A loucura em nossa vidas



O que é loucura? Será que ela está presente ou distante em nossas vidas? Será que ela existe apenas naquelas pessoas que possuem uma vida conturbada, cheia de pensamentos insanos e não tem controle de suas ações e sentimentos? Será que nossa vida é tão normal quanto achamos? E afinal, o que seria uma pessoa normal? E uma pessoa anormal?
De acordo com o dicionário Aurélio o significado da palavra “normal” é: regular, conforme a norma, exemplar. E “anormal” é: irregular, que se afasta das normas. Então podemos pensar, se ser normal é ser conforme a norma, é ser exemplar, quantas pessoas são normais ao nosso redor? Quantas pessoas são conforme as normas? Afinal, que norma? A norma do correto? A norma do “normal”? E pelo senso comum podemos pensar que as pessoas “normais” são as que não são “loucas” e loucura o que é?
Será que a loucura vem de atos impensáveis? De pessoas que não possuem um equilíbrio mental adequado? Será que ser louco é ser a minoria em nossa sociedade? Pois pensamos que talvez quando estamos em casa com o som no último volume, cantando alto e dançando e sejamos vistos pelos vizinhos somos chamados de loucos. Quando uma dona de casa escutando sua música preferida no rádio, dança com a vassoura seja vista como louca e um homem que explode de raiva ou chora quando vê o seu time do coração perder ou vencer um campeonato seja chamado de louco por sua mulher.
E o que esses comportamentos têm em comum? São as emoções. Emoções expressadas em atos, atos muitas vezes reprovados por outras pessoas, mas que demonstram a nós mesmos. Será “loucura” querer ser “normal”? Ou será “normal” sermos no fundo todos “loucos”? Será loucura fazer uma declaração de amor ou será loucura nunca amar alguém? Será loucura querermos viver alguns momentos da vida com menos rigor e mais prazer, ou será loucura exigirmos o máximo de nós mesmos?
Pois bem, talvez um pouco de loucura em nossas vidas seja normal. Afinal quem nunca pensou em ser livre ao demonstrar seus sentimentos? Nunca pensou em viver alguns momentos de seus dias com mais prazer, cantarolando pela rua? Pensou em dizer mais vezes às pessoas ao seu redor que as ama e as abraçar mais? Pensou em tomar chuva para lavar a alma? Abraçou seu animal de estimação e conversou com ele ao se sentir sozinho? Para alguns, isso pode não ser considerado loucura, e sim normal. Mas para muitos, isso é loucura do ponto de vista que precisam expor suas emoções e seus sentimentos. E ao se exporem se demonstrarão frágeis e suscetíveis a críticas.
E nessa história toda, quem mais critica a nós mesmo? Simples: nós mesmos. Nós mesmos nos criticamos para sermos aceitos em uma sociedade que pede cada vez mais para sermos mais racionais e rápidos e assim mostrarmos melhores resultados. E a quem queremos enganar? Quem verá o resultado de toda uma vida em que as pessoas se colocam em moldes para saírem perfeitos dele e assim serem aceitos por todos? O resultado será visto por nós mesmos. E no final talvez seja tarde, o molde já esteja seco e a loucura tenha desaparecido de nossas vidas.
E junto com a loucura tenha ido nossas emoções. Emoção de abraçar quando tivermos vontade, emoção em ligar espontaneamente para um amigo quando sentirmos saudade, emoção em falarmos como é bom estar com tal pessoa por perto, emoção em libertarmos a criança que ainda existe dentro de cada um de nós, emoção em sermos nós mesmos e enfim, a emoção de demonstrarmos que mesmo dentro de uma sociedade cheia de regras e moldes ainda podemos nos mostrar como seres humanos. É claro que tanto a loucura como as emoções não vão embora para sempre de nossas vidas, sempre há tempo de resgatá-las. Mas, e quando não nos damos conta de resgatá-lás?
Todo ser humano tem loucura e sensatez, é normal e anormal, afinal isso é ser humano, ter altos e baixos, não em níveis totalmente extremos, mas em níveis inerentes de todo ser humano que é dotado de emoções e sentimentos.
Enfim, talvez a maior loucura de todas, seja nos preocuparmos tanto com a vida e com os outros, quando no fundo devemos nos preocupar primeiramente com nós mesmos!


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Autor: Claudia Goellner Signoretti


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