Coréias, irmãs e inimigas.



Coréias, irmãs e inimigas.

Recentemente o ataque que causou o naufrágio de um navio da Coréia do Sul, foi atribuído a seu vizinho, a Coréia do Norte. Isso com certeza deve pressionar um acordo internacional endurecendo ainda mais as já existentes sanções contra a Coréia do Norte.
A Coréia do Norte nega estar por trás da tragédia que causou a morte de 47 marinheiros. Agora, Coréia do Sul, Estados Unidos e Japão buscam o apoio da China para sancionar, ou pelo menos condenar, Pyongyang no Conselho de Segurança da ONU.
A pior resposta a ser lançada são as possíveis ações militares adotadas por ambas as coréias. Em vista das relações internacionais já estarem extremamente desgastadas e as conversações “amigáveis” não estarem surtindo efeito, e a Coréia do Norte, tida como um pais do “eixo do mal” sustenta uma posição ofensiva, essencialmente no que se trata do armamento nuclear e armas de destruição em massa.
Em 2006, após o primeiro teste nuclear, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução proibindo a Coréia do Norte de realizar novos testes. Porém, parece que os conflitos não se solucionaram tão facilmente. Tanto a Coréia do Sul como a do Norte não “dão o braço a torcer” e parecem não estar dispostas a esquecer seus passados de guerras.
De 1950 até 1954, a Coréia do Sul e seus aliados, travaram uma disputa armada contra a Coréia do Norte, na época apoiada pela União Soviética, que teve como conseqüência a divisão da península que perdura até hoje. Países irmãos, mas que permanecem separados e separando famílias. De um lado o capitalismo predominante e fortemente influenciado pelos Estados Unidos, e do outro, o socialismo ainda resistente na figura de um ditador opressor.
Infelizmente esta triste realidade não se enquadra mais nos evoluídos meios de solução pacífica que existem no direito internacional atual. Nas sábias palavras do professor J.F. Rezek:
“O quadro contemporâneo não mais justifica especial dispêndio de energias no exame de tudo quando compôs, outrora, o direito da guerra: parecem superadas sobretudo aquelas normas de protocolo militar e de natureza técnia que se compendiaram na Haia durante a virada do século”.
Desses conflitos, apenas resultados negativos. Nações asiáticas tão importantes, ricas do ponto de vista cultural, mas que criaram milhares de prisioneiros e campos de guerra. Depois de três milhões e meio de pessoas mortas, um tratado de cessar fogo foi assiando em 1953, porém o aclamado tratado de paz ainda não foi assinado, e a Coréia continua dividida em Norte e Sul.

Referência Bibliográfica
REZEK, J.F.. "Direito Internacional Público - Curso Elementar", Ed. Saraiva, 8a edição, 2000.
Autor: Joyce Camargo Fukushima


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