Revolução Francesa



A Revolução Francesa foi um dos mais extraordiários acontecimentos da História Universal, e, por sua importância, deixa de interessar a um só país, para influir na História de todos os outros povos. Destruiu muita coisa que poderia ter continuado de pé, mas deixou uma obra digna de interesse e soube proclamar bem alto o valor eterno da liberdade de cada homem concreto, isto é imperecível destino. Por volta de 1780, apresentava um aspecto interessante, a França era um dos mais ricos e cultos países da Europa, com uma capital que era a metrópole intelectual da Europa, cujos costumes, desde as modas até as idéias, eram imitados por toda a parte, mas que, apesar disto, estava em crise. Vários escritores de talento começaram a criticar a ordem social e intelectual, vigente. O país como a França, onde estava os principais talentos de época, que tinha idéias dominantes, assim como as leis e a organização política e social eram postas em dúvida, também em outros países, além da França, autores surgiram, criticando a ordem social e política,
O país que, no momento, se apresentava com organização política diferente dos demais era a Inglaterra, que, por força de várias circunstâncias, de uma longa história, possui um regime de caráter democrático. É importante registrar que, na Inglaterra, realizava-se, então, uma extraordinária transformação econômica, com o aparecimento das indústrias modernas, na base de verdadeiras máquinas, com empresas movimentando capitais e atuando em larga escala, era a ''Revolução Industrial'' que começava apoiada por economistas, como Adam Liberal. Na França ocorreu que os camponeses se revoltaram, poucos lugares ficaram livres da revolta geral dos camponeses franceses, por toda a parte as pilhagens, os incêndios, as destruições, as mortes se verificavam.
Os camponeses destruíram os direitos feudais, queimando os documentos que provavam estes direitos, que serviam de base ás imposições e taxas. A abolição destes direitos era uma reivindicação justa, que, provavelmente viria da ação da Assembléia reunida em Versalhes. Atrás da destruição dos documentos, porém, muita, coisa aconteceu, castelos antigos e ilustres foram destruídos, mobílias documentos, obras de arte foram para o fogo. Nem as abadias foram respeitadas, em Paris, a situação também pegava fogo de fato uma nova era começava.
A decisão tomada, todavia, não era uma simples medida prática, havia problemas, se alguns dos direitos feudais podiam ser abolidos sem complicações maiores, outros estavam ligados à propriedade e tinha sido objeto de transações. Como conseqüência, algumas adaptações vieram, que não foram bem recebidas, surgiram novos conflitos, novos atritos e assaltos. A revolução continuava, mais destruiu do que construída, destruiu muita coisa que precisava, nem podia ser destruída. Os homens haviam libertado forças que eles não podiam mais dominar estas forças, agora, carregavam os homens. Nem tudo, foi destruição, houve trabalho constritivo, ficou como exemplo para o mundo , a ‘’Declaração dos direito do homem e do Cidadão``, que justifica as liberdades e os direitos de cada homem, do homem comum, sem privilégios. Em geral, os artigos da famosa ‘’Declaraçao`` visavam direitos feudais, principalmente, as desigualdades, as formas arbitrárias da justiça e da política do Antigo Regime, acima de tudo, uma declaração de direitos do cidadão em face da política. A declaração , cujo estilo, sóbrios e solene as mesmo tempo, faria rapidamente no contexto das constituições da maioria dos países civilizados; em alguns casos, as constituições não possuem o texto explícito, mas , sempre, a declaração de agosto de 1789 faz parte das bases jurídicas de todo regime político democrático. A Revolução Francesa tinha dois tipos de problemas completamente diferentes, que se somaram para trazer, de fato, a consolidação da nova ordem de coisas. Um problema grave que já preocupava desde muito tempo o governo era a crise financeira, o governo francês, mesmo antes da Revolução, estava com pouco dinheiro, o grave da inflação revolucionária residia no fato de que o governo aceitava seu valor nominal, isto é, pelo que constava como sendo o seu valor, muito embora, na prática, estivessem incrivelmente desvalorizados, tudo acontece em formas comuns de inflação. Na Europa ocorriam lutas internas, que não eram poucas em reduzidas, tudo isto conduziu a formação de um comitê de salvação pública, que instituiu o regime do Terror. Nas províncias as pessoas suspeitas eram amarradas e atiradas vivas ao rio. A Revolução conquista o mundo, de início foram conquistas parciais, alguns países ocupados pelos exércitos revolucionários que se organizaram em repúblicas, certamente as grandes potências naquela época a Áustria, a Prússia, a Inglaterra combatiam a revolução externa ou internamente. Quase todos os países começaram a adotar constituições liberais, as práticas do Antigo regime aos poucos abolido, os privilégios da nobreza extintos por toda a parte. Bastam os exemplos da América, de fato a revolução começava aqui, com a Independência dos Estados Unidos, que servia de exemplo e mostrava aos franceses que as novas idéias podiam ter êxito. Nos mesmos dias em que a França iniciava a sua aventura, tivemos a Inconfidência Mineira, inspirada nos mesmos princípios. Aliás, a república brasileira foi proclamada no ano centenário da Revolução, já o mundo civilizado, com a exceção da Rússia, adotava formas de governo, mais ou menos influenciadas pela Revolução, do ponto da vista social, a maior parte das nações fez a sua Revolução. Verdadeiramente, na igualdade perante a lei e no governo representativo, muitas nações conseguiram isto por meio de constituições que conservavam o poder dos reis, por um destes paradoxos da história, as nações cujos monarcas não foram depostos mas que aceitaram as novas idéias, conseguiram resultados mais positivos do que aquelas em que a Revolução teve uma vitória completa. Concluindo com o comentário de João Camillo de Oliveira Tôrres que diz: _ que todos reconhecem que a Revolução Francesa ocupa, na história Universal, uma posição de extraordinária importância, um destes acontecimentos que deixam sinais indeléveis de sua passagem, os historiadores, filósofos e sociólogos estão procurando dar significado do extraordinário acontecimento.
Autor: Josimar Silva Gonçalves


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