Cave Poços no Deserto
Isaque é um maravilhoso exemplo de persistência e determinação. Sua vida nos encoraja. O segundo patriarca da fé, que nasceu resultado de uma promessa. Que silenciou a caminho de Moriá quando seria sacrificado. Plantou (semeou) no deserto e prosperou, como nenhum homem da sua época.
Seguindo a orientação divina, tornou-se um exemplo, mas não sem lutas, não sem crise, não sem deserto!
Querido, a crise faz parte da nossa realidade. Crise na família, financeira, espiritual, moral, emocional... Os efeitos da crise estão estampados em cada esquina, nos rostos de milhares de pessoas que cruzamos diariamente. Porém, pior que a crise é a conformação com ela.
Muitos já não reagem diante das adversidades, estão anestesiados, com a esperança morta, com os sonhos entulhados nas covas das impossibilidades. O que distingue um vencedor daqueles que sucumbem vencidos nos desertos da vida não são as circunstâncias, e sim as atitudes com que cada um enfrenta a crise.
A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero... Ela eleva uns e abate outros. Todo vencedor é um visionário, ele vê o que poucos vêem. Ele vê além do óbvio... Quando todos estão mergulhados nos problemas, ele procura a solução.
A crise, o deserto foi um tempo de oportunidades na vida de Isaque (Gn26: 11-14). Faça o mesmo: aprenda a semear em terreno árido, e a cavar poços em meio ao deserto.
Isaque ouve uma direção de Deus em Gerar, e a confirmação da promessa que tinha sido liberada sobre seu pai:
“Apareceu-lhe o Senhor e disse: Não desça ao Egito. Fica na terra que eu te disser, habita nela, e serei contigo e te abençoarei...” ( Gn. 26: 2 e3a). Isaque precisou crer nessa palavra, pois encarou no deserto, naquele lugar uma série de afronta, porém não parou!
1– No deserto enfrentamos oposições
A inveja dos filisteus (Gn.26:14)
A prosperidade de Isaque incomodou os filisteus. Não foi uma inveja passiva. Eles vendo o romper de Isaque entulharam todos os poços que os servos de seu pai havia aberto.
O seu êxito, a sua felicidade desperta a inveja em algumas pessoas, porque o invejoso não olha o que tem, mas olha sempre o do outro; fica preso naquilo que não tem.
A rejeição de Abimeleque (Gn.26:16)
Ao ver o sucesso de Isaque, Abimeleque sentiu-se ameaçado, encarando-o como rival que precisava ser retirado do seu caminho. Ao invés de aprender com Isaque, ele prefere mandá-lo embora.
Isaque era bem vindo enquanto lutava pela sobrevivência, mas quando se tornou mais próspero que Abimeleque, o incomodou, e a rejeição alcançou o coração inseguro de Abimeleque.
A contenda dos pastores de Gerar (Gn.26:20)
Expulso por Abimeleque, Isaque toma a direção do vale de Gerar. Não caminha como um derrotado, nem se entrega as lamúrias e lamentações. Não deixa o seu coração azedar, mas buscou novos horizontes.
No vale de Gerar, Isaque começou a cavar poços. O lugar era seco. Não havia possibilidade de sobrevivência sem água. Água era a sua maior necessidade. Água era ainda uma condição para a possibilidade de novas conquistas.
O mesmo Deus que havia feito prosperar na terra dos filisteus agora lhe faria prosperar no vale. Mas, o sucesso em cavar poços produziu contenda entre os pastores de Gerar. E estes se apoderavam dos poços cavados por Isaque.
2– No deserto precisamos tirar dos poços o entulho dos filisteus
Isaque compreendeu uma verdade sublime: havia água nos poços. Mas, ela não podia ser aproveitada. Os filisteus haviam enterrado os poços com entulho. Quantas fontes estão obstruídas por entulhos que impedem que rompamos.
Se tem entulho a água não brota. Avalie quais entulhos precisam ser retirados dos poços hoje na sua vida: tradições humanas e legalismo, vida dupla, impureza, incredulidade, comodismo, inveja, rejeição, contenda. O projeto de benção de Deus pra sua vida, pode está impedido por alguma circunstância.
3– Cave poços até que Deus te dê uma fonte em meio ao deserto
Deus pode transformar o deserto em um pomar. Deus pode fazer água jorrar em meio à terra árida. Mas, uma atitude sua necessária é perseverar naquilo que acredita. “Não volte ao Egito!”
Isaque sofreu com a atitude invejosa dos filisteus e não parou. Foi expulso por Abimeleque e não desistiu. Mudou-se para o vale de Gerar e lá os pastores contenderam com ele. Abriu mão dos poços, mas não desistiu de cavar até que recebe dos seus servos a notícia: “Achamos água” (Gn 26: 32)
Mesmo que principados, potestades, demônios, pessoas invejosas, maledicentes se levantem para entulhar e até tomar de você tudo que você já cavou (já conquistou)... “NÃO DESÇA AO EGITO!” Não volte atrás naquilo que acredita.
Continue cavando poços ainda que cansado... Não volte para o lugar de onde o senhor já te tirou! Não volte para o lugar onde você era escravo, passava necessidades, não volte ao lugar de pecado.
Conclusão:
Lembre-se a crise não é o fim. Ela é apenas um meio pelo qual Deus te levará a vitórias retumbantes. Cave poços no deserto, ainda que todos lhe digam que será inútil. Deus lhe dará água no deserto e todos verão que há Deus sobre a sua vida, assim como foi com Isaque; Deus o abençoou tanto que Abimeleque declarou: “ Vimos claramente, que Deus é contigo” ( Gn 26: 28).
Que seja assim sobre a sua vida EM NOME DE JESUS!
Autor: Pr.Samuel Couto
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