A CONDENAÇÃO DO POVO CUBANO: REFLEXOS DO BOICOTE



O boicote imposto pelos Estados Unidos à ilha de Fidel Castro já é considerado um dois mais duradouros da história mundial. Iniciado em 7 de fevereiro de 1962, atingiu seu ápice durante a Guerra Fria, que dividiu o mundo em capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, e comunistas, chefiados pela antiga URSS, em um capítulo da história conhecido como a “Crise dos Mísseis”, que quase culminou em uma Terceira Guerra Mundial.

O boicote, também conhecido como boicotagem, é um meio coercitivo de solução de conflitos internacionais e nas palavras de Gustavo Bregalda Neves (2010, p.112 -113)
Os meios coercitivos são adotados em função da ineficácia na solução de conflitos internacionais por intermédio dos meios diplomáticos, políticos e jurisdicionais. Boicotagem ou boicote caracteriza-se pela interrupção das relações comerciais com um Estado ofensor das normas de Direito Internacional. É uma forma de represália.

Referido boicote é somente um marco na história dos dois países, que se cruza em vários pontos. Em 1898, Cuba tornou-se um país independente, livrando-se da poderosa Espanha com a ajuda dos americanos. Bom, é lógico que nossos amigos do norte iriam pedir algo em troca pela generosa ajuda. Assim, Cuba permaneceu sob o poder dos Estados Unidos até 1902, quando deixaram o país.

Entretanto, antes da despedida, os americanos emendaram a Constituição Cubana, garantindo-lhes o direito de intervir nos assuntos internos da sofrida Cuba. Pode-se dizer que a independência cubana era apenas aparente e, em 1959, a turma do Fidel e do saudoso Che Guevara invadiram Havana, capital cubana, depondo o governo do General Fulgêncio Batista, que governava, se é que ditadura pode ser chamada de governo, com o apoio dos Estados Unidos da América, em um episódio que ficou conhecido como “Revolução Cubana”.

Receosos com esse novo golpe, os americanos romperam as relações diplomáticas entre os países e Cuba aproximou-se da União Soviética. Na tentativa de reaver seu poder na ilha cubana, os Estados Unidos organizaram uma vergonhosa tentativa de invadi-la, no que ficou conhecido como “Invasão à baia dos porcos”.

Atualmente Cuba vive às margens do mundo, sua população desconhece o sentido da expressão “Direitos Humanos” e sua situação econômica é precária. A população vive desprovida de recursos básicos, o país importa mais da metade de seus alimentos e a população é amordaçada pelo regime ditatorial do “imortal” Fidel Castro, que apesar de estar debilitado, ainda comanda Cuba.

No ano passado, Cuba passou por um episódio trágico, além da falta de produtos de primeira necessidade, como o leite, os cubanos enfrentaram a escassez de um produto sanitário básico, o papel higiênico. Parece que não, mas quando ele falta, faz muita diferença. Usando a criatividade, na falta de outra opção, os cubanos viram alguma utilidade nas edições do jornal oficial do Partido Comunista, usando-o para a higiene sanitária.

Também em 2009, os cubanos tiveram uma notícia boa, o governo americano liberou as remessas de dinheiro efetuadas pelos cubanos-americanos aos seus familiares residentes em Cuba.

Aos poucos, as sanções estão sendo minoradas, para alívio do povo cubano. Em 2007, na Assembléia Geral do ONU, apenas 4 dos 188 membros não condenaram as sanções impostas aos cubanos. Devagar, mas incansáveis na luta por seus direitos, os cubanos vão se libertando das garras opressoras do nosso “hermano” Fidel.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NEVES, Gustavo Bregalda. Direito internacional. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,2010.
Autor: Anabel Carrasco Alcazas


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