ÉTICA: NECESSÁRIA EM TUDO



“Façam aos outros o que gostariam que lhes fizessem”.
Confúncio, 500 a.c.

Todo aprendizado tem uma base, princípios que o norteiam, a ética com certeza tem muitos, mas se tomassem esta frase como exemplo, ao colocar a ética em prática, dificilmente errariam.
Esta é a “Lei de Ouro” da ética, que se define como os valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade, conjunto de normas de comportamento, através do qual o homem tende a realizar o valor do bem.
A Ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de Justiça Social. Encontra-se diretamente ligada aos conceitos de bem e mal, de certo e errado e deveria dirigir as ações do ser humano dia após dia, levando-o a refletir em si mesmo e no outro.
O ser humano apresenta forte tendência à conviver em sociedade, junto a seus iguais, e por isso, a ética é tão importante, pois ela se torna essencial ao bom relacionamento entre os seres, levando-o a seguir padrões e praticar o bem e a justiça, pelo menos em sua maioria, pois ética é também justiça.
No momento em que o ser humano deixa de se preocupar com seus iguais, com a conduta relativa a esta convivência, está descartando a ética e por conseqüência a convivência pacífica e outros valores importantes, passando a prevalecer a injustiça, a corrupção e outras mazelas que danificam a sociedade.
Em análise detalhada, os conceitos de ética levam a pensar que até o bandido, o assassino, os políticos corruptos seguem algum tipo de ética na vida. A verdade é que alguns mais, outros menos. Mas cada um tem valores a seguir, não se pode olvidar que, todo e qualquer ser humano, com raras exceções, possui família, amigos, pessoas queridas, às quais aplicam a “Lei de Ouro” da ética.
Porém o correto é aplicá-la a todo ser humano, pois só assim, atrairá para seu convívio, pessoas que a aplicarão também, trazendo ao mundo, a paz que todos almejam.
No dia a dia, o homem moderno se depara com diferentes caminhos para se chegar a determinados fins, e a escolha deste ou daquele caminho deve ser feita através de valores éticos, tanto nas situações cotidianas quanto nas grandes decisões, o ser humano deve se portar de maneira crítica com relação às suas ações, fazendo um juízo de valor, entre o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o injusto.
Certamente, o deixaram de fazer, a maioria dos nossos políticos, pois neste momento o país se encontra assolado por uma crise moral e ética, que não se avista em nenhuma outra profissão. Justamente o representante do povo, de cada residente no país, é aquele que aparentemente, deixou de lado a prática do juízo de valor aqui referido.
Segundo Bresser-Pereira, a ética política, não é a mesma da vida pessoal. Na vida pessoal deve-se esperar que cada indivíduo aja de acordo com o que Max Weber chamou de ética da convicção, ou seja, a ética dos princípios morais, já na política, prevalece a ética da responsabilidade.
O político é um cidadão que assumiu a responsabilidade de realizar o interesse público, a vontade e as necessidades do interesse coletivo. E não há como fazê-lo sem observância das regras de ética. O homem público que não observa essas regras, não deveria ter lugar onde reina a democracia, onde a população tem o livre arbítrio de eleger quem quer que seja como seu representante. O mau político só encontra lugar hoje, onde o eleitor irresponsável, que só pensa em si mesmo e não na grande maioria, o elege, negando a conduta moral exigida aos indivíduos éticos, esquecendo-se que também será vitima dessa irresponsabilidade. O indivíduo que elege este político, na certa se esqueceu da lei da ética que abre este artigo e brevemente será vítima da ética imoral onde “os fins justificam os meios” e com certeza, dia se arrependerá.
Autor: RENATA ROSA BORGES


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