ADUBAÇÃO VERDE ? CROTALÁRIA, UMA TÉCNICA EFICIENTE



A intensidade com que os solos vêm sendo utilizados com práticas agrícolas inadequadas e a predominância de preparo superficial excessivo, modificam e até destroem as características originais da terra. Uma das soluções viáveis para recuperação de solos é o uso de plantas de cobertura, denominado de adubação verde, com maior ênfase para as leguminosas que, além de serem eficientes nesse aspecto, em simbiose com as bactérias fixadoras de nitrogênio do ar, enriquecem o solo com esse nutriente. A adubação verde é uma prática conhecida desde a antiguidade, podendo ser definida como a incorporação ao solo de material vegetal não decomposto, produzido ou não no local. Desta operação, resultam alterações desejáveis no solo, em seus atributos químicos, físicos e biológicos. Destaca-se a adição de nitrogênio ao solo, manutenção da matéria orgânica, reciclagem de nutrientes, cobertura do terreno, diminuição da erosão e, em alguns casos, controle de nematóides e redução de problemas da compactação do solo, levando a cultura subsequente a se beneficiar destas mudanças, refletindo normalmente em maiores produtividades. Dentre os adubos verdes, destaca-se a CROTALÁRIA, leguminosa de origem africana e/ou indiana, uma cultura muito utilizada na adubação verde, por ser uma planta pouco exigente em água, com grande potencial de fixação biológica de nitrogênio e produção de massa verde, fácil incorporação ao solo e decomposição, crescimento rápido suficiente para vencer a competição com as ervas daninhas, mas não é invasora da cultura seguinte. Com o desenvolvimento da adubação verde, podemos constatar que não se faz necessário somente a utilização de componentes químicos para obter resultados na safra e, aliás, o uso de adubos químicos apenas aduba a planta em si, e o solo permanece carente, situação contrária na utilização da adubação verde.
Autor: Junior Miranda Scheuer


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