ESTUDANDO ( animais no mundo espiritual)



Uma parcela muito grande de espíritas faz grande confusão ao trazer para doutrina conceitos espiritualistas e não conseguir entender as explicações dos espíritos dado a Kardec no L.E e no L.M.

Muitos orientados por romances espiritualistas acreditam que é Kardec que tem que se adequar a estes últimos e não ao contrário esquecendo que o próprio Chico Xavier: afirma em sua biografia.
"Lembro-me de que num dos primeiros contactos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo".
Portanto: em caso de divergência, as palavras de Jesus e de kardec são a referência máxima.

O LIVRO DOS MÉDIUNS, CAP. XXV, ITEM 283, PERG. 36
36. Podemos evocar o espírito de um animal?
R – Depois da morte do animal, o princípio inteligente que havia nele, fica em estado latente; este princípio é imediatamente utilizado por certos espíritos encarregados deste cuidado para animar de novo seres nos quais continua a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há espíritos de animais errantes, mas somente Espíritos humanos. Isto responde à sua pergunta.

36ª. Como é então que algumas pessoas, tendo evocado animais, obtiveram resposta?
R – Evoquem um rochedo e ele lhes responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra para tudo.
Como é possível observar, a resposta do Espírito é muito clara e afirmativa quando diz não haver espíritos de animais na erraticidade. Isso realmente muda tudo. Lemos em muitos livros espíritas, mesmo de autores consagrados, sobre a existência de animais na espiritualidade.

André Luiz já publicou em suas obras sobre a presença de animais nas colônias espirituais, como pássaros, peixes, cães e outros animais…
Afirmo, porém, que no momento fico com Kardec, até que alguém consiga trazer uma informação que confirme, por A mais B, baseado somente nas obras de Allan Kardec e ninguém mais, que existem animais na espiritualidade; uma informação que seja tão clara quanto essa que o espírito trouxe à Kardec sobre a não existência desses seres na erraticidade.

OS ANIMAIS E O HOMEM:
597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
R – Sim, e que sobrevive ao corpo.

597ª. Esse princípio é uma alma semelhante ao homem?
R – É também uma alma, se o quiserdes; isto depende do sentido que se toma essa palavra (ver em o Livro dos Espíritos – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita – Alma, Princípio Vital e Fluido Vital); mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos homens e dos animais, tanta distância, quanto entre a alma dos homens e Deus.

598. A alma dos animais conserva após a morte, sua individualidade e a consciência de si mesma?
R – Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente.
Ora, se o estado de vida é latente, não há atividade; se não há atividade, não há espíritos errantes de animais perambulando no mundo espiritual.

599. A alma dos Animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar?
R – Não; ela não tem o livre-arbítrio.

600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante, como a do homem, após a morte?
R – Fica numa espécie de erraticidade, pois não esta unida a um corpo, mas não é um espírito errante. O espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente: não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.

Analise este trecho da Revista Espírita de Junho de 1860, onde Allan Kardec obtém uma dissertação sobre os animais, dada pelo Espírito Charlet. Nessa dissertação, Charlet traz grandes informações sobre o espírito dos animais e a vida dos animais entre os homens. Após a dissertação, Allan Kardec faz uma análise de cada tópico, e na análise do tópico III, nr. 11, faz a seguinte pergunta ao espírito:

11. Falais de recompensas para os animais que sofrem maus-tratos e dizeis que é de toda justiça que haja compensação para eles. Parece, de acordo com isso, que admitis no animal a consciência do eu após a morte, com a recordação do seu passado. Isso é contrário ao que nos foi dito. Se as coisas se passassem como dizeis, resultaria que no mundo espiritual haveria Espíritos de animais. Assim, não haveria razão para não existirem o das ostras. Podeis dizer se vedes em torno de vós Espíritos de cães, gatos, cavalos ou elefantes, como vedes espíritos humanos?
R – A alma dos animais – tendes perfeitamente razão – não se reconhece após a morte do corpo; é um conjunto confuso de germes que podem passar para o corpo de tal ou qual animal, conforme o desenvolvimento adquirido. Não é individualizada. Direi, todavia, que em certos animais, entre muitos mesmo, há individualidade.
Mais uma vez, meus amigos, novas e claras afirmações de que não há espíritos de animais na erraticidade. De que esses seres, esses irmãos menores do desenvolvimento, não se relacionam após sua morte do corpo físico, por entrarem em estado latente.
Notem algumas afirmações de Kardec, neste trecho na Revista Espírita:
“Se as coisas se passassem como dizeis, resultaria que no mundo espiritual haveria espíritos de animais”
O termo “se as coisas se passassem”, prova uma afirmação contrária, ou seja, afirma que não se passa dessa forma, mas se outra.
“Assim, não haveria razão para que não existirem o das ostras”

Notem a intensidade dessa frase! Ela nos faz pensar da seguinte forma: Se existisse animais como cães, gatos, cavalos etc. no mundo espiritual, também deveria haver pernilongos, ostras, mariscos, moscas, pois todos são formas de vida do reino animal que mantém seu principio após a morte.
E também a afirmação do espírito, ao dizer:
“A alma dos animais – tendes perfeitamente razão – não se reconhece após a morte do corpo”

O que falta aos duvidosos e aos confusos é mais Kardec e menos romances.
Ou seja, mais racionalidade e menos fantasia
Entretanto gostaria muito de saber: Qual seria a vantagem de animais no mundo espiritual para o próprio animal?
Autor: Francisco Amado


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