Considerações sobre Canibalismo



Quando nos deparamos com o assunto canibalismo, nossa primeira sensação é de total repulsa, mas nem sempre foi assim, nos princípios de nossa existência para alguns grupos nômades era uma pratica normal, uma questão de sobrevivência. O canibalismo passou a ser repudiado quando o ser humano se deu conta de que comer aqueles da própria espécie causaria grande risco de esta não perpetuar.
Para algumas tribos indígenas como os Wari, o canibalismo tinha um sentido ritualístico e fazia parte de sua cultura, era praticado geralmente com guerreiros vencidos, que eram devorados com a crença de que estariam assim, absorvendo as qualidades daqueles guerreiros, e havia também o canibalismo fúnebre, onde o morto era comido de maneira que sua alma ficasse livre para ascender a outro plano. Mas até estes já abandonaram o canibalismo após a “pacificação”.
Atualmente o assunto canibalismo tornou- se tabu, uma prática totalmente condenável, injustificável, e que fere o principio de alteridade entre os povos. Essas práticas canibais tornaram-se assuntos mantidos em sigilo pelos praticantes e geralmente são ligados a seitas, em rituais de terror e culto a morte. O canibalismo como pecado tem um valor aproximado ao incesto (outro modo de comer dos seus, ao qual é freqüentemente assimilado).
Para explicarmos a prática canibal, é muito complexo, pois deveríamos entrar em estudos de distúrbios comportamentais, crenças, seitas para registrar fatos que, na atualidade ainda como estes são rejeitados em uma sociedade que é regida por leis e costumes que não são permitidas que ações como estas perpetuem.
Autor: Valéria Loureiro Velasques


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