O comércio de exportação de lixo
Os países subdesenvolvidos passam por um dilema cada vez mais freqüente no mundo, que é à entrada de lixo ilegal em seus portos.
A exportação ilegal de lixo de países desenvolvidos para os países subdesenvolvidos tornou-se um negócio internacional lucrativo (e ilegal). O Jornal americano The New York Times, em nota no dia 09/10/2009 pronunciou que “Rotterman, o porto mais movimentado da Europa, involuntariamente se tornou a maior porta de saída de lixo europeu que é destinada a lugares como china, Indonésia, Índia e África”.
O Brasil, em julho de 2009, foi cenário desse fatídico episódio, foram encontrados 89 contêineres distribuídos nos portos de Santos e de Rio Grande e ainda em uma estação alfandegada de Caxias do Sul (RS). Apesar da mercadoria ter sido importada da Inglaterra como plástico para reciclagem, o Ministro do Meio Ambiente ,Carlos Minc, afirmou ser mais de 1,7 mil toneladas de lixo doméstico e hospitalar, material em decomposição, chorume, insetos e patogenias.
Apesar de em 1994 terem sido estipuladas regras severas sobre a exportação de lixo tóxico, alguns países, como o Estados Unidos e o Canadá, não ratificaram o consenso.
Tal conduta abre margem a países desenvolvidos praticarem abertamente o que foi considerado por Minc como racismo ambiental. Os países subdesenvolvidos são mais vulneráveis economicamente e consequentemente têm a fiscalização deficiente, sofrem, portanto, os danos causados pelo consumismo inconseqüente dos países desenvolvidos.
É inaceitável que a cúpula mundial não intervenha em uma situação de tal relevância, principalmente nessa década em que as catástrofes mundiais relacionadas à degeneração do meio ambiente, como a da exportação do lixo tóxico, são vistas cada vez com maior freqüência.
Os países desenvolvidos devem ser obrigados a controlar com mais rigor o envio, pelas empresas locais, de lixo tóxico. Pois é incoerente que os mesmos não saibam das atividades ilegais das empresas em seu território principalmente se considerando a grande quantidade de lixo q sai de seus portos.
Em termos de conclusão, salienta-se que deve haver uma exigência em nível mundial, tanto de respeito pela população dos países subdesenvolvidos, quanto das gerações que estão por vir, que não podem receber como herança restos do consumo de outro país, que está pouco ou nada preocupado com o meio ambiente a médio e a longo prazo.
OBS. artigo produzido no Projeto de Extensão Vexata Quaestio - Questão Debatida.
Autor: MARLI PAIÃO DE ANDRADE
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