A Violência na Fronteira



Há grande preconceito com os brasileiros em nosso país vizinho, o Paraguai. Prova disto foi o ataque, ocorrido na semana passada, em uma fazenda de um brasileiro que resultou na morte de quatro pessoas, entre elas, dois brasileiros, além dos paraguaios, que seriam policiais paraguaios.
Os brasileiros trabalhavam na estância Santa Adélia, localizada no departamento de Concepcion, norte do Paraguai, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com o Brasil, pertencente a um empresário do estado de Mato Grosso do Sul. Eles teriam sido vítimas de uma emboscada planejada por guerrilheiros que tentam expulsar os estrangeiros da região.
Parece-me que estes fatos são efeitos de xenofobia, esta aversão a propriedade que os brasileiros possuem, em terras paraguaias, seria resquícios da Guerra do Paraguai, que estendeu-se de dezembro de 1864 até março de 1870, e foi causadora de gigantescos prejuízos para este país.
Tanto que as autoridades policiais suspeitam da possibilidade de que o ataque seja de responsabilidade do 'Exército do povo paraguaio', um grupo guerrilheiro que se denomina ultranacionalista. Surgiu a pouco mais de um ano no país vizinho com a intenção de combater a exploração de terras por estrangeiros. Os brasileiros são os principais alvos dos protestos que vêm ocorrendo em vários estados do Paraguai.
O governo paraguaio mobilizou forças de segurança em área que há conflitos de brasileiros e paraguaios, tanto que toda a região do Paraguai que faz fronteira com o Brasil está em estado de exceção, pois existe uma operação para combater o narcotráfico, em que provavelmente os autores deste atentado estejam envolvidos.
Estes acontecimentos provam que deve haver uma relação mais unida entre Paraguai e Brasil, em que os dois combatam a violência que existe em decorrência do narcotráfico e este preconceito.
Essas atitudes infringem duramente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pois há o direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado, tendo em vista que também existem vários paraguaios vivendo no Brasil. Percebo então, que há um imenso retrocesso aos direitos humanos, que deve ser impedidos pelos Estados, para que brasileiros e paraguaios não sejam mais atacados por extremistas.
Autor: Aline Mara Toninsioli


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