Batalha entre negros e brancos



Assim como os marxistas, também prega a superação dos conflitos sociais. Porém, enquanto para os primeiros tal superação se dará quando o proletariado se tornar a classe hegemônica, para os nazistas ela se dará quando a raça ariana se tornar hegemônica. As teorias helenistas e as idéias de homogeneização racial há muito foram execradas pela ciência e pelas principais correntes políticas do mundo ocidental. No entanto, a concepção de que a história da humanidade é a história da luta entre as raças volta à tona, porém com uma nova roupagem e com novos objetivos.
O racismo científico teve seu início de fato com os estudos do antropólogo alemão Jean Friedrich Blumenbach. Sua obra, de gene ri emane varietate nativa (“Das variedades naturais da humanidade”), publicada em 1795, busca definir quais são as raças humanas existentes. Através de estudos de antropologia física, que se utiliza principalmente da biometria e da morfologia, Blumenbach buscou encontrar um instrumento de medida capaz de estabelecer critérios para classificação das diferentes raças. O principal critério utilizado foi à medição craniana (craniometria). O antropólogo concluiu que existem cinco raças humanas: caucasiano, mongol, etíope, americano e malaio.
O racismo científico abriu portas para o nascimento de teorias sociais que condicionavam o sucesso da sociedade ao grau de “branqueza” ou de pureza racial. São inúmeras as atrocidades cometidas contra seres humanos ao redor do mundo por projetos eugênicos. Milhares de norte-americanos foram esterilizados. Na Suécia houve um extenso programa de esterilização que duraram 40 anos cujo alvo era pessoas mentalmente debilitadas e certos tipos de criminosos. Importantes líderes ao redor do mundo eram declaradamente a favor da eugenia ou acreditavam na hierarquia racial. Entre eles pode-se incluir Em ma Goldman e Margaret Sangres, líderes do movimento feminista no início do século XX, líderes conservadores, libertários e das mais diversas correntes políticas. No Brasil, houve uma política de branqueamento da população que se iniciou no final do século XIX e se perpetuou até metade do século XX. Tal política não consistia em esterilização ou extermínio, mas sim em estímulos a imigração e seleção de imigrantes favorecendo europeus.

O estado deve cuidar para que não haja discriminação, as leis com esse propósito devem apenas punir a limitação de acesso ao trabalho, à obtenção de serviços ou bens, à livre locomoção e à educação em virtude de preconceito, seja ele de qualquer tipo. Desse modo a lei estará atuando para garantir uma convivência minimamente pacífica, sem separar a nação em raças, sem coagir um indivíduo a beneficiar outro e sem o objetivo de introduzir novos valores na sociedade.
Portanto apenas assim poderemos dizer que abandonamos de vez as retrógradas e danosas políticas racistas.
Autor: Gisele


Artigos Relacionados


Inclusão Social: Um País De Valores

Das Raças Humanas

O "antissemitismo Racial"

VisÃo PsicanalÍtica Sobre Mitos Raciais

Você Sabe O Que é Eugenia?

Poema De Rodeio NaÇÃo Brasileira

Isurreição Malê - 1835-2012