A TRISTE REALIDADE DO TRABALHO INFANTIL
No Brasil o trabalho é proibido por Lei a menores de 14 anos, sendo permitido a partir dos 14 anos como aprendiz, e 16 anos como idade mínima para ingresso no mercado de trabalho, desde que respeitados alguns limites como trabalho noturno, perigosos e insalubres. No entanto, mais de 5 milhões de jovens entre 5 e 17 anos de idade trabalham no país.
O governo brasileiro ratificou convenções internacionais sobre o assunto e o combate ao trabalho infantil se tornou prioridade na agenda nacional na última década. Na tentativa de dar melhores condições para que essas crianças não tivessem que sair de casa tão cedo para ajudar no sustento da família, foram criados órgãos, leis, e implantados programas de geração de renda com bolsas para as famílias manterem seus filhos na escola.
Porém, essa atitude governamental de erradicação do trabalho infantil, é vista por algumas pessoas que não tem conhecimento ou vivência de extrema pobreza, como um incentivo a desocupação, ou como diriam alguns “a preguiça”. No entanto, na maioria das vezes os pais não encontram outra saída para o sustento da família, numerosa e sem renda alguma. Ou os filhos trabalham, ou padecem de fome, frio e doença. Resumindo, sua sobrevivência está diretamente ligada ao seu trabalho precoce. O que gera culpa nos pais que não encontram alternativas melhores para seus filhos. Quase sempre analfabetos e vítimas dessa má sorte quando crianças.
É lamentável esse fato vivido não só pelas crianças brasileiras, como também nos demais países subdesenvolvidos, onde impera o descaso dos governos, e principalmente da sociedade capitalista, na qual a riqueza é concentrada nas mãos da minoria, enquanto nossas crianças choram embaixo do sol ardente de nossos campos de trabalhos desumanos.
A sociedade não pode mais esperar só por ações governamentais. É hora de agir e colocar em prática o que está muito bem representado na teoria. Que país é esse, e que sociedade é essa que trata com tanto descaso o que deveria ser o futuro de nossa nação. Devemos resgatar essas pessoas para uma vida digna garantidas por nossa Constituição Federal.
Autor: Sandra Rosélia Maximiano
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