Você tem uma boa notícia?



 

Você tem uma boa notícia hoje, não tem? Deixe-me explicar melhor, refiro-me a uma boa notícia não apenas para você, mas sobretudo para toda a sua família, comunidade, bairro, cidade, estado, país onde você vive e até para a comunidade internacional.

Um destes dias pela manhã, eu voltava da padaria e, como de praxe, perguntei ao porteiro do meu prédio se estava tudo bem. Ele me respondeu que sim e complementou: O Senhor sabia que a violência lá onde eu moro diminuiu muito? Respondi que havia lido algo a respeito nos jornais, mas apreciaria se ele me contasse mais detalhes. Ora, estávamos diante de uma boa notícia, não é mesmo? E esta boa notícia foi boa não apenas para ele e sua família, mas para todos os habitantes da Terra.

Dias após, tomei conhecimento que uma moça que dormia na praia do Flamengo, por não ter onde morar, havia sido aprovada em primeiro lugar no colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Essa, também foi uma boa notícia, não apenas para ela como para todas as pessoas do planeta em que vivemos, não é verdade?

Agora eu volto a perguntar: você tem uma boa notícia para nos dar? Seguramente terá, mas talvez tenha que fazer algum esforço para se lembrar. Mas, se ao contrário, eu lhe perguntasse algo do tipo: você soube do acidente de ontem que causou a morte de n pessoas, e dos desabrigados da chuva da semana passada em São Paulo, do vulcão que entrou em erupção nas Filipinas, dos feridos no estádio no jogo do Curitiba versus Fluminense?

É bem provável que você prontamente comente o fato com riqueza de detalhes. Não dá para entender a razão de muita gente conseguir falar das coisas ruins com tanta desenvoltura e não conseguir sequer lembrar-se de uma coisa boa que tenha acontecido no dia anterior. Será que estamos incorporando a maneira de se comportar da mídia, que parece ter satisfação de falar de coisas trágicas e pouco entusiasmo de ressaltar as boas novas?

Não importa muito saber a causa. O que precisamos mesmo é contribuir mais para a ocorrência e propagação de notícias que nos motive a buscar entusiasticamente a felicidade. E isso pode ser obtido à medida que buscamos comentar algo que nos dê orgulho, satisfação e que eleve a nossa auto-estima. Se deixarmos de dar tanta atenção ao mal e nos concentrarmos mais no bem, pode ser que os jornais, rádios, televisão, internet e demais canais de comunicação passem a se comportar diferente e, quem sabe, poderemos construir um mundo melhor para viver e deixar aos filhos e netos.

Não estou aqui defendendo o falar por falar, a demagogia ou a fala descompromissada. Sugiro apenas reprogramar as nossas mentes para filtrar o que vemos e ouvimos, enfocando o que verdadeiramente contribui para uma vida melhor. Afinal de contas, somos fruto de nossos pensamentos, decisões e ações.

Além do mais, no mundo atual, somos a própria mídia. Qualquer um pode usar todos os meios eletrônicos de comunicação disponíveis  e não são poucos  para divulgar as boas notícias. Tudo depende de querermos agir, não é verdade?

Evaldo Costa

Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil

Escritor, consultor, conferencista e professor.

Autor dos livros: Alavancando resultados através da gestão da qualidade, Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia e co-autor do livro Gigantes das Vendas

Site: www.evaldocosta.com

Blog: http://evaldocosta.blogspot.com

E-mail: [email protected] 

 


Autor: Evaldo Costa


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