FINGIMOS QUE ENSINAMOS?



Há uma máxima que vem sendo trabalhada em todos os contextos educacionais de que os professores fingem que ensinam o que geralmente não é uma verdade nem correspondem ao verdadeiro sentido do processo educativo e confirma a grande questão do ensino que é a geração da qualidade na aprendizagem dos jovens que buscam a escola. Nesse contexto as pessoas acabam pensando que realmente os professores fingem que ensinam pois os índices cada vez mais fracos no processo do ensino brasileiros são atribuídos aos educadores que são verdadeiros algozes dos estão na escola e são tragados pelo sistema e vão engrossar os índices de evasão, de repetência e de reprovação. A idéia de que os professores fingem que ensinam dá vazão as atitudes irresponsáveis dos governantes que insistem em promover o sucateamento da educação e não geram prazer no desenvolvimento da prática docente.

O ritmo de crescimento econômico atual e o processo de integração das economias motivadas pela globalização e pelo avanço científico e tecnológico exige dos países investimentos maiores em educação e na geração plena de um processo de reativação do prazer pedagógico que tem sido perdido pela incompetência dos governos que hoje administram com medidas que promovem o sucateamento das escolas e o rebaixamento do valor do professor perante a sociedade. Claro que esse processo é proposital pois enquanto o povo continuar aculturado e desprovido do conhecimento haverá sempre ações políticas pautadas na corrupção , no clientelismo, na troca de favores e de beneficiamento aos que estão no poder e aos que são intimamente ligados a estes.

A atribuição de que os professores fingem que ensinam e de que os alunos fingem que aprendem acaba gerando desconfiança e descrédito do trabalho dos educadores o que motiva os que estão no poder a continuarem a promover o processo de desvalorização dos educadores e da educação de maneira geral. Hoje sabemos que os governos de plantão estão afinados com a castração dos direitos do povo na medida em que se ajustam ao modelo econômico neoliberal em vigor. Vemos infelizmente a educação ser relegada a um plano inferior diante das demandas sociais o que sabemos que não é correto pois somente com educação de qualidade teremos um país forte, pujante e vitorioso em todos os índices de crescimento e avanço social e econômico. Não há então fingimento no processo de ensino, pois os educadores acabam sendo tragados por modelos injustos, antidemocráticos e geradores de um quadro caótico já provado e com poucas soluções.
Autor: Francisco Djacyr Silva de Souza


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