CONCEPÇÕES



No início do mês de abril, o Estado do Rio de Janeiro se deparou com um vertiginoso volume de chuvas na região metropolitana. Chuvas que penduraram por quase 24 horas, deixando a cidade um caos. Em diversos pontos da cidade e acompanhados pelo Brasil. Contudo, saliento nessa reflexão fazer alguns comentários e me permito fazer uma brevíssima retrospectiva sobre a situação em que se encontra a cidade. Pois se sabe que a todo o momento o município sofre duras críticas das mais diversas espécies por pessoas que a única realidade que conhece é a mostrada da Tve, manipuladora de uma massa que desconhecedora de sua própria história, pessoas que desconhecem a história do local onde vivem, comprovado por pessoas que se autotutela formadores de opinião, mas sendo que a única opinião que formam é fruto de uma minoria dominante que detém poderes para interferir nas informações que chegam até a massa alienada, como já dizia o poeta: “educação e informação são armas perigosas para a classe dominante”. Mas voltemos a reflexão, a ser explanada. A cidade do Rio de Janeiro possui segundo dados da prefeitura cerca de 907 loteamentos irregulares e clandestinos, habitados por pessoas de baixar renda. A estes loteamentos urbanísticos irregulares e clandestinos vão variar de acordo com a sua localização e no território e qual foi a época em que foi implantado. Como muito bem informado a “massa” sabedoura da historia, devem saber que grande parte dos parcelamentos irregulares teve início na década de 40, uma vez que a capital fluminense fora capital do país, impulsionando a migração acelerada e o êxodo rural para a cidade. Porém essa migração se intensificou na década de 50. Na década de 60 os parcelamentos informais se multiplicaram, contudo, eram de menor porte. Já em 70 o predomínio que caracterizava a desobediência aos parâmetros legais de ocupação do solo urbano da cidade. Nos anos 80 pode-se notar que aumento vertiginoso dos loteamentos clandestinos, totalmente fora da legislação. Nos anos 90 as ocupações clandestinas se consolidam em diversos pontos da cidade. Constatado tudo isso, cabe ressalta que a ocorrência de parcelamento irregulares no município foi atribuída a fatores como: a ineficácia das leis, ineficiência dos órgãos de fiscalização e a falta de escrúpulos por parte dos invasores dessas áreas. Deste modo, meus caros leitores, podemos observar que este modelo de cidade é fruto do contexto modelar de desenvolvimento arraigado econômico brasileiro, modelo que historicamente baseou na concentração fundiária e na concentração de renda, deixando a maior parte da população carente e desprovida de arcar com a própria manutenção de vida. Sucintamente demonstrado, o que acontece hoje com é resultado do passado, se houvesse políticas e leis existentes hoje que pudesse ser aplicadas no passado a história seria outra. Assim a realidade vivida hoje de crise urbana no Rio de Janeiro está também presente em todas as capitais brasileiras, com toda certeza. Chuvas que dure quase vinte e quatro horas em qualquer cidade brasileira é o suficiente para alagar qualquer cidade e causa gravíssimos prejuízos e demonstrar que esse não é um fenômeno de uma única cidade. Por que, em todas as cidades há irregularidades e invasões clandestinas precárias de infra-estrutura, e há também um Poder Público omisso as questões relativas ao desenvolvimento equânime da cidade. E existem pessoas sem o mínimo de ética, por não saber também o que venha ser, que despercebem a sua própria realidade, existindo situações semelhantes, mas preferindo forma o famoso senso comum e sendo manipulados por aquela minoria existente a décadas, sei que serei alvo de críticas de pessoas que dirão que isso na minha cidade não acontece, mas espere cair quase 24 horas de chuva para vê o resultado parecido e verá o descaso do Poder Público com os mais pobres, ocupantes de áreas clandestinas parecidas com a capital fluminense. Portanto meus leitores, antes de formar uma opinião sobre determinado assunto ou situação corriqueiro do dia-a-dia, se informem, não sejam mais aluno da faculdade do “senso comum”, tenha ética ao expor opiniões que possa influenciar os demais e formar juízos de valores errôneos.
Autor: Iago Santana


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