O Petróleo ameaça a paz nas Ilhas Malvinas



Quanto custa a paz e a harmonia em um território Nas Ilhas Malvinas a autoridade executiva vem da rainha e é exercida pelo governador. A defesa é responsabilidade do Reino Unido. Há uma constituição que foi posta em prática em 1985.
A perda da guerra contra a Inglaterra pela posse das ilhas levou ao colapso da ditadura militar Argentina em 1983. Os argentinos ainda exigem o reconhecimento da soberania, apesar da negação e silêncio do Reino Unido. A ilha é oficialmente considerada propriedade soberana do trono inglês e de sua majestade a Rainha Elizabeth.
Em 2001, o primeiro-ministro britânico Tony Blair foi o primeiro a visitar a Argentina desde a guerra. No 22º aniversário da guerra, o Presidente Néstor Kirchner da Argentina em seu pronunciamento insistiu que as ilhas seriam parte do território argentino. Kirchner fez das ilhas uma de suas prioridades em 2003, e em junho desse mesmo ano o assunto foi levado para o comitê das Nações Unidas. Os moradores das Ilhas Malvinas são em sua maioria britânicos, e desejam manter os laços com o Reino Unido.
Em 2009 a Inglaterra começou a explorar petróleo na região, gerando reação da Argentina e dos países sul-americanos como Venezuela e Brasil. O governo argentino argumentou que a passagem de navios e a exploração em platformas viola seu território, fato negado pelo trono inglês. Há um clima geopolítico pesado sobre o tema, nas possíveis consequencias de uma nova guerra e no envolvimento de paises aliados ao governo de Cristina Kirchner. A Inglaterra ignora o assunto, numa estratégia de esperar aonde tais desdobramentos chegarão e afirma a soberania do seu território com constantes exercícios militares e intercâmbio de civis ingleses na região.
O Governo argentino "rejeita a pretensão do Reino Unido de autorizar a realização de operações de prospecção e exploração de hidrocarbonetos na área da plataforma continental argentina, submetida à ocupação ilegítima britânica", assinala em carta.
Para o chanceler argentino, o que o Reino Unido está fazendo "é ilegal. É uma violação a nossa soberania".
"A posição argentina é clara. A legislação é firme e daremos todos os passos necessários para defender e preservar nossos direitos", reafirmou o chanceler.
A Chancelaria assinala na carta que "esta nova ação unilateral britânica" se soma às que em 2007 encerraram a declaração conjunta argentino-britânica de 1995 de cooperação sobre as atividades no litoral do Atlântico, em referência à prospecção e exploração de hidrocarbonetos.
A nota foi entregue ao encarregado de negócios da embaixada britânica à revelia da embaixadora, que está fora do país. Nela, estimula aos Governos da Argentina e do Reino Unido a "retomarem as negociações para solucionar a disputa".
Esse conflito pela soberania das Malvinas provocou em 1982 uma guerra entre os dois países que acabou com a derrota argentina e um saldo de 649 argentinos mortos, sem saber o verdadeiro motivo do confronto, a não ser a ganância e o imperialismo exacerbado por parte dos ingleses.
O silêncio sobre as Ilhas acabou quando o poder do “ouro negro” junto com o imperialismo inglês, soaram mais alto do que a paz e a harmonia entre as nações. Avista nessa realidade conflituosa, que o mundo não valoriza o ser humano, mas os interesses financeiros e comerciais.
Autor: Célio Paião


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