Atualmente esse é o nosso mundo. Fatalmente nosso destino não será dos melhores, pois somos uma bola de neve descendo a montanha e virando avalanche!
É imperativo que a humanidade acorde enquanto é tempo. Antigamente quando víamos um desastre, ele se passava muito longe de nós. Agora os eventos estão se aproximando. Será que não seremos a próxima vítima? Nos achamos intocáveis até o momento que algo nos toca... Aí será tarde demais...
Será que se os mortos no Morro do Bumba fossem políticos não teríamos uma reviravolta em nosso sistema caótico? Será que os governantes não pensariam verdadeiramente em procurar o reequilíbrio ambiental? Nos dias atuais somente proteger a natureza não basta. Se fazem necessárias complexas mudanças globais de recuperação humana e ambiental.
Para quem não sabe, mais de cem milhões de pessoas morrem anulamente por problemas relacionados com a água. Outros milhões morrem em desastres ambientais. Os ricos falam entre si, entre uma dose de uísque e outra, que se trata de controle populacional... Quero ver quando esse “controle” chegar até eles ou até os filhos deles. Se nada for feito, em breve, mais breve que todo mundo pensa, esse dia chegará.
Cedo ou tarde teremos de nos unir e reconhecer esse grave problema que praticamente salta aos nossos olhos. A união faz a força e a solidariedade será o movimento que impulsionará os homens de bem. Sejamos o suficientemente sábios hoje para evitar milhões de mortes amanhã. A tigela está cheia. De nada adiantará chutar o pote para depois chorar o leite derramado e culpar a mãe natureza ou o Pai Maior que nos deu a vida.
Engraçado como toda empresa é ecologicamente correta. Como todo governo é ecologicamente sustentável, e o mundo cada vez mais apresenta sinais de desequilíbrio e catástrofes. Não deixem eles enganarem você. Todos somos e podemos mais que isso!
Meus aviso de formiguinha está dado. Espero que outras escutem. Somente dessa maneira poderemos fixar no mundo as bases do amor e da caridade e modificar o coração dos gafanhotos que detém o poder e destroem a nossa plantação!
Autor: Víctor Lückemeyer Machado Carrion
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