Empreendedores, percepções e planejamento



partir de agora se imagine com a importante missão de tomar decisões que afetam seu trabalho, sua vida e de outras pessoas e famílias. Tudo vai depender de resultados a serem atingidos por suas decisões.
Você efetua alguns levantamentos, observações e indagações e conclui os seguintes aspectos voltados a características de gestão dessa empresa:
1. Sistemas de controle incompletos, imprecisos ou inexistentes;
2. Processos de operação confusos ou não documentados
3. Hierarquia simples onde “todo mundo faz de tudo um pouco”.
4. Recrutamento e retenção de mão-de-obra são ruins
5. Capacitação e treinamento praticamente inexistente
6. Escassez de capital de giro e alto custo de financiamento
7. Produtos comercializados apresentam curto ciclo de vida
8. Estoques de alto custo e alto valor estratégico
9. Mercado extremamente concorrido
10. Baixo grau de retenção e fidelização de clientes
Para levantar estas características você, muito provavelmente se apoiou em seus conhecimentos e experiências como gestor, pois sabe que toda a operação empresarial se apóia em processos orientados ao FAZER (operação), VENDER ( mercado), CONTROLAR (resultados) e LIDERAR (pessoal).
Distribuiu a empresa nestes quatro aspectos de processos e enxergou os “defeitos” de gestão.
Neste momento, pare de imaginar e seja bem vindo ao mundo da micro e pequena empresa. Estes aspectos acima enumerados são comumente encontrados em grande parte dessas empresas.
Mesmo que intuitivamente, quando assumimos o comando de uma empresa, vamos atrás de alguns indicadores que permitam maior capacidade competitiva
Assim, corrigir defeitos melhora resultados e agrega competitividade.
O “feeling”, empirismo ou “achismo” são sinais dados por nossa “inteligência emocional” e apontam possibilidades de intervenção, validadas por fatos e evidências á sua sustentação.
Quanto mais domínio do mercado e do negócio tiver, mais se usa do “feeling”, entretanto maior o risco de oferecer respostas velhas (baseadas em experiências antigas) á problemas novos.
Por que não utilizar esse nosso conhecimento e domínio de forma mais estruturada?
Antes devemos refletir sobre a “essência da empresa”
O que ela é e está e o que será e estará no futuro determinado!
É dar propósito a operação. É mais que a busca de lucro!
Costumo brincar que neste momento é escolher o destino da empresa, pois para quem não sabe o destino, qualquer caminho serve!
É hora de planejar e o planejamento permite estabelecer a direção e ajustes a serem implementados na empresa, interagindo com o ambiente de negócios, cenários econômicos e resultados esperados.
Em administração, a ferramenta que nos permite iniciar este Planejamento recebe o nome de Análise SWOT.
Esta análise sugere analisar quatro dimensões fundamentais para atingir o “destino da empresa”
1. Strengths (Forças) :Aspectos que valorizam a operação empresarial e são pontos fortes para a consecução de objetivos

2. Opportunities (Oportunidades) Aspectos que podem ser atingidos pela viabilização dos pontos fortes e permitem atingir os resultados buscados

3. Weaknesses (Fraquezas) Os pontos a serem melhorados pela empresa para melhor favorecem as oportunidades

4. Threats (Ameaças) Os pontos críticos e inerentes a mercado e cenário que podem dificultar atingir os resultados objetivados..
Esta ferramenta permite priorizar e adequar as ações a serem implementadas para resultados específicos planejados.
Assim se o objetivo estratégico de nossa empresa fosse atingir retenção e fidelização de clientes através de melhorias de qualidade, treinar e reter funcionários fossem fundamentais, entretanto a questão do nível de estoque não tivesse relevância neste plano.
Chamo atenção para a questão do por em prática o Planejamento.
Uma empresa vive de ações e não de planos.
Planejamento é para ser validado, implementado, acompanhado e ajustado caso seja necessário.
O Planejamento não garante o acerto, apenas busca minimizar a chance de erros mediante a “prevenção dos imprevistos mais prováveis”!
Um bom administrador sabe que o “feeling” nos fornece pistas para os problemas , mas é o planejamento quem verifica se são realmente problemas e abre os caminhos para suas soluções
Autor: Reinaldo Miguel Messias


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