Educar sem culpa I



Você algum dia passou por momentos em que estava tão cansado(a), com mil coisas na cabeça para fazer e seus filhos gritando, brigando ao seu lado, fizeram você simplesmente perder a paciência a ponto de gritar com eles?
Imagino que sim, no mundo contemporâneo em que vivemos, cheio de atribulações, quando devemos ser não apenas pais capazes e presentes, como bons profissionais, a relação familiar acaba sendo prejudicada devido ao cansaço, ao stress e o desgaste emocional.
Então como posso melhorar essa relação? Como fazer meus filhos entenderem que chego em casa cansado(a) e não tenho paciência para escutar brigas e gritos? Como fazer para eles obedecerem as regras da casa sem discussão?
O primeiro ponto a se observar é como falo com meus filhos, que tipo de linguagem uso? Se eles me perguntam ou fazem algo, como eu reajo? Normalmente as respostas são qualificativas e julgadoras.
Vamos ver um exemplo, para clarear: Quando uma criança derrama um copo de suco no chão, a resposta qualificativa seria “Ah que menino(a) estabanado(a) derramou tudo no chão, olha que sujeira você fez, você não aprende nunca.”
Esse tipo de linguagem culpa e menospreza a criança por sua falta de controle motor. E quando uma pessoa é acusada sua primeira resposta é se defender, no caso a criança poderia mentir dizendo que não havia sido ela que derramou o suco, gerando assim uma nova grande discussão.
Mas e se usarmos uma linguagem apenas descritiva, sem qualificações? Poderíamos dizer “Vejo que você derramou o suco.” E em seguida lhe dar um pano para enxugar. Deste modo você evitar culpar a criança e a incentiva a buscar soluções.
Assim, uma linguagem descritiva evita a culpabilidade, o menosprezo e evita discussões. A descrição liberta a criança para buscar as soluções dos seus problemas.
Nos momentos agradáveis a descrição também é bem vinda. Se uma criança lhe mostra um desenho que acabou de fazer, ao invés de dizer “Que lindo, você é um(a) pintor(a) maravilhoso(a)”, isto pode fazer com que a criança perca o interesse, pois se já é maravilhoso não há mais nada o que fazer.
Usando a descrição, você pode dizer: “Nossa, vejo uma borboleta e uma casa colorida, que me fazem sentir felicidade”, a criança se sentirá incentivada a continuar pintando, por perceber que estes desenhos fazem você sentir algo. Uma linguagem descritiva permite que a criança fique solta para evoluir e persistir no que lhe traz prazer.
A descrição não julga, ela deixa aberta uma janela para a criança desenvolver suas capacidades. Se você tem alguma dúvida, estou a disposição.
Nadia Prando
Psicóloga - CRP 06/98164
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Autor: Nadia Prando


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