Para ser um professor de verdade



“Sou apaixonado por Educação, por isso sou Professor”.
Comumente é possível ouvir esta expressão, e é possível considera-la muito boa, especialmente quando vindo de professores de crianças; daquelas que são a base, a geração do futuro. Isso porque a paixão por educar é combustível para a ação do professor...
Contudo, “ser apaixonado por Educação” não basta.
Para ser um “professor de verdade”, é preciso mais do que isto, mais do que “simplesmente” “amar ensinar” ou “amar a Educação”, “amar educar” ou algo parecido.
Para ser um professor de verdade, para contribuir para que seja construída uma base de conhecimentos sólidos, para que as crianças de hoje sejam adultos verdadeiramente instruídos e educados de amanhã, é preciso que o professor seja um atuante e competente promotor de aprendizagem. E para que isto seja possível, é preciso que alguns requisitos sejam atendidos. Entre estes requisitos:

• ter concepção clara do que é Educação, Ensino, Aprendizagem e visão clara do que é Ser Criança e de suas necessidades básicas;
• conhecer bem, as fases de desenvolvimento da criança e reconhecê-las em cada criança atendida;
• ter sólido conhecimento de como se dá o processo de aprendizagem humana, especialmente da criança, na prática;
• ter consciência de que o trabalho do professor precisa estar lado a lado com o trabalho da família, por isso, trabalhar em parceria com a família do aluno;
• conhecer o contexto do aluno e considerá-lo em todo o processo de ensino-aprendizagem, para que o que é ensinado na sala de aula não leve o aluno a entender que aquilo tudo que lhe é ensinado na sala de aula “serve para nada” em sua vida diária. Ou, no mínimo, o aluno precisa ser esclarecido sobre porque ele está estudando aquele conteúdo, que não tem muita ou nenhuma ligação prática com sua vida diária;
• conhecer a facilidade e dificuldade de aprendizagem de cada aluno, para atende-lo de forma individual (oferecer um ensino para todos, mas que atenda as necessidades de cada um... sim, isso é possível);
• ter o hábito de estar sempre em contato com a literatura da área, especialmente temas direcionados ao nível em que ele atua;
• sempre que possível buscar publicações sobre as mais recentes pesquisas sérias (bem desenvolvidas, confiáveis, não modas passageiras...) da Educação;
• estar disposto a se profissionalizar sempre, a ser formado e se formar, ser Aprendiz Permanente.

O professor precisa de paixão para educar, sim!
Mas o professor também precisa de direção. E o que dá direção ao professor é sua Formação: Inicial e Continuada.
Sendo assim, todos estes requisitos e outros que não foram aqui contemplados, precisam ser incentivados a serem cumpridos, e não só incentivados, mas ensinados, à como direcioná-los à prática, nos Cursos de Formação Inicial, nos Cursos de Educação Continuada, em Projetos de Apoio ao Professor, e não simplesmente apontados como necessários e cobrados dos professores.
Se queremos, de verdade, mais Qualidade na Educação, precisamos refletir mais, e agir mais, sobre esse ponto primordial: “Incentivo e Formação, dos nossos Professores”.
Autor: VANDERLEI ROBERTO GABRICIO


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