O PREÇO DA CORRUPÇÃO
Analisando o comportamento de alguns entes consangüíneos e outros tantos que muitas vezes se dizem amigos, fui direto à civilização judaica do século primeiro, onde Judas traiu a Cristo entregando-o aos soldados romanos, na presença dos “fofoqueiros de plantão” da época, com um “carinhoso” beijo no rosto, chegando-se a conclusão que o “ato histórico” praticado por Judas Iscariotes, foi nascedouro da pior e mais repugnante doença que assola o Brasil, que é o incurável "câncer da corrupção”.
Mesmo após gerações e gerações, o “estalo” ecoado dos lábios de Judas ainda continua vivo e impregnado em nossa sociedade, principalmente aquele “barulho” ensurdecedor das 30 moedas de prata que caracteriza o preço “rotulado e determinado” pela venda da vida de Jesus.
Um fato me chamou a atenção quando analisava o comportamento dos homens de hoje e de outrora, é que pouca coisa ou quase nada mudou na personalidade humana. Assim como a palavra, a honra, a honestidade e a vergonha já existiam, mesmo que em pequeno numero nos primórdios da raça humana, também o crime, a desonra, a corrupção, a imoralidade, a desonestidade a falta de caráter e a explicação ao inexplicável dominavam as sociedades da antiguidade.
Voltando à realidade de nossos dias, é de se revoltar ao ver e sentir a presença da corrupção e do mau-caratismo em nossa cidade, Estado e principalmente em representantes “do povo” a nível nacional.
Para se ter uma idéia a epidemia incontrolável da corrupção em toda a sociedade brasileira e até mesmo nos meios por nós freqüentados, chegou ao conhecimento publico de que foi oferecido, há poucos anos atrás, por alguém que se intitula “letrado” e “diretor” de órgão público, “trinta mil reais”, o que certamente representa “trinta dinares” da época de Judas, simplesmente para que um ex-representante popular, não votasse em determinada pessoa, para chefia.
Se olharmos a nível nacional, dentre os milhares de escândalos diariamente divulgados, um em especial chamou a atenção, quando em reunião com prefeitos, o presidente Lula disse que “obras suspeitas de irregularidades, não devem ser paralisadas”, em uma confirmação evidente de que se esquece a ética, a moral e a honestidade e principalmente que se dane se o dinheiro público estiver sendo roubado, desde que seja para o “bem da campanha de Dilma Rousseff”.
A conclusão a que se pode chegar é que infelizmente, principalmente no Brasil, prevalece em quase todos os campos profissionais, mas com maior destaque dentre os políticos, os homens que gostam de se mostrarem “espertos” com o significado de “malandragem”, infiltrando, ainda que de modo invisível, a “famosa Lei de Gerson” na Constituição, comprovando que a “sombra” da personalidade de Judas Iscariotes, ainda se faz presente nos dias de hoje.
Marco Antônio de Figueiredo – Advogado e Articulista - [email protected]
Autor: Marco Antônio de Figueiredo
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