DISCRIMINAÇÃO HUMANA
O forte da discriminação humana está na raça. O homem apesar de ser dotado de inteligência é discriminador por excelência e natureza. A mocidade e a velhice, quais as vemos no mundo, não podem significar senão expressões de uma vida física que finda com a morte. Não há moços nem velhos e sim almas jovens no raciocínio ou profundamente enriquecidas no campo das experiências humanas. Os dois extremos estão aqui citados e fazem parte dos discriminadas e dos discriminadores. Na expressão escorreita da palavra o idoso é mais discriminado do que os jovens e adolescentes. As instituições humanas são o reflexo das qualidades individuais de seus componentes. A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias.
É incontestavelmente um atributo exclusivo da alma. A nossa inteligência é dotada das forças reveladoras de fatos que não puderam ser revelados nem pela visão, nem pela audição, nem pelo tato. Se a inteligência fosse usada pelo ser humano com correções a discriminação não existiria. O ato ou efeito de discriminar ou efeito de discriminar, bem como a faculdade de distinguir ou discernir e o discernimento, a separação, apartação, segregação são atos discriminatórios. Entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado à cabeça, esse termo tinha o nome de raca.
Raca é um termo injurioso empregado no Evangelho de S. Mateus. Significação primitiva: ‘vazio’, ‘chocho’ ou ‘conspurcado’. Vejam senhores como a discriminação é um termo antigo e mesmo nos tempos em que o Mestre Jesus esteve na terra à discriminação já existia. Conspurcar significa sujar; macular: conspurcou as claras vestes.
Manchar, macular; infamar: “A ignomínia que barbariza e desumana o escravo, conspurca a família livre, escandaliza no lar doméstico a pureza das virgens e a castidade das mães” (Rui Barbosa, Ensaios Literários, p. 48). Corromper, perverter: Conspurcou-o sua ambição desmedida. Chegamos até aqui para entrarmos no questionamento da busca de um bebê perfeito. Uma comunidade de relacionamentos só aceita em seu clube pessoas consideradas bonitas e oferece a doação de óvulos e esperma para aqueles que buscam a raça perfeita.
Será a volta da eugenia? Eugenia é a ciência que estuda as condições mais propícias à reprodução e melhoramento genético da espécie humana. Por essa eugenia Hitler queria dominar o mundo sendo fragorosamente derrotado. Na raça humana não existe perfeição em nada, às vezes os mais bonitos, de cor clara, olhos azuis são mais fracos do que um negro. O que diferencia uma raça da outra é somente a pigmentação da pele. Aqueles que se dispõe a doar seu material genético podem ser encontrados no grupo Beautiful Baby, um fórum aberto dentro de um site. Esse site foi criado em 2002, ela só aceita como membro quem for classificado como bonito.
O candidato a participar deve ser aprovado em uma votação feita pelos integrantes. Isso deve ser coisa de europeu ou de alguns brancos bestializados. Laura Hind., é a porta voz da rede. Não aceitamos que no mundo atual ainda existam pessoas com pensamento tão rasteiro e abominável. Será que num caso de doença grave, e que o transplante fosse à única solução o órgão a ser doado fosse de um feio ou de um da raça negra o doente morreria? Temos nossas dúvidas. Segundo a BBC do Brasil o site de relacionamentos que se vende como exclusivo para pessoas bonitas diz que 600 beautiful babies - ou "bebês lindos" - já nasceram como fruto de encontros possibilitados pela ferramenta. A rede social Beautifulpeople diz estar realizando um gesto altruísta ao compartilhar a sua "carga genética abençoada" com o mundo.
Como exemplo deste compartilhamento a assessoria de imprensa do site fez circular a imagem de Jack, um bebê de cabelos loiros e olhos azuis de 18 meses nascido de um casal que se conheceu no site. Criado em 2002, o Beautifulpeople se descreve como "uma comunidade exclusivamente bonita" e "um clube de elite online, no qual todos cuidam da sua fachada”. "Se o mercado de paquera e relacionamentos sociais fosse uma boate, o Beautifulpeople seria a sala VIP", explicam os criadores. "Pode não ser politicamente correto... mas é honesto." “Queremos abrir nossa base de pessoas brilhantes como potenciais doadoras”-Laura Hindi. Porta-voz do Beautifulpeople. “É uma iniciativa inaceitável”, diz Salmo Raskin presidente da Sociedade Brasileira de genética médica.
Agora, a rede anunciou que está dando um passo além, lançando um fórum para aproximar belos doadores de sêmen e óvulos de pessoas com dificuldade de procriar. Sugestivamente, o serviço se chama Beautiful Baby Service, ou "serviço de bebês lindos". "Todo pai e mãe quer que seu filho seja abençoado com atributos finos, sendo a beleza um dos mais desejados", disse o diretor-gerente do Beautifulpeople, Greg Hodge. "Para um site com membros que se assemelham a Brad Pitt, George Clooney e Angelina Jolie, você pode imaginar a demanda.” Vejam até que certo ponto o homem usa a sua inteligência para discriminar e se considerar superior a todos outros tipos de pessoa.
A atitude, no entanto, carece de conhecimento. Qualquer individuo sabe que a presença de um pai bonito e de uma mãe bonita não é garantia de que a criança terá os traços harmônicos. Segundo a revista “Isto É” no Brasil é permitido fazer a seleção de embriões (criados pelo método de fertilização assistida) livres de doenças como a síndrome de Down ou aquelas ligadas ao sexo. É o caso da hemofilia – apenas os homens desenvolvem a doença. Portanto, em casos de doenças na família descartam-se os embriões masculinos. Como podemos ver a discriminação é mais grave do que pensávamos e este caso de formação de crianças bonitas vai de encontro às leis divinas, visto que não se tem certeza absoluta se a raça humana foi iniciada por bonitos ou feios. Achamos que a beleza de espírito, a educação e a inteligência vale muito mais do que a beleza física.Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE-DA UBT-DA AOUVIRCE E DA AVESP
Autor: Antonio Paiva Rodrigues
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