O CAOS DO CLIMA MUNDIAL



O clima mundial tornou-se um grande caos nos últimos anos, o que se vem constatando da pior maneira possível como as interferências do homem na natureza deram força para a ocorrência de grandes tragédias. Talvez, por conta de referidos acontecimentos, a humanidade tenha percebido a dimensão de seus atos, mas infelizmente ainda não aprendeu com eles.
Atualmente governantes de todos os países do mundo tem se reunido em grandes conferências para que se chegasse a uma conclusão de como diminuir a exploração e o descaso desmedido para com a natureza. Não obstante, ainda que fosse alcançado um denominador comum não é difícil visualizar que a responsabilidade é tanto do Estado que deveria coibir determinadas praticas como também da população que retira as matas nativas de encostas para a construção de moradias em áreas que hoje são consideradas de risco.
Neste mês de abril do ano de dois mil e dez o povo brasileiro sofre com mais uma catástrofe provocada pelo clima, depois de encostas deslizarem por conta do alto volume de chuva no litoral do Rio de Janeiro no final do ano passado e inicio deste ano, hoje, mais uma vez, o estado do Rio de Janeiro sofre com o grande acúmulo de volume de chuvas. O forte temporal que atingiu o estado Fluminense alagou ruas, dificultou o transito impedindo que a população retornasse do trabalho para suas casas, fechou por horas os aeroportos e por fim fez com que encostas da maior parte dos morros daquela cidade desmoronasse vitimando fatalmente muitas pessoas cujo numero certo ainda não foi divulgado pela mídia.
Muito cômoda foi à determinação da prefeitura daquela cidade que pediu à população que ficasse em casa por questão de segurança, uma massa que necessita do seu trabalho pra sobreviver ao contrário dos políticos que, ainda que não apareçam nos seus locais de trabalho ou não trabalhem de acordo com o esperado recebem seus salários altos todos os meses. Será que não seria melhor que os governantes tomassem medidas para acabar com os riscos que a população sofre sempre que a chuva vem em demasia? Não seria criminosa a omissão dos nossos governantes que não coíbem, e muito menos dão condições apropriadas para que seus cidadãos possam adquirir imóveis residenciais em locais seguro? Afinal de contas, todos nós sabemos que as encostas de morros são consideradas áreas de risco, inapropriadas para a habitação humana, de modo que fica evidenciada a criminosa omissão de nossos governantes.
Seguindo essa linha de raciocínio, surgem dois questionamentos muito perturbadores: a) Onde está o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro?; b) Não estaria havendo por parte de referido órgão o crime de prevaricação, já que não está fiscalizando o cumprimento de nossas leis?
Outrossim, a cidade que vive grande caos hoje é a mesma que irá receber as olimpíadas em 2016, será essa a imagem que queremos mostrar ao mundo? Uma imagem de país vulnerável a chuvas porque nossos governantes são incapazes de tomarem as medidas necessárias para coibir que a população ocupe irregularmente as encostas de morros?
Será que a ética da população foi tão encobertada pelos maus costumes que nem mesmo ela percebe que seus maus hábitos fazem com que o clima mude e que em conseqüência disso a natureza vem dado sua resposta e matando com sua força descomunal tantas pessoa. Ou melhor, será que a ética dos governantes foi tão dominada pelo capitalismo que as soluções fáceis se tornam tão trabalhosas que é necessário primeiro ocorrer uma grande tragédia para que depois eles tentem conscientizar a massa? Não seria melhor solucionar primeiro os problemas visíveis para que não fosse necessário remediar as trágicas ocorridas? E o Ministério Público, porque não denuncia o governo municipal do Rio de Janeiro por não ter coibido a ocupação pela população de áreas de risco? São questionamentos que faço, como aluna de direito e que, ainda não consegui determinar uma resposta suficientemente plausível e aceitável.
Autor: Bruna Alves de Souza Lima


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