Como Conviver com as Diferenças



Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, tornam-se cada vez mais reconhecível e complexa as diversidades existentes no planeta. Diferentes culturas, etnias, raças e tantas outras diversidades, e lamentavelmente, cada vez menos harmônico.
As diferenças são claras, podem ser percebidas no teatro e no cinema, podem ser interpretadas nas novelas da TV, mostrada nos telejornais, assistidas em uma partida de futebol, observadas nos "big brothers" da vida ou até mesmo em casa ou no trabalho, coladinho com quem se convive tanto tempo da vida.
Tão claras quanto às percepções, são as dificuldades em conviver com tantas diferenças. Mesmo com tantas riquezas de diversidades, o homem trava consigo uma busca incansável pela satisfação pessoal, aflora o seu egoísmo e acaba excluindo tudo aquilo que julga não lhe ser conveniente.
Essas concepções colocadas em prática dificultam o entendimento e o relacionamento humano, fere os direitos dos outros e agride a identidade de diferentes culturas.
É certo que o desafio de conviver com as diferenças é uma tarefa árdua, mas precisa ser encarada como uma necessidade humana, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaços para que as nossas diferenças também sejam respeitadas.
Não existe em hipótese alguma cultura superior ou inferior. Todos têm sua cultura, individual ou coletiva. Na maioria das vezes é coletiva, pois sempre está relacionada a uma terceira pessoa. A cultura de uma sociedade adquire formas diversas através do tempo e do espaço – indeterminado.
As manifestações culturais se manifesta através da sua originalidade e pluralidade de identidades que caracterizam grupos e sociedades da humanidade. Comparada com as necessidades da diversidade biológica para a natureza, a diversidade cultural é para nós fator primordial para entendermos toda história da humanidade. Nesse sentido, constitui um patrimônio comum de toda sociedade que tem o dever de ser reconhecida como tal, registrada e consolidada em benefício das gerações futuras.
Aprendemos no ensino fundamental e médio que diferenças existem, mas devem ser respeitadas, quando assistimos às aulas de história e até mesmo de geografia, constatamos muitas diferenças. Os negros não poderiam em hipótese alguma misturar-se com brancos, considerados a classe dominante, nobreza e clero. Fomos educados e ensinados a pensar dessa maneira. Negros eram escravos e ficavam na senzala e os brancos donos de tudo e de todos moravam na casa grande.
Esse pré-conceito existente atualmente na sociedade fragmentada atual não estaria na nossa própria história? A culpa desse preconceito, das diferenças sociais, econômicas não estaria em nós mesmo? Quem faz parte dessa história ensinada nas salas de aulas hoje em dia?
Diferenças existem sim, e é inevitável não conviver com ela. Mesmo com tantas diferenças existentes, uma coisa é certa, todos tem perante a constituição os mesmo direitos e deveres a cumprir, nos tornando relativamente iguais. Independentes disso um velho sábio – Geraldo Vandré – já dizia em sua melodia “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não, nas escolas, nas ruas, campos e construções, caminhando e cantando e seguindo a canção, vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, e não espera acontecer...
Autor: Jéssica da Cruz Seno


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