O amargo das maiores lições.



O amargo das maiores lições.
Há um certo provérbio que diz: aprender com os próprios erros é inteligência, aprender com os erros alheios é sabedoria. 
Se partirmos de tal premissa, poderíamos dizer, então, que o homem, em sua grande marioria, não é um animal inteligente, tampouco sábio, pois consegue repetir os mesmos e próprios erros, sem nada aprender com eles, quiçá com os erros alheios.
Atualmente, o que vivemos é uma crise gerada pelo desatino de uma ganância sem precedentes, que levou setores da economia mundial a um momento delicado, um tanto quanto semelhante à crise de 1929. Ou seja, a lição deveria estar na ponta da língua, mas o bom senso não triunfou nessa área.
Parece ter ocorrido um esquecimento quanto à interdependência de todos os setores econômicos. A lição amarga do passado, representada por uma tremenda depressão, causadora de muita miséria e sofrimento mundo afora, parecem não ter ficado gravada na memória coletiva. Assim, temos que, o egoísmo dilatou perigosamente a ganância de alguns, o suficiente para relegar ao esquecimento a lição pretérita.
É estranho que alguns setores fortemente envolvidos na economia mundial, sintam-se imunes às tempestades financeiras que causam. Mas ocorre que, se o barco afundar, tripulantes e passageiros terão o mesmo destino.
Incompreensível, que alguém possa acreditar em algum sentido para o acúmulo exacerbado de capital em detrimento do restante.
Mas o processo parece semelhante àquele que reduz as condições de vida na Terra. Cada um acredita  não sabemos como  que se safará do desastre, esquecido de que navega no mesmo planeta.
Não é difícil imaginar que, numa quebra geral do sistema econômico mundial, nenhum setor estará ileso. Que aquele que perpetra a cilada construindo o caos, estará automaticamente inserido na participação dos resultados. Diante disso, o termo burrice é um elogio.
Hoje é exigida a existência de novas moedas: solidariedade; criatividade; sinergia; consciência ativa e, acima de tudo, trabalho, entre tantas outras de mesmo sentido.
Os pessimistas devem estar felizes, pois estão de pratos cheios do mais variado cardápio. Mas não devem esquecer que, querendo ou não, estão sujeitos  sem possibilidade de isenção  ao destino comum da humanidade.
 Existe uma lição amarga em construção, para o surgimento de uma nova consciência global, a respeito do real significado da economia e sua verdadeira finalidade.
É saudável acreditar que o mundo será muito melhor depois disso, mesmo porque, se assim não for, nada haverá.
Autor: Joaquim Saturnino Da Silva


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