A crise do capitalismo e globalização



  As relações capitalistas de produção que surgiu de um processo bastante longo desde a transição do sistema feudal até de fato chegar à hegemonia do capitalismo. Na verdade o objetivo real do sistema capitalista de produção foi realmente conseguir auges e dessa forma expandir pelo mundo, quando as cidades começaram a crescer e daí então existir a necessidade de produzir alimentos e produtos em geral cada vez mais em grandes quantidades para abastecer os mercados, porém o capitalismo foi abrangendo cada vez mais as nações que de certa forma abriam brechas para a sua entrada, principalmente os países europeus e americanos que são os divulgadores do capitalismo no mundo.         Com a mundialização do capital de produção o capitalismo foi conquistando cada vez mais outros mercados de novos países. Assim, a indústria uma das ferramentas para o capitalismo, pois é através dela que consegue a produção industrializada com muito excedente destinado à exportação. Sobre estes pressupostos e paradigmas do sistema capitalista e de produção cresceu a divisão do trabalho com a larga implementação de indústrias no setor de produção para fins de exportação e aquisição do capital que de certa forma servirá para fortalecer a economia local ou não, pois muitas vezes as indústrias são instaladas em um país e capital produzido no país de origem e não onde o capital está sendo produzido. Assim sobrevive-se da exploração dos operários que recebem salários baixos e uma carga horária muito alta. Como um bom exemplo; o Brasil que em 1950 com processo fortíssimo de industrialização havia uma exploração ferrenha, onde os operários não contava com nenhuma lei trabalhista que os defendessem da caótica situação queviviam, para se ter uma idéis eles trabalhavam 12 horas por dia, eram homens, mulheres e crianças. Tudo isso por conta do sistema capitalista cruel que imperava em nosso país. Então, se por um lado o capitalismo trouxe desenvolvimento por outro trouxe exploração, pois favoreceu o crescimento e enriquecimento da burguesia capitalista e ao mesmo tempo reproduzia as desigualdades sociais e inquietação na classe dos exploradores e dominados, por o povo sem nenhuma dúvida eram submissos ao capitalismo de produção.

Quando se fala em crise do capitalismo para muitos autores, estudiosos como Runtington, Ariosvaldo dentre outros o capitalismo continua firme e que a sua crise, na verdade, não é uma crise, pois quando acha-se que está em crise ele consegue levantar e

muito forte.

Portanto é difícil dizer que o capitalismo está em declínio, pois ele está sempre reerguido, porém a crise existe de fato para os operários que convivem no capitalismo, mas não usufruem do mesmo, porque são apenas explorados, vende barato a sua mão de obra e acabam não suprindo as necessidades básicas, como por exemplo: alimentação, saúde, vestuário e educação. Dessa forma o capitalismo reproduz a mais valia e se apropria dela, excluindo uma parte da sociedade que vive a margem do sistema capitalista, sendo duramente explorados sem direito às condições básicas de sobrevivência.

A crise do capitalismo não é observada em nenhum país desenvolvido como os países da Europa, EUA, Japão dentre outros com menores destaques, porém nos países tidos como países de terceiro mundo, concerteza sofrerá a crise com a queda das bolsas de valores e, sobretudo, por não conseguir competirem com as grandes economias mundiais, pois as potências mundiais são os dominadores e acabam falindo as pequenas economias, principalmente na exportação de produtos com mais qualidades e com custos para o consumidor mais baixos, descontando assim os nacionais.

Para sustentar o capitalismo das grandes potências mundiais, sobretudo, para não sofrer crises no capitalismo, eles tentam de todas as maneiras a implementação da globalização no mundo. Dessa forma, as economias dos países pobres serãoos alvos para receber as crises do sistema capitalistas, pois são os primeiros a perceberem e sentir as quedas na economia. Nesse domínio os Estados Unidos procura impor a globalizaçãodo mundo, porém cria uma série de restrições para a importação, dificultando os países pobres a exportar seus produtos que na grande maioria são agrícolas, baratos, enquanto ele consegue exportar para quase todos os países produtos industrializados mais caros e muitosvezes com a matéria prima do país para o qual exporta determinado produto.

Porém as nações atualmente estão mais organizadas politicamente e geograficamente não suportando todas as restrições dos EUA e procurando de certa forma a conquistar seus próprios mercados. Segundo Vicentino os Estados Unidos vem perdendo território desde o final da segunda guerra mundial e que com a criação da União Européia unificando uma única moeda os EUA de fora o seu declínio tem sido cada vez maior e que o mesmo terá que se aliar aos países da Europa se querer continuar crescendo.

A globalização da economia- mundo, sendo importante quando se refere a globalização da informação e do conhecimento técnico-cientifíco, por outra vertente tem prejudicado os países pobres tratando da globalização da economia em geral. A partir desses pressupostos é que muitas economias do mundo sofremo efeito das crises do sistemacapitalista e de produção, como por exemplo a queda nas bolsas de valores e aumento dos números risco do país dentre outras conseqüências geradas internamente nesses países. Dessa forma pode se dizer que a globalização da economia  mundo sepor uma lado favoreceu o crescimento, por outro lado o dos dominados ficou com a economia estagnada ou melhor dizendo não conseguiu crescer a pesar de abrir as portas do mercado para os países desenvolvidos como EUA, Japão e os países da União Européia. Tudoisso causado pela forte concorrência de produtos importados dos países ricos, como eles podem desenvolverem produtos mais baratos e com maior qualidade dos nacionais, as empresas nacionais saem perdendo para os importadores dos grandes mercados internacionais. Dessa maneira os países pobres vam- se enterrando numa crise do capitalismo se tornando numa bola de neve.

Mesmo se enfrentando restrições impostas por países ricos, principalmente dos Estados Unidos e União Européia, alguns países do chamado terceiro mundo conseguem obter crescimento econômico, porém nunca chega às metas previstas pelos governos e mais uma vez inicia uma luta para vencer a crise e reerguer a economia. Assim os governos investem em publicidade para atraíres empresas multinacionais e funcionam evidentemente, mais grande parte do capital produzido é investido nos países de origem das empresas ou em outros países abrindo filiais ou mesmo importando mão de obra especializada dos países de origem, enquanto que os cargos de menores qualificação profissional são ocupados por pessoas do país onde determinada empresa foi instalada, um exemplo foi o que o governo brasileiro Fernando Henrique Cardoso de Mello fez quando assumiu a presidência da República, vendeu grandes empresas que eram administradas e mantidas pelo Estado, a grupos estrangeiros, empresas como as de eletricidade e comunicação que produzia muito lucro ao Estado e que garantia o emprego de muitos brasileiros, porém atualmente os grandes cargos dessas empresas estão sendo assumidos por especialistas vindos dos países de origem dos compradores das mesmas.

Assim o lucro produzido não é aplicado todo no Brasil, mas sim, investido fora do país, servindo para fortalecer as economias de outros países que nos explora. Então muitas vezes a política implementada pelos governos dos países pobres não os favorecem, mas a outros que usufruirão dos mesmos para cresce suas economias.

Dessa forma, "as relações, os processos e as estruturas de apropriação econômica são sempre também de dominação política"(Otávio Ianni. A sociedade global. 1992. p 138), sobre estes paradigmas da economia  mundo os governos dos países pobres muitas vezes se sedem tanto que prejudicam o próprio desenvolvimento, enquanto outros se fecham chegando ao ponto de ser ocupado por nações poderosas que possuem interesses no território dos, estes, são para benefício e domínio dos mesmos e não para favorecer a economia local, como exemplo; a ocupação dos Estados Unidos no Iraque, pois altamente produtor de petróleo, porém com uma população pobre. Então o grande interesse dos EUA, sem dúvida, é conseguir o petróleo já que ele é um país que apesar de ser um grande produtor também é o maior consumidor, chega aconsumir 94% do que produz. Com o pequeno excedente corre um grande risco de sofrer com a falta de produto, daí essa pode ser um dos motivos da ocupação no Iraque, porém eles alegam outros motivos como o de tornar o Iraque num país democrático e numa república.

Caso houvesse a falta do petróleo nos Estados Unidos seria uma forte crise, pois o mesmo seria preciso importar produto e ficaria dependendo de outros países onde produz Como não querem isso, é melhor usar estratégias para conquistar territórios que possuem o que querem encontrá-lo .

Segundo Huntington estudos demonstram que este mundo globalizado já não mais admite que exista uma única potência a dominar o mundo. Os Estados Unidos vem perdendo o poder desde o final daSegunda Guerra mundial e separado da União Européia será difícil de continuar dominando. Dessa forma a crise do capitalismo pode chegar aos países ricos também, se não já chegou. No mundo com economia globalizada os pequenos são devorados por não conseguir competir com igualdade com os fortes capitalistas. A partir da globalização da informação o mundo ficou pequeno e cada vez mais o cenário da economia  mundo muda e a realidade de cada nação se depara com as mudanças de domínio econômico, político e poder.

Bibliografia

 IANNI, Otávio. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1992.

CHESNAIS, François. A mundialização do capital. Ed. Xama, 1996. (Tradução de Silvana Jinzi Foá).

Oliveira, Ariosvaldo; Modo capitalista de produção e Agricultura. Editora Ática, São Paulo,

1986.

VESENTINI, José Willian. Novas geopolíticas. São Paulo; contexto, 2004.


Autor: Lucineia Soares Freire


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