UMA HIPÓTESE SOBRE O QUE TEM APARECIDO PERTO DO SOL



UMA HIPÓTESE SOBRE O QUE TEM APARECIDO PERTO DO SOL

Uma plausível ou possível teoria para explicar o estranho corpo celeste avistado próximo do sol pelos telescópios SOHO e Lasco-C3

Nos últimos anos tem aparecido sistematicamente, embora com inexplicáveis "intervalos", um estranho corpo celeste nos arredores do nosso sol, como que a encorajar crenças e mitos sobre a chegada de uma "estrela-da-morte", um bólide apocalíptico, o esperado Planeta-X ou o temido "Nibiru", nome sumério dado a outro "Planeta-X", pelo famoso pesquisador Zecharia Sitchin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Zecharia_Sitchin). Para que o leitor acompanhe melhor e que vamos colocar aqui, peço que clique antes no link http://www.youtube.com/watch?v=qth_ijCzoLY e links http://soho.esac.esa.int/data/LATEST/current_c3.gif e http://sohowww.nascom.nasa.gov/data/realtime/gif/>.

Até o momento em que escrevíamos essas linhas e salvo engano, nenhum astrônomo se manifestou especificamente sobre o bólide em questão (doravante assim chamado), e os poucos que atentaram nele ainda não divulgaram conclusões exatas sobre sua natureza, sua origem e até sobre sua massa e tamanho. Porém sua característica principal (motivo de redigirmos este artigo) e que constitui a hipótese que expomos aqui, é a sua manifestação intermitente, ou feita com intervalos de extrema clareza e obscuridade, chegando mesmo por vezes e por tempos a "desaparecer" por completo das lentes de alta tecnologia que monitoram o sol.

Três hipóteses comuns foram elencadas para explicar o aparecimento do bólide, sendo a primeira aquela que o tem na conta de um grande asteróide ou cometa distante e desconhecido, certamente já aprisionado pela força gravitacional do sol e prestes a mergulhar no caldeirão ígneo que o engolirá para sempre. A segunda hipótese seria a de que se trata mesmo de Nibiru ou de um grande planeta errante que estaria vindo em direção ao nosso Sistema Solar, ao qual os astrônomos chamariam de "X" e não acreditam constituir nenhum perigo, devido estar se aproximando do sol e este servir de "escudo" para inúmeros corpos celestes perigosos que poderiam atingir a Terra. A terceira hipótese, que não vemos maiores razões para comentar aqui, atribui a aparição a erros de interpretação do ponto luminoso que tem aparecido nos telescópios ou a disfunções dos próprios sistemas óticos que servem às máquinas que vasculham o sol, que é o corpo celeste mais propenso a causar diplopias e outras anomalias visuais em equipamentos eletrônicos. A quarta hipótese cabe em parte à ciência e à imaginação, pois seu desafio intrínseco ainda não foi até hoje provado e nem poderá sê-lo, cremos, no atual estágio científico-tecnológico. É o seguinte.

A Ciência já provou a existência de buracos-negros, embora ainda não saiba TUDO sobre eles, tal como ainda não sabe tudo sobre o cérebro humano. Sabe, outrossim, que o tamanho e a massa de buracos-negros variam muito, podendo ir de "pequenos" (do tamanho de micro-estrelas, menores que o nosso sol) a gigantescos, ou do tamanho de galáxias inteiras. A hipótese aqui tratada defende que o estranho bólide é um micro-buraco-negro, talvez menor que uma micro-estrela, ou produzido por uma "anã-marrom", enegrecida pela sua descomunal massa, "comprimida a menos-infinito", por assim dizer. É também um corpo não apenas rápido como os cometas, mas com velocidade acelerada pela última passagem por nosso sol (ou por outro, que teria servido como um estilingue cósmico) e absolutamente voraz para com tudo o que lhe cerca. Vale lembrar que buracos-negros podem funcionar, não raramente, como estilingues, quando a tangencialidade da órbita do bólide passa à distância segura dele, mas não tão longe (o que significa que o estranho objeto pode ter passado por outro buraco-negro em sua trajetória atual). Pois bem.

Na hipótese, sendo um buraco-negro minúsculo, ultracomprimido e ultraveloz, com a voracidade de um gigantesco tubarão, poderia provavelmente explicar a estranha intermitência com que se deixa observar, se em seu percurso estivesse "engolindo" outros mini-buracos-negros ou fragmentos de matéria-escura igualmente densas e espalhadas em áreas próximas e nunca antes detectadas. O sistema operaria, por um lado, gerando explosão e luz (sempre que estivesse "engolindo" objetos de muita ou pouca luz, luminosos ou iluminados) e, por outro lado, gerando implosão e negritude sempre que engolisse objetos sem luz (como matéria-escura ou outros micro-buracos-negros). Eis a explicação em resumo, e a grosso modo, evitando linguajar técnico.

O único argumento contrário que tivemos oportunidade de ouvir pode ser refutado. I.e.: a hipótese da intermitência não poderia ser explicada pela voragem de objetos escuros e luminosos, segundo opinião contrária, porque o acompanhamento sistemático da trajetória pelo SOHO e pelo Lasco-C3 nunca detectaram qualquer esmaecimento da luminosidade do bólide, como se sua luz não viesse de explosões, e sim, dele mesmo, como ocorre com todos os sóis em plena vida útil. Todavia, como frisamos, esta refutação não tem muita força. Senão vejamos.

O nosso próprio sol (e todos os sóis, a rigor) mantêm toda a sua luz intensa e constante, graças a explosões gigantescas em sua superfície. Isto é ponto pacífico entre os astrônomos, sobretudo entre os Heliólogos. E se não for, o próprio sol (e todas as estrelas) é, de per si, uma gigantesca explosão com efeito retardado, ou cujas "pulsações" são tão lentas que só as próprias estrelas poderiam testemunhá-las, ou cujo esmaecimento demora tanto que varre incontáveis eras cósmicas a brilhar, até que finalmente esgote todo o seu combustível nuclear.

Ora; sendo assim, então a hipótese deste artigo não é refutada. Pelo contrário: um objeto tão estranho quanto o bólide em questão, pode justamente ser algo novo (a Astronomia descobre, quase todo dia, coisas inéditas, estranhas e surpreendentes no cosmos), algo do tipo cuja "pulsação" seria tão rápida que só é interrompida justamente quando engole um objeto escuro, desaparecendo dos instrumentos óticos que o vasculham e reaparecendo apenas quando se completasse todo o processo de implosão dos objetos escuros. Eis a explicação... (Se e somente SE as observações estiverem corretas, i.e, sem nenhum erro nos instrumentos, ressaltamos).

Ela responde tudo? Não, por óbvio do óbvio. Como dissemos, estamos ainda num estágio tecnológico muito distante de termos respostas definitivas, se é que isto existe! E não teríamos uma pretensão que nem os melhores astrônomos tiveram. Pelo contrário. A Astronomia se firmou como Ciência (vencendo a sua co-irmã lunática e mais velha, chamada Astrologia) justamente por não fazer afirmações taxativas sobre o cosmos, mantendo deste os seus inesgotáveis e fascinantes atributos, a saber, a mãe-natureza e o pai-mistério, os quais nem em seu mais arrebatador idílio chegaram alguma vez a tirar, por completo, as suas respectivas máscaras.

Prof. João Valente de Miranda

([email protected])


Autor: João Valente


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