O ESPÍRITO DA POLÍTCA E A ÉTICA ELEITORAL



O Espírito da Política e a Ética Eleitoral

A política se desenrola completamente diferente da vida pessoal. É lógico que os princípios gerais como não matar ou não roubar são iguais, mas só isso também. Alguns verbos são conjugados de forma banal e com muita frieza, tais como: prometer, cumprir, enganar e desviar.
Na política a ética é a da responsabilidade, que considera as conseqüências das decisões que o político adota, porém, determinado político não lhe resta muitas alternativas senão fazer compromissos para alcançar maiorias, e a grande maioria dos políticos são obrigados a tomarem decisões que envolvem meios não muito nobres para conseguir alcançar os objetivos “públicos”.
Todos dizem que os fins justificam os meios, mas no caso da política os fins públicos e os meios existem um problema de grau. É claro que o político deve ser fiel à sua visão do bem público, mas não pode ser radical tanto em relação aos fins nem aos meios. É preciso ser razoável porque alguns meios são absolutamente condenáveis e, portanto injustificáveis.
Quando resolvemos pensar nos principais responsáveis pela atual crise moral, percebemos que poucos foram imorais, apenas em relação aos meios, utilizando meios condenáveis como a corrupção e o suborno, mas se mantendo fiéis os seus “valores”.
Os princípios éticos variam de cultura para cultura, e com o passar do tempo se modificam no âmbito de uma mesma sociedade. Os excessos de preocupações com as questões morais e éticas tendem a intolerância e ao preconceito das pessoas. E a falta pode levar a degradação dos costumes, desagregamentos, abusos e desonestidades.
A responsabilidade do eleitor (ou seja, nós) vai além do voto, é preciso buscar no íntimo a cultura de fiscalizar o trabalho dos políticos que ele ajudou a eleger, isso é fundamental.
A OAB tem um papel fundamental no combate à corrupção e os desmandos por parte dos políticos. Boa parte dos políticos ganha a eleição prometendo ajudar a população carente. Esses políticos sequer chegam a assumir os cargos, eles são convidados à assumir uma secretaria no Poder Executivo, ficando três anos e meio no cargo de confiança e, quando chegam às véspera da próxima eleição, passam a visitar suas bases para se reelegerem sem ter feito nada que prometeu, no entanto, percebe-se claramente um desvio dos objetivos traçados, por eles, no processo eleitoral, afim de atender uma vontade pessoal. E é engraçado que além de não cumprirem o prometido eles ainda se reelegem prometendo novamente ajudar a população carente. Há se ressaltar que nem todos os políticos são assim, ainda existe um remanescente que não se curvou e nem adorou esse modelo imoral traçado.
Enfim, há uma evidente necessidade de mudança de comportamento da população, nas escolhas de seus representantes na política. Tem que haver cobrança contínua após as eleições e as pessoas tem que banir os subornos e serem mais justas consigo mesmas, porque é só assim que o país irá caminhar para o posto merecido a muito tempo.
Autor: Célio Paião


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