FINGIMOS QUE ENSINAMOS?
O ritmo de crescimento econômico atual e o processo de integração das economias motivadas pela globalização e pelo avanço científico e tecnológico exige dos países investimentos maiores em educação e na geração plena de um processo de reativação do prazer pedagógico que tem sido perdido pela incompetência dos governos que hoje administram com medidas que promovem o sucateamento das escolas e o rebaixamento do valor do professor perante a sociedade. Claro que esse processo é proposital pois enquanto o povo continuar aculturado e desprovido do conhecimento haverá sempre ações políticas pautadas na corrupção , no clientelismo, na troca de favores e de beneficiamento aos que estão no poder e aos que são intimamente ligados a estes.
A atribuição de que os professores fingem que ensinam e de que os alunos fingem que aprendem acaba gerando desconfiança e descrédito do trabalho dos educadores o que motiva os que estão no poder a continuarem a promover o processo de desvalorização dos educadores e da educação de maneira geral. Hoje sabemos que os governos de plantão estão afinados com a castração dos direitos do povo na medida em que se ajustam ao modelo econômico neoliberal em vigor. Vemos infelizmente a educação ser relegada a um plano inferior diante das demandas sociais o que sabemos que não é correto pois somente com educação de qualidade teremos um país forte, pujante e vitorioso em todos os índices de crescimento e avanço social e econômico. Não há então fingimento no processo de ensino, pois os educadores acabam sendo tragados por modelos injustos, antidemocráticos e geradores de um quadro caótico já provado e com poucas soluções.
Autor: Francisco Djacyr Silva de Souza
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