A Quebra do Cordão Umbilical - Artigo de Anand Rao



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Não sei o motivo de estar escrevendo este artigo, talvez a solidão, talvez por ser poeta e músico numa família onde um tio e um pai, mortos, tinham afinidade com a poesia e a música e os outros tem outros tipos de afinidades. Não sei, só sei que chegou a hora de viver meus conceitos, respeitar os dos outros, mas, chegou a hora de romper o cordão umbilical.

 

Primeiro, solidão para músico e poeta é praga (virtude) certa. O processo de composição de um poema ou música é absolutamente solitário. Geralmente, a socidade com seus conceitos, suas regras, não entende as esquisitices dos que militam na arte e cultura, e é assim, e foi assim e será assim, ponto final. Enfim... A solidão é absolutamente presente nesta área portanto, não temos mais que considerar isto um problema e sim uma solução.

 

Frequentar ambientes onde as conversas, os conceitos, tudo está distante daquilo que você acredita, isto tem que ser revisto. Por exemplo, sempre numa família há os mais afinados com você, coadunados com seu tipo de pessoa e outros mais distantes. Conviver com estes é melhor, fazer sala aos outros normal, mas, o tempo que tem que ser dispensado a isto é no máximo duas horas. Uma festa que você está distante dela no íntimo não deve preencher mais que duas horas do sua vida. Se o leitor despreendido que está lendo este texto é um destes diferentes, proponho um pacto, duas horas e nestas duas horas tenha uma atividade. Por exemplo, eu venho fotografando, entrevistando, exercendo um ofício de reporter maluco para poder aguentar tais tipos de festas, e tudo bem, descobri meu caminho. Em vez de me tornar um chato e querer a mudança das pessoas, mude você sua atitude e vai ser fácil aguentar estas reuniões.

 

Agora vem um outro fator, que não estou sabendo lidar tão bem, é a sala distante, via fone, que você tem que fazer com os que gostam de você. Parece que estas pessoas que consideram você um maluco, sei lá o que, gostam de estar com você, gostam da sua maluquice, a sua maluquice as preenche. De alguma forma você é o louco que elas não podem ser pois, estão dentro dos padrões sociais e você, como é poeta e músico, pode fazer o que quiser. Em sendo assim, quando você está distante das mesmas, na sua casa, na sua semana de composição poética, deste artigo, sua semana de composição musical, elas sentem tua falta, mesmo que poucas, mas, sentem necessidade de seu olhar e você, de forma nenhuma pode ser descortez. Mas, isto tem que ser trabalhado. Quando você se auto-produz, é o músico, é o poeta, é o agente profissional de seu trabalho, é o faz tudo de sua vida, você não tem tempo para fazer sala, distante, via fone. Não sei se me compreendem, ligar para falar o que não faz parte da sua vida, fazer sala via fone. Não, isto não dá mais. Todos sabem que você está ali para assuntos sérios, que eles podem contar com você em assuntos que não sejam fofoquinhas globais, improdutivas. Podem contar com você para participar de um movimento, um diálogo em pról de novas atividades e não, um diálogo improdutivo que não vai ter resultado nenhum. Isto não estou sabendo trabalhar bem e sinto que tenho magoado a alguns. Mas, descobri, que magoar o outro é menor do que a si, quando você age diferente do que você é, se auto-magoa, aí a chance de loucura, depressão, tristeza profunda é muito maior. Portanto, optei por entristecer os outros, longe de mim magoá-los, mas, próximo de mim, ficar em silêncio e continuar a atividade de agitar pois, o olho do dono é que engorda o gado e eu tenho que correr atrás. Já atingi os 50, sou diabético e me sinto um adolescente, em busca da vida, um universitário que acabou de fazer um vestibular, cheio de sonhos para mudar o mundo, isto move minha música e minha poesia. Tenho tido muito mais afinidades com adolescentes que com velhos, não aguento a velharia e seus conceitos, os respeito, me divirto mas, aquelas falas de mil novencentos e lá vai pedrada é de lascar. Tenho atritos com minhas filhas adolescentes, pois, elas me vêm como pai, quero que me vejam como um louco amigo, doidaço, aí nossa relação vai melhorar. Podem contar comigo nos momentos difíceis, nos que precisar de pulso forte, estarei aqui e serei pai mas, no dia a dia, vamos dançar, cantar, gritar e curtir, é isso que move minha vida.

 

Portanto, amigos, neste natal e ano novo, rendo-me aos fatos, é o natal e ano novo do rompimento do Cordão Umbilical. Não quero magoar e não vou deixar de magoar, mas, uma coisa quero, realizar tudo que norteia meus conceitos, ser feliz, cantar e encantar, poetar, escrever artigos, agora chegou a hora. Este ano que passaou, 2009, foi o mais importante da minha vida, o que mais me ensinou, o mais difícil, e agora é programar 2010 para o sucesso. Continuarei a ligar, claro, sempre ser gentil mas, não dá mais para fazer sala e perder a chance de marcar um teatro. A diabete e etc pode ser um alento de Deus dizendo, viva, e não perca um minuto da sua vida e é isto que estou fazendo e farei de forma mais determinada daqui prá frente.

 

Ao vencedor, as batatas,e à mim, a surpresa, o hiato, o ditongo, o tritongo, de comer uma bela batata frita num dia, aumentar a taxa de açucar no outro, ou comer legumes crú, e abaixar as taxas. Sei tudo que me faz bem e mal, e deixarei que o mal ocupe duas horas do meu dia, as outras vinte e duas, só o bem, o tzão de ser um jornalista que produz relatórios e artigos, como este, apaixonantes e faz assessoria, planta material na mídia, com maestria. Um músico de harmonias diferentes que compõe com letra na hora, musica poemas no palco, na frente de todos. E um poeta, hoje bissexto, que não publica um livro (publiquei 20) há mais de cinco anos mas, vai voltar a publicar, quem sabe em 2010 um livro de bolso, simplérrimo, para ser levado gratuitamente nos shows ou ser vendido por um preço irrisório.

 

Enfim, o tzão é grande por 2010, vamos em frente que atrás vem gente.

 

Feliz Natal e Prospero Ano Novo e vivam seus conceitos pois, eu viverei os meus.

 

Anand Rao

Jornalista, Músico e Poeta

www.anandraobr.com


Autor: Anand Adusumilli


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