UMA SITUAÇÃO DIFERENTE E INUSITADA



UMA SITUAÇÃO DIFERENTE E INUSITADA

O estado do Ceará tem passado por uma série de avalanches adornadas por nuanças que vem deixando a população estressada, aborrecida, ansiosa, temerosa e com medo em desalinho. O progresso é necessário, mas os transtornos devem ser controlados. Todo progresso demanda desordem e se as consequências não forem controladas o bom senso das pessoas entra em escolho e podem criar sérios malogros para os governantes. A cidade de Fortaleza decantada em prosa e verso como a “Fortaleza bela” está doente. O cearense não é aquele ingênuo que suponha tudo se resolva espontaneamente. É justamente aquele que com prudência tem a mão no arado, pisa o solo da realidade e eleva os olhos para a amplidão. Vemos instalado um caos na cidade pela falta de critério na execução das obras. No saneamento básico fazem a buraqueira e deixam as ruas e avenidas em situação caótica e sem condições de tráfego. Os motoristas não aguentam mais e seus bolsos já estão combalidos, pois a despesa com substituição de peças e pneus é muito alta. Tanto as obras do governo do Estado, como as da prefeitura parece-nos que estão sendo executadas sem um planejamento bem feito e ordenado.

Na cobertura das valas abertas estão colocando asfalto de péssima qualidade, que ao primeiro peso recebido transforma-se numa cratera sem proporções. São as obras mais demoradas e de difíceis conclusões. A prefeita e o governador precisam sair de seus gabinetes e aquilatar a qualidade das obras sobre as suas responsabilidades. Sejamos como o sol que apesar das nuvens, prossegue impávido a sua trajetória na imensidão do firmamento. A fiscalização em todas as obras é acicatada e deve ser com responsabilidade. Não há quem transite com tranquilidade nas ruas e avenidas de Fortaleza. Buracos, afundamento de asfaltos, esgotos sem tampas, lixo em grande quantidade, falta de conservação das praças públicas, esgotos entupidos. Na verdade, somos o que somos. Elogios não engrandecem nem desprezo diminui quem quer que seja. A violência domina a cidade, as crianças fumam crack, cheiram cola a céu aberto, os - flanelinhas - estão em quase todos os semáforos trazendo preocupação principalmente para as mulheres que dirigem. Trânsito não existe. Estamos entregues a semáforos e fotossensores. É uma tristeza, Fortaleza considerada a quarta capital do País passar por uma situação onde ninguém se entende. Assaltos em cada esquina, dentro de transportes coletivos, no Centro da cidade, nas feiras, nos shoppings, nos colégios, enfim em todo lugar. Qual a dificuldade em retirar os menores infratores das ruas? Proibir a proliferação de flanelinhas nos semáforos custa caro? Criar um serviço social nas favelas existentes é de suma importância. O trabalho das regionais deve ser mais profícuo e com resultados vistos a olhos nus.

A tremenda força do arbítrio sobre os agentes mais desprovidos torna-se uma incógnita sem proporções Infelizmente. Sentiríamos-nos bastantes felizes se essa frase de ‘Celso Martins’ fosse uma bênção para nossas vidas: “Ao romper de cada dia levanta-te com vontade de viver em harmonia com as regras da bondade!” Nunca presenciamos tanta corrupção nesse país varonil. Estamos estupefatos, pois surrupiaram tanto dinheiro dos cofres da nação e quase ninguém foi punido. Com tantos descasos tememos pelo futuro de nossos filhos, netos e pela jovialidade brasileira. A educação está necessitando de uma injeção de ânimo e de respeito das autoridades. Os professores, heróis anônimos, nunca foram tão desprezados como agora. Os profissionais de saúde do setor público estão precisando de descanso, visto que a jornada de trabalho é criminosa, estafante e além do mais não recebem o que merecem. A Segurança Pública morreu faz tempo, mas o Secretário tem como ponto primordial de sua gestão proibir que a imprensa mostre a face dos meliantes e criminosos na mídia. Os Direitos Humanos perderam a sua finalidade.

O mais hilariante e ver quartéis da Polícia Militar sendo pichados e ninguém de bom senso tomar providências. O “Ronda do Quarteirão” transformou-se num passeio turístico para policiais. Não se admite uma viatura “Hilux” com sistema de refrigeração, equipamentos computadorizados com apenas dois policiais, um na direção e o outro atendendo telefonemas. Policiais morando em favelas jamais poderão afirmar ser cicerones do seu Estado. A situação da segurança no interland é calamitosa, isto é, não existe. Uma Academia de Polícia Militar construída com todo sacrifício por governos passados é demolida para dar lugar a uma feira de eventos. Essa atitude pode ser considerada como destruição do patrimônio estadual. Dizem que irão construir uma Academia única onde serão formados Policiais Civis, Militares, Bombeiros Militares, Delegados de Polícia, Oficiais Militares, Agentes Penitenciários entre outros. Que ideia maluca essa planejada pelos “doutores” em Segurança Pública. O efetivo não aumenta sempre diminui. Tem muita coisa errada na estrutura do Estado e da prefeitura da nossa querida e amada cidade. Quando concluirão o Metrofor? E os buracos das ruas e avenidas quando serão consertados. A cidade faz anos que não recebe asfalto novo. A situação é de cortar coração.

Aquele que procura sorrir, apesar das lutas, sofrimentos e canseiras da existência, consegue viver contente e irradia paz e amizade em torno de si. Será pedir muito senhor governador e senhora prefeita? Almejamos ser feliz e ao mesmo tempo tomar ciência de como estão usando o dinheiro que pagamos de impostos criminosos e vampirizadores. Somos gente e merecemos respeito. O funcionalismo está mais amassado que lata de construção, mais arrochado (apertado) que bomba de sete tiros. As autoridades estão mais perdidas do que palito em boca de banguelo. Os meliantes mais soltos que arroz de banquete, os políticos mais sujos que chão de oficina. A população mais sofrida do que sovaco de aleijado. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AOUVIR/CE E DA AVESP
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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