Um país que tenta reverter o atraso Bush



Após 8 anos do governo republicano de George W. Bush, considerado um dos piores de toda a sua História, os Estados Unidos depositaram a confiança em Barack Obama para devolver ao país aquela antiga hegemonia reinante até o fim do governo democrata de Bill Clinton.

Bush cometeu inúmeros erros em seu longo mandato. O principal sem dúvida foi a Política Internacional adotada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. George W. Bush quis vestir a camisa de ultra protetor dos EUA, custasse o que custar. Com isso gastou bilhões em instrumentos bélicos, tropas e o que ele chamava de "Defesa".

Após os ataques, a insegurança no Globo aumentou. Quase todo o Oriente Médio se tornou inimigo-mortal-terrorista dos EUA. O país perdeu muitos jovens no exército, agoniando famílias estadunidenses e crescendo a desaprovação pelo governo sanguinário e aparentemente "seguro".

Fora isso, o tão grandioso liberalismo comercial norte-americano foi abalado. A situação fiscal do país deu início a um regresso no PIB. O déficit comercial inflou e a bolha imobiliária explodiu em 2008, dando início a uma crise econômica que atingiria o mundo todo. Sobrou então para Barack Obama arrumar o que o antecessor Bush deixou de legado para o povo tão nacionalista e patriota: mal gastos com conflitos no Oriente, diplomacia abalada, a perda da liderança na agenda econômica liberal para nações da Ásia e uma grande recessão econômica. A ressalva vai para o aumento da rigidez na fronteira com o México, elogiada muito pelos estadunidenses.

Em abril do ano passado, quando o governo Obama completou 100 dias, o New York Times publicou uma pesquisa na qual o atual presidente contava com a aprovação de 68% da população norte-americana. Várias atitudes chamaram a atenção da opinião pública logo de primeiro como o início do fechamento da prisão de Guantánamo, base dos EUA em Cuba. Barack Obama também cumpriu a promessa de diminuir o número de soldados no Iraque, todavia, para desagrado de muitos, aumentos as tropas no Afeganistão.

Já no final do ano, a popularidade do presidente foi a mais baixa: 46%. Isso mesmo com a economia se recuperando da crise 2008-2009. Segundo os especialistas, o ponto fraco de Obama continua sendo a economia. No início do mandato, quando beirava os 70% de aprovação, o presidente animou a população anunciando que um novo plano de estímulo à economia conseguiria tirar o país da recessão, entretanto essas promessas pareceram ser mais difíceis de cumprir do que ele imaginava.

Com tanta ajuda aos bancos, agora o governo já estuda atitudes para recuperar o dinheiro público gasto para o socorro das instituições financeiras e das indústrias automobilísticas. Uma delas é taxar os bancos para poder reduzir o déficit orçamentário. Uma dessas taxas estudadas seria imposta sobre os lucros dos bancos. Entretanto, alguns bancos ainda estão engatinhando e não se recuperaram totalmente da crise. Uma alternativa é repassar as tarifas diretamente aos investidores e aos clientes. Contudo, os bancos públicos norte-americanos já vão ter que lutar para ficar fora dessas novas medidas de 2010 do governo. Uma coisa é certa: não será fácil para Obama recuperar sua popularidade em meio a tantos impasses e provar que ele realmente é o governante certo que salvará os EUA do buraco Bush.


Autor: Heraldo Soares


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