Conflitos e Terrorismo no Estado Palestino



Têm se falado muito ultimamente a respeito do apartheid, regime de segregação racial instalado na África do Sul, no qual os direitos da maioria negra foram restringidos pela minoria branca.
Este regime teve fim 1994 e ficou marcado na história do país e na história mundial. Todavia, atualmente vemos uma situação em outro país que não é idêntica a que foi na África do Sul, mas bastante semelhante: a do Novo Estado Israel.
Assim como os negros viviam na época do regime apartheid, os Palestino na Faixa de Gaza, são refugiados, vivem em guetos estão a mercê da fome e miséria e ainda são alvos de ataques israelenses.
A situação é tão deprimente que há quem compare com o regime nazista. O professor Richard Falk, relator especial do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados e professor emérito de direito internacional na Universidade de Princeton, preconizou o seu entendimento:
"Será um exagero irresponsável associar o tratamento dos palestinos às práticas de atrocidades coletivas dos nazis? Não creio. Os recentes desenvolvimentos em Gaza são particularmente inquietantes porque exprimem de modo evidente uma intenção deliberada da parte de Israel e dos seus aliados de submeter toda uma comunidade humana a condições da maior crueldade que põem em perigo a sua vida. A sugestão de que este esquema de conduta é um holocausto em vias de ser feito representa um apelo bastante desesperado aos governos do mundo e à opinião pública internacional para que ajam com urgência a fim de impedir que estas tendências atuais ao genocídio não conduzam a uma tragédia coletiva".
E o que faz com que a repercussão desta situação não seja tão negativa tanto quanto o regime nazista e os campos de concentração é o apoio dos Estados Unidos que legitima o conflito na região.
Embora muito se fale em direitos Humanos, os Estados Unidos com todo seu Poder, inclusive o poder de manipular a mídia e a opinião pública, acaba que amenizando as manifestações contrárias pelo mundo contra os ataques israelenses aos palestinos. Percebemos que o discurso americano pela luta contra o terrorismo é um pano de fundo para as pretensões econômicas e políticas americana, que invade países, como fez com o Iraque, em nome da luta contra o terrorismo, mas que na verdade tem interesse econômico. Enquanto proclama a luta contra o terrorismo, em Israel é o principal financiador e apoiador de tais ataques.
O padre Miguel D’Escoto Brockman, presidente da Assembleia Geral da ONU, em um discurso recente diante da Assembléia apontou o único caminho moral a seguir pelas nações do mundo nas suas relações com Israel:
"Há mais de 20 anos, nós, as Nações Unidas, havíamos seguido a via da sociedade civil quando havíamos acordado que eram necessárias sanções para proporcionar meios de pressão não violentos contra a África do Sul a fim de que ela ponha fim às suas violências. Hoje deveríamos considerar seguir a via de uma nova geração da sociedade civil, que apela a uma campanha não violenta semelhante de boicote, de desinvestimento e de sanções para fazer pressão sobre Israel a fim de que ponha um fim às suas violações”.
O Comité Nacional Palestino para o Boicote, o Desinvestimento e as Sanções (BNC) apela à sociedade civil internacional a que não se limite a protestar e condenar de diversas maneiras o massacre perpetrado por Israel em Gaza, mas a igualmente associar-se à campanha internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel para por fim à sua impunidade e fazê-lo responsável por suas violações sistemáticas do direito internacional e dos direitos dos palestinos. Sem uma pressão sustentada e eficaz exercida pelas pessoas de consciência do mundo inteiro, Israel continuará a perpetrar gradualmente seus atos de genocídio contra os palestinos, enterrando toda perspectiva de uma paz justa no sangue e sob as ruínas de Gaza, Nablus e Jerusalém.
Autor: Igor Rogério de Souza Matos Pricoli


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