Qualidade no agronegócio



A avaliação da conformidade é método de confrontação dos requisitos estabelecidos por uma norma, regulamento técnico ou outro documento de referência com o atendimento de um produto, serviço ou mesmo pessoas. A Avaliação da conformidade pode ser realizada por diversas formas. A mais conhecida é a certificação que é realizada por organismo acreditado, em que auditores externos realizam a avaliação, para verificação de atendimento dos requisitos descritos no documento de referência.

No setor agropecuário a certificação é importante, pois transmite informações, não visualizáveis no momento da compra, sobre a segurança e a qualidade do alimento ao consumidor.

A certificação voluntária cresceu devido a alguns fatores, como falta de confiança por parte da sociedade nas marcas provadas, na fiscalização e na inclusão de novos requisitos, exigindo, então, novas formas de garantia da qualidade de alimentos; razões e estratégia empresarial e também à pressão do mercado internacional. O resultado disso é uma melhor organização de empresas preocupadas com a aceitação de seu produto, objetivando uma melhor credibilidade e confiabilidade na sua marca.

Atualmente, as diversas crises alimentares trouxeram conseqüências sérias para o setor. Dentre tantos efeitos, o mais complexo é a perda de confiança do consumidor nos produtos agropecuários, abrindo espaço para especuladores que manipulam as informações e questiona a qualidade nutricional dos produtos Brasileiros. Muitas vezes induzido a população a diminuir o consumo ou mesmo suprir a ingestão de produtos de origem animal, por exemplo.

Ainda neste aspecto, há a preocupação do consumidor ao Bem Estar Animal (BEA). De fato, muito o Brasil tem que avançar na sistematização de processos reconhecidos para este fim e, melhorar suas atividades para atender aos requisitos mínimos de BEA. Mas uma grande parcela de produtores busca o BEA nas suas propriedades, pois o estresse é, também, fator de perda de produtividade, tanto em gado de leite quanto de corte.

Do mesmo modo, há a preocupação do consumidor em relação a aspectos ambientais, sendo o bovino um grande emissor de metano, como exemplo. No entanto, às vezes, informações como estas, são utilizadas para denegrir o produto carne e leite, colocando o bovino como grande vilão de desmatamentos e causador de efeito estufa. Fatores como este podem induzir negativamente o setor da bovinocultura, ao consumo de carne e leite, desencadeando perdas tanto para o setor produtivo quanto para a população, pela deficiência de nutrientes decorrentes da carência de ingestão de proteína animal.

Ainda no que tange ao fator ambiental, o tratamento de dejetos deve ser realizado de forma adequada, assim como descarte de carcaças, de resíduos veterinários e frascos de medicamentos e resíduos sólidos das propriedades. Do mesmo modo, atenção especial deve ser dada ao tratamento de leite contaminado e otimização de recursos hídricos. A preconização de atendimento a legislação ambiental é mandatória.


Autor: Roberta Züge


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