Morrendo e aprendendo



Sempre precisei do caos e da desordem. Preciso sentir-me desafiada pela vida só para poder prová-la que não sou uma presa fácil, que não me entrego sem lutar e com isso acabo sempre ganhando, nem que seja experiência. Tudo que vivi -e vivo- foi -e é- com profundidade!Provando o improvável, entendi que as feridas e dores são apenas conseqüências das minhas escolhas. Foi assim que percebi que mesmo onde não há fumaça pode haver fogo e que precisamos encontrar a felicidade mesmo impedidos de voar.Coroada por espinhos escorre sobre mim sangue... pelo rosto, pelo peito, pelo ventre. Morro! E a vida que se foi trouxe de volta uma vida que estava se perdendo.A visão que outrora se encontrava envolta por um véu, agora vê nitidamente. O que parecia ser belo de repente perde o halo encantado e transforma em cinzas as flores que existiram; destas sobraram apenas os espinhos, dos quais foi feita a coroa que agora rasga minha pele e me tira o sangue. Dor da perda, dor da culpa... dane-se a dor, antes que me dane mais! Sigo disfarçando-a com intempestividades e supero-a vomitando as palavras que me queimam a alma.Abraço meu caminho de doces deletérios sem renunciar a mim. E se calei foi de desgosto, se ignorei foi por receio, se matei foi em legítima defesa e se sucumbi foi para recuperar as forças... até por que quando se aprende a morrer, aprende-se também como viver e entende-se que o poeta pode até penar, mas "a poesia prevalece". Sempre!!!


Autor: Andréia Ponciano De Moraes


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