Terrorismo



Terrorismo é uma estratégia política que consiste no uso de violência, física ou psicológica, em tempos de paz, por indivíduos ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida, através de ataques a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas, para incluir o resto da população do território. [carece de fontes?]
A guerra de guerrilhas é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para combater forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica militar que uma forma de terrorism
O terrorismo é um modo de guerra aceito e usado por grupos ou nações que entendem ser essa a maneira de lutar por suas causas. Condenado pela maioria dos países, essa forma de luta é considerada pela ONU crime contra a humanidade. Em todo o mundo, nos últimos 25 anos, em grandes atentados, cerca de 1.900 pessoas morreram vítimas do terror. É verdade que em séculos passados houve atentados contra autoridades e órgãos públicos, mas estes quase sempre resultaram da ação deliberada de uma pessoa ou no máximo de um grupo formando um complô, montado exclusivamente com aquele objetivo e que após consumado o atentado se dissolvia.
O terrorismo é diferente. Trata-se de grupos organizados que agem sob uma bandeira qualquer, sempre com o objetivo de destruir. Todos os membros desses grupos estão absolutamente convencidos da nobreza de suas causas e da justeza de suas ações.

"esses assassinos cegos consideram-se
se santos, heróis, pessoas
sacrificadas, que hoje provocam a
desgraça com o objetivo
de preparar a felicidade do amanhã. “

Gilles Lapouge

O termo "terrorismo" apareceu pela primeira vez em 1798, no Suplemento do Dicionário da Academia Francesa. Referia-se ao regime de terror em que a França mergulhou entre setembro de 1793 e julho de 1794. Alguns historiadores denominam também de terrorismo a onda anarquista que grassou na Europa em fins do século XIX.
Os primeiros atos terroristas com as características que hoje conhecemos apareceram em 1912, quando um grupo de macedônios, hostis à Turquia, começou a colocar bombas nos trens internacionais. Por essa época, no início do século, os dicionários ainda traziam uma singela explicação para o termo terrorista: "Pessoa que espalha boatos assustadores; que prediz catástrofes ou acontecimentos funestos; pessimista."
Como veremos mais à frente, daquela época até os nossos dias, o número de organizações terroristas e suas ações aumentaram em progressão geométrica, a tal ponto, que hoje é raro passar uma semana ou mesmo alguns dias sem o registro de uma ação terrorista de porte em alguma parte do mundo. Em 1970 foram registrados 300 atentados terroristas no mundo, em 1975 foram 349 e em 1980 foram 500 atentados. As ações terroristas realizadas em 11 de setembro de 2001 e que atingiram alvos e símbolos da nação americana em New York e Washington, materializam uma nova etapa dos conflitos que estão por surgir neste novo século. É a era da “assymetric warfare” refletindo, de modo destrutivo, a assimetria do mundo de hoje.
O que assustou no caso atual foi a grandeza e intensidade do ataque contra o alvo – os Estados Unidos da América (EUA) – que há muito tempo tem buscado formas de evitar esse tipo de ocorrência.
Em segundo lugar, as engrenagens do aparato de segurança e de inteligência serão acionadas, em regime de urgência, para a busca de dados e informações essenciais para a montagem e execução de uma reação. Nesse ponto, serão buscadas ligações com os aliados a fim de que haja uma ação conjunta para fazer ver aos autores ou mentores do atentado que o ato desagradou a todos e a pressão possível de ser realizada tem caráter mais amplo. O apoio aos EUA deverá ser total.
Ultrapassada essa fase, surgirá uma linha de investigação para explorar a possibilidade de quebra na corrente de apoios que permitiu a realização das operações que resultaram nos atos terroristas. É provável que, mais cedo do que se imagina, essa possibilidade seja realidade. A magnitude da operação, sua coordenação e execução, aparentemente quase sem erros ou falhas, permitem a inferência de que houve um planejamento minucioso e demorado. Este fato leva à conclusão da necessidade do estabelecimento de uma extensa rede de apoio para que tudo saísse bem.
O desequilíbrio entre ricos e pobres em nível mundial poderia ser dramaticamente reduzido com medidas cooperativas e a injeção dos mesmos recursos destinados atualmente para consertar os efeitos deste desequilíbrio. Seria mais barato e inteligente evitar o “efeito bumerangue” e buscar uma lógica de desenvolvimento global com justiça social, onde os interesses das nações fossem administrados pela comunidade internacional de forma a viabilizar o crescimento conjunto. No entanto, o sonho de um desarmamento gradual e da extinção progressiva dos conflitos armados foi desmanchado com a seqüência de acontecimentos cercando os ataques terroristas. O mundo mergulha em sombria incerteza quanto ao futuro, enquanto enorme volume de energia e recursos é canalizado para os conflitos.






Referencias Bibliográficas




Publicado em 7.Nov.2001
Copyright 2001 Universidade Estadual de Campinas
Revista Cérebro & Mente
Uma Iniciativa: Núcleo de Informática Biomédica



RABELLO, Aline L. O conceito de terrorismo nos jornais americanos. Uma análise de textos do New York Times e do Washington Post logo após os atentados de 11 de setembro, p.11. Rio de Janeiro. PUC-RJ, 2007.
Autor: Gustavo Tiago de Queiroz da Maia Santos


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