PODER E POLÍTICA



PODER E POLÍTICA


A necessidade mais importante e premente da vida organizacional não é de melhores comunicações, relações humanas ou participação dos empregados, mas de poder. O que seria na escorreita expressão da palavra a sinonímia de poder? Poder pode ser a capacidade de modificar a conduta de outros empregados da maneira desejada, juntamente com a capacidade de evitar que seu próprio comportamento seja modificado por outros empregados de maneiras indesejáveis. Robert N. Mcmurry diz que: ”O Poder e o Executivo são ambiciosos”. A palavra poder tem várias e importantes definições, tais como: “Ter a faculdade ou a possibilidade de; possuir a força física ou moral; ter influência, valimento; ter autorização para; ser capaz de; estar em condições de; correr risco de, expor-se a, ter ocasião ou meio de; conseguir; ter tranqüilidade, paciência para; ter força, vontade ou energia moral para; ter autoridade moral para; ter o motivo, a razão de; ter capacidade, força ou saúde para suportar; ter a oportunidade, o ensejo, a ocasião de; ter domínio ou controle sobre; direito ou capacidade de decidir, agir e ter voz de mando.

Autoridade; governo de um país, de um Estado; esse poder considerado a partir de suas formas e manifestações; possibilidade, natural ou adquirida, de fazer determinadas coisas; capacidade, faculdade; vigor, potência; supremacia em dirigir e governar as ações de outrem pela imposição da obediência; domínio, influência; domínio de fato exercido sobre uma coisa; posse; virtude ou capacidade de (algo) produzir determinado efeito; eficácia, qualidade de quem demonstra capacidade, aptidão, perícia, grande quantidade; abundância. A palavra em si é muito rica potencialmente e o jargão popular: “Diz que querer é poder”. Nas eleições que se aproximam o poder político é a mola mestra para se conseguir um cargo eletivo. Aqui não estamos nos referindo somente ao poder econômico, mas também o poder de persuadir, de convencer, da força política, o poder da palavra entre outros. O poder emana para o povo.

No caminho pelo poder político, mal a campanha presidencial começou e os principais candidatos já voaram o suficiente para dar mais de sete voltas em torno da Terra, considerando-se o diâmetro do planeta. No ar eles percorreram 90.820 quilômetros desde abril passado, que a pré-campanha deslanchou. Vejam só: “Para agilizar seus deslocamentos, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) contrataram serviços de táxi aéreo que custam em média R$ 35 reais por quilômetros voado, Incluído o desconto de 25% dado pelas companhias aéreas para o chamado pacote fechado, serra e Dilma Juntos, já gastaram mais de R$ de dois milhões com uso de jatinhos. Queríamos saber de onde vem esse dinheiro e no final quem pagará a conta. Afirmam os candidatos que tudo será registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitora), mas temos quase certeza que essa farra de passagens aéreas será paga mais uma vez pelos contribuintes. A estatística dos cálculos está publicada na Revista “Isto É”.

O modelo mais utilizado por Dilma até agora é o Citation da TAM, com capacidade para seis pessoas. Marina que economia fez 95% das viagens em voos comerciais e José Serra freta o avião do ex-deputado Cezar Coelho. “Abusus non tollit usum” – O abuso não tolhe o uso. As origens desta máxima podem remontar a um trecho do livro Topica (Tópicos) do Orador Romano Cícero. Ali, argumenta ele: “Usus enim, non abusus, legatus est” (O uso, portanto, não o abuso, é legal). Essa regra, aliás, vai mais além, enfatizando explicitamente que o direito de uso não é abolido pelo fato de que alguém tenha abusado. Cícero (Marcus Tullius Cícero) 106-43 a.C. Não esperamos jamais que os políticos abusem da autoridade e venham mais uma vez fazer uso do dinheiro público em benefício próprio.

José Serra (PSDB) viajou 33 vezes, um total de 38.613 quilômetros ao custo de R$ - 1,3 milhões; Dilma Rousseff (PT) viajou 28 vezes, percorreu 24. 769 quilômetros num custo de R$ 867 mil reais, Marina Silva (PV) fez 24 voos num total de 27.438 quilômetros com um custo equivalente de R$ 960 mil reais. Prestam bem a atenção no gastos dos pretensos candidatos a presidência da República, pois ainda vão viajar mais ainda e gastar muito dinheiro. Por essa demonstração de gastos avaliamos quanto o presidente Luis Inácio Lula da silva gastou nas inúmeras viagens nacionais e internacionais. Será que houve retorno? Par manter sua posição, o executivo precisa usar de táticas quase sempre políticas, e de meios que são, pelo menos em parte, maquiavélicos. Bom exemplo para os políticos brasileiros. Já que estamos nos reportando sobre políticos e política, queríamos mostrar alguns detalhes sobre a vida de José Serra no exílio político.

Com a família no Chile, José Serra casou-se e teve dois filhos. Na militância já casado e pai de uma menina, Serra participa de passeata em Santiago. José Serra viveu 14 anos fora do país, durante o regime militar. Os momentos difíceis como professor, a perseguição pelo Serviço Secreto do Itamaraty enquanto lutava pela democracia e o risco de morte no golpe do Chile. Não entendemos porque determinados cidadãos ao invés de lutarem pela democracia dentro de seu país resolveram fugir e se asilar em outro país. O ex- presidente Fernando Henrique Cardoso também foi exilado chileno. Será que todos os asilados em outras nações eram santinhos? Enquanto esteve no exílio José Serra desempenhou um importante papel na luta pela democracia.

Será que o governo dos militares era contra a democracia no Brasil? Não acreditamos. Longe de casa no exílio, Serra morou com amigos e deu aulas na CEPAL, sem saber quando poderia voltar. Durante a repressão no Chile Serra esteve à beira da morte, pois havia levado vários perseguidos à embaixada do Panamá. Por isso, foi preso no aeroporto ao tentar deixar o país. Foi então levado ao Estádio Nacional, onde os militantes de esquerda eram executados sumariamente. O major que decidiu ajudá-lo foi denunciado e fuzilado dias depois. Ficou refugiado na embaixada da Itália e depois conseguiu viajar para os Estados Unidos da América do Norte, livrando-se dos agentes da Ciex.

Tinha uma relação estreita com outros exilados conforme relatório secreto de outubro de 1973, no Chile. Só conseguiu voltar ao Brasil em 1978, após 14 anos de exílio. A decisão de escolha de seu representante para presidente da republica está em suas mãos. São dois candidatos de esquerda e com passados agitados. A sorte está lançada e a responsabilidade é totalmente nossa na escolha da autoridade que irá governar os destinos desse conturbado mais muito querido Brasil. Pense nisso!


ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AVESP- DA AOUVIR
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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