REENCARNAÇÃO



Esclarecimentos sobre a teoria reencarnacionista

A reencarnação é uma das crenças mais antigas do mundo, é aceita esta crença nas mais antigas concepções religiosas, como o Hinduísmo e o Budismo. As teorias acerca da reencarnação são encontradas nas escrituras Vedas, o livro mais antigo do mundo.
Mas o que é reencarnação? É assim chamada por alguns de palingenesia ou metempsicose, nas concepções platônicas ao qual defende esta idéia na tradicional teoria da reminiscência, é a crença de que depois de falecer há “algo” da pessoa que subiste em outra esfera imperceptível – o Além-, como característica muito especial de que esse “algo” mantém consciência de quem foi durante a existência terrena, assim como todas as recordações guardadas em seu psiquismo, embora que todas as lembranças são diluídas da memória assim que o corpo se decompõe.
A reencarnação é tradicionalmente uma crença no mundo oriental, mas teve inúmeros adeptos no ocidente, como por exemplo, alguns filósofos clássicos e nos primórdios do Cristianismo, sendo que nos primeiros séculos foram expurgados todos os documentos a esse respeito. Mas nas Escrituras Sagradas a reencarnação é mencionada, sendo que os exegetas alegam que há muita interpretação errônea, fato que desencadeou equívocos nas traduções posteriores ao qual esta concepção perdeu seu sentido na essência.
O Cristianismo rompeu com esta idéia reencarnacionista pelo fato de crer unicamente na ressurreição. Mas as teorias cristãs são incompatíveis com as idéias reencanacionistas, sendo que na Bíblia há provas contundentes que demonstram sobre a reencarnação.
É crível que assim escreveu Paulo, na Epistola aos Hebreus: “E assim como está decretado que os homens morram uma só vez, e que depois disso se siga o juízo (...).” (Hb 9,27). Uma análise mais minuciosa demonstra que esta passagem pode ser interpretada da seguinte forma, assim como haverá uma única morte, sendo que a reencarnação se sucede independente do ato da morte, pois o termo morte é mal interpretado pela maioria das pessoas. O que na verdade não existe a morte, o que existe é uma passagem para a outra vida, a morte é na verdade um nascer para a outra consciência, pois a morte nas concepções metafísicas quer dizer, a verdade última do ser humano enquanto existente e evolutivo nesta trajetória terrena. Mas o que Paulo insiste em afirmar sobre o juízo, que haverá sim um juízo último do espírito, que decorrente suas evoluções irá ser posto diante do Criador para ser julgado mediante sua consciência evolutiva.
Uma passagem bastante polêmica para os cristãos principalmente é a seguinte: “E, se vós quereis compreender, ele mesmo (João Batista) é o Elias que há de vir”. (Mt 11, 14). Deveria ser claro pelo contexto que Jesus está falando que o espírito profético de Elias (não o seu corpo nem sua alma) continua em João Batista. Uma explicação mais racional para isso pode extrair da interpretação de Patrícia Antunez, uma erudita argentina que estuda fatos reencarnacionistas nos tempos atuais. Assim ela interpreta:
Ao dizermos, por exemplo, que uma menina “tem olhos de sua mãe”, todos entendem que não trata de um transplante de olhos. Não se trata da reencarnação dos olhos da mãe na menina. Apenas estamos dizendo que os olhos de mãe e filha se parecem muito. Por isso não podemos entender a Bíblia se não lemos no contexto adequado.
Uma crítica a esse contexto será possível mesmo a crença na reencarnação? Basta percebermos nossa vida cotidiana, as pessoas que estão no mundo, a nossa relação de intersubjetividade, fato que às vezes nos embaraçamos na presença do outro e criamos um vínculo de separação, pois, de fato essa presença nos dá característica de vidas passadas, ao qual na consciência não tenho lembranças consistentes de outras vidas, somente na esfera do subconsciente é que essas afirmações vêm à luz da verdade.
O que interessa saber é que a reencarnação está acontecendo, mediante a evolução do corpo físico, que é a matéria, fruto da nossa consciência, estamos evoluindo, isso é uma confirmação da ciência moderna. Agora se inserem as concepções filosóficas e teológicas, para uma confirmação mais racional, de que somos frutos de outras vidas, que demonstram nossa construção e os problemas encontrados nesta evolução terrena. E por que sofremos, se Deus é tão bom? Deveras que em vidas passadas há delitos cometidos e que nesta vida agora estamos a pagar por estas faltas.
O que vale deixar claro, é que nem todos aceitam esta idéia tão facilmente, mas o que importa é a reflexão de cada um, analisando sua vida e o contexto em que está nesse momento, em todos os âmbitos, tanto físico quanto espiritual e pedir a Deus, o Ser Uno, mais íntimo que o meu íntimo, como já demonstrava Agostino, o maior erudito da filosofia nos primórdios do Cristianismo, e que a luz que emana do alto venha nos iluminar para lograrmos a verdade, e assim que isso acontecer imprimimos em nosso espírito algo vidente, mas que estão ocultos pela ignorância inconsciente da humanidade.
Autor: Guilherme


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