AS TERRÍVEIS PRISÕES DA RELIGIOSIDADE



Os gritos calados, as vontades reprimidas, os medos agigantados, as dores da depressão, as perguntas sem respostas, o choro solitário, a angústia do desconhecido, as leis irracionais... e finalmente o grito catártico “vou embora”!
As crianças da minha geração tinham tanto medo do “bicho papão”, do “papa figo” (isto no nordeste), da mula sem cabeça e principalmente de “papai do céu” que às vezes se urinavam em um canto escondido e com o choro retido para não ser castigado. Este último era terrível, pois tinha muito mais atribuição de poder que qualquer outro. Ele era o que matava e mandava para o inferno, batia com chicote de fogo e principalmente entregava a gente para ser maltratado pelo diabo. O pior é que ele via tudo e nós não podíamos nos esconder dele de forma alguma.
Nós crescemos e nos convertemos ao Evangelho depois de ouvirmos uma mensagem, ou um hino e até por procurarmos um lugar para ir, onde pessoas se relacionavam de forma diferente.
Os primeiros momentos da conversão eram impressionantes e cheios de uma alegria indescritível. Impossível encontrar um crente que não fique em busca daquele primeiro momento em que a invasão de um amor diferente inundava nosso peito, nossa alma e o nosso tudo. Muitos ficam chorando em busca deste primeiro amor e fazem músicas onde a expressão de dor é terrível como se houvesse uma saudade de algo que nunca mais vai voltar.
Foi em um dia como este, diante desta saudade, que gritei ao mesmo Deus terrível de minha infância dizendo estar com medo. Abençoado momento em que busquei este Deus que mataria se eu errasse. Era como se Ele dissesse para mim: “Procura me conhecer melhor, pois deixei escrito meu amor por ti”.
Uma força invadiu o meu viver e parecia que tudo o que houvera aprendido se desfizesse e a razão tomasse lugar a mais violenta indagação que um cristão poderia fazer. Quem realmente és tu?
Mergulhei na Palavra e descobri a mais linda forma de amor que a humanidade poderia experimentar. Conheci o meu Deus na forma em que é, sem a maldita castração religiosa que mata, anula, amedronta, fere e distancia os filhos de Deus do aconchego com seu único Salvador.
Escrevi um livro onde relato esta relação de Deus com seus filhos, intitulado “OS HERDEIROS DAS SUPERIORES PROMESSAS”, queria que todos soubessem que não há mais bicho papão e que “papai do céu” não quer nos matar, nos castigar, nos prender por medo do inferno, mas que nos atrai por amor dizendo: “Vinde a mim, todos vós que estás cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas”. Quando reli este versículo, meus olhos liam uma coisa, enquanto minha alma interpretava assim:
“ Filha, você está cansada de ouvir falar de um pai ruim, que castiga, mata, pune e entrega você todos os dias para sofrer castigos, você se sente obrigada a me servir por medo. Olha minha filha amada, eu morri para que não sofras estas dores, eu já paguei o preço por você e quero lhe ver descansada. Toma sobre sua vida os meus ensinos (jugo), e aprende somente de mim que sou manso e não como dizem que sou. Se você me amar como eu quero que me ame, você terá todos os desejos de seu coração satisfeitos”.
Depois deste instante, passei a servir o meu Deus de forma como nunca o fiz e a pregar esta Palavra sem as terríveis formas que me foram pregadas. Hoje eu o sirvo porque o amo e não por medo.
E canto um cântico novo baseado no versículo que diz: “Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre”.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Autor: Dra. Solange Aragão Lins


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