TERRORISMO



Sabemos que o terrorismo é um dos piores pesadelos da civilização moderna, devido ao seu componente de irracionalidade, a capacidade dilaceradora de suas conseqüências e o piora dos fatores ao meu entendimento é a sua impossibilidade de ser previsto, nunca sabe – se onde irá ocorrer, onde e quem será ser o próximo alvo. A motivação de um ato terrorista varia da mais pura a convicção política até mesmo a ânsia pessoal de auto - afirmação, e o pior é que o resultado é sempre a morte, a mutilação e a destruição, ceifando vidas inocentes e eqüidistantes dessa realidade conturbada a qual os terroristas se miram.
Terrorismo baseia se na utilização de forma sistêmica do terror ou da violência, de uma maneira muito própria e imprevisível contra regimes políticos, povos ou pessoas para alcançar um fim político, ideológico ou religioso.
Mas num primeiro momento se faz necessário identificar os tipos de terrorismo, pois, existem centenas de facetas do terror, acontecendo de várias formas, mas podemos classificar em dois grandes grupos que são: o terrorismo aleatório, onde atentados acontecem ao acaso, sem um alvo definido e sem nenhuma ligação com grupos terroristas, e o seletivo, que tem alvos estabelecidos, ligados a facções terroristas, visando fins específicos, em linhas gerais esse segundo grupo é mais frio e cruel.
Umas das principais fontes de difusão do terror na atualidade é o próprio efeito do sistema capitalista, segregador, elitista e visa apenas à prevalescência unanime dos mais ricos sobre os mais pobres. Desta maneira, não resta outra opção que não a de causar impacto para que o povo se lembre da existência dos excluídos da globalização mundial, que veio de forma galopante e nos dominou sem nem ao menos nos acostumar a ela.
Mas há outras causas que fomentam o algoz terrorismo que são: a xenofobia e o racismo (Ku-Klux Clan), o desagrado com um governo (Brigadas Vermelhas), os conflitos territoriais (OLP) e também muito usado as questões religiosas (Al-Qaeda). Em relação aos problemas políticos são grandes as tendencias e é também comum ver o terrorismo agindo como sistema militar.
Na segunda metade do século XIX, o terrorismo foi adotado como prática política pelos anarquistas da Europa ocidental, Rússia e Estados Unidos, na suposição de que a melhor maneira de realizar a mudança revolucionária social e política era assassinar pessoas em posições de poder.
Desta maneira então podemos elaborar uma linha cronológica que nos mostra que de 1865 a 1905, numerosos reis, presidentes, primeiros-ministros e outros funcionários governamentais foram mortos pelas balas ou bombas dos anarquistas.
No limiar do século XX, ocorreram grandes mudanças no uso e prática do terrorismo, porque ele se tornou a característica de movimentos políticos de todos os tipos, desde a extrema-direita à esquerda mais radical. Ele passou a utilizar instrumentos precisos, como armas automáticas e explosivos detonados a distância por dispositivos elétricos ou eletrônicos deram aos terroristas uma nova mobilidade e tornaram mais letais suas ações.
O terrorismo foi adotado como virtual política de estado, embora não reconhecida oficialmente, por regimes totalitários como os da Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Nesses países, os métodos de prisão, tortura e execução foram aplicados sem restrições ou fundamento legal, para criar um clima de medo e encorajar a adesão à ideologia nacional e aos objetivos sociais, econômicos e políticos do regime.
Mas vemos no cenário atual que o terrorismo tem suas disputas sempre entre diferentes grupos nacionais sobre a posse contestada de uma pátria, ou envolvidos em conflitos entre diferentes credos religiosos (católicos e protestantes); em conflitos internos entre forças revolucionárias e governos estabelecidos ; e também em conflitos separatistas.
Freqüentemente, as vítimas do terror são cidadãos escolhidos ao acaso ou que apenas se encontram inadvertidamente no lugar onde ocorre uma ação terrorista. Sem base de apoio popular, substituem atividades políticas legítimas pela ação violenta, como seqüestro de pessoas, desvio de aviões, assassinato de civis e explosão de bombas em lugares públicos.
Sua motivação era política e sua atuação foi mais intensa a partir da década de 1970. Na década de 1990, surgiu uma nova modalidade de terrorismo, de impacto ainda maior -- o terrorismo de massa, com motivação aparentemente religiosa ou política de cunho fanático.
Os progressos tecnológicos e a difusão dos conhecimentos técnicos possibilitam a realização de atos terroristas com o uso de armas químicas, bacteriológicas ou biológicas, que podem disseminar a morte ou a contaminação de doenças em massa nos grandes centros urbanos de qualquer país. As razões ideológicas aparentemente deram lugar ao fanatismo religioso, especialmente dos seguidores de líderes messiânicos que divulgam idéias apocalípticas ou salvacionistas radicais.
Após o acontecimento de um ato terrorista, seja a explosão de uma bomba, matança de civis ou seqüestros, a primeira conseqüência que a população sofre é pânico.
O terrorismo é um fenômeno típico do século XX. Crimes e guerras sempre existiram na história conhecida da humanidade, mas os atos terroristas, que em violência podem ser situados entre esses dois, é uma característica do nosso século.
O terrorismo é diferente. Trata-se de grupos organizados que agem sob uma bandeira qualquer, sempre com o objetivo de destruir. Todos os membros desses grupos estão absolutamente convencidos da nobreza de suas causas e da justeza de suas ações. Na correta análise do jornalista francês Gilles Lapouge, "esses assassinos cegos consideram-se santos, heróis, pessoas sacrificadas, que hoje provocam a desgraça com o objetivo de preparar a felicidade do amanhã."
Que o terrorismo, hoje, já atingiu o mundo todo, demonstram as notícias sobre a explosão de cartas-bomba e carros-bomba em países tão diferentes entre si como: Suíça e Albânia, Inglaterra e Paquistão, Áustria e Etiópia, Espanha e Sri Lanka.
"Estamos provavelmente à beira de um novo período da História. O maior trabalho dos governos ocidentais, nos próximos anos, deverá ser a luta sem piedade contra todas as formas imagináveis de terrorismo. Se perderem essa luta, nossa civilização corre o risco de sofrer ferimentos irreparáveis." (DEMAS, 1979).

Esse desabafo de Gilles Lapouge, quase sem esperança, é compreensível em vista da situação caótica provocada pelo terrorismo no mundo. A solução, contudo, não está nas mãos dos homens. Nenhuma autoridade constituída tem o poder de eliminar essa doença do século XX, pois ela faz parte do processo de fermentação e depuração por que atravessa a humanidade, pois precisamos procurar a luz e nos livrar das trevas que é o próprio terrorismo.
Chego a conclusão que o terrorismo é o que uma doença social percorre a Terra, contaminando as nações com a morte de inocentes. O terror colhe sua safra sinistra em todas as partes do planeta.
Entre os horrores de um final de uma era, surge da sombra o terrorismo para mostrar ao mundo o lado mais cruel do homem. O terrorismo é uma conseqüência criada pelo próprio homem com sua ignorância.

Bibliografia.
DELMAS, Claude - Armamentos Nucleares e Guerra Fria. Editora Perspectiva São Paulo. 1979 p4-5.
FONTAINE, André - Historia da Guerra Fria. Paris. 1965 p6.
Autor: ÉLCIO DE SOUSA JÚNIOR


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