Desabafo de mãe



Jamais tive a pretenção de ser a melhor mãe do mundo, ou de que meus filhos fossem os mais educados e perfeitos seres humanos habitantes desse nosso planeta maluco.

Não.

Desculpem a decepção. Nunca pensei que isso fosse possível.

Sou mãe... apenas mãe... mãe de três...

Mãe que desde sempre cultivou o desejo de ser mãe!! Então pode-se dizer que sou realizada, plenamente, completamente, com todos os adjetivos pertinentes a essa palavra tão pequena, mas tão intensa, repetida inúmeras vezes, pelos motivos mais banais até os mais importantes e decisivos.

Mãe! Palavra pequena, amor incondicional, intenso, pleno e absoluto.

Do meu ventre abençoado, Deus permitiu semear 3 sementinhas... cada uma única, com suas particularidades e independentes entre si.

Não sou uma mãe perfeita, estou muito longe dessa definição. Mas sou uma mãe que sofre, que chora, que comemora, que ri, que briga, que insiste, que desiste, que se orgulha, que se decepciona, que ama.

Mãe que não tem hora pra dormir, mas sabe que vai acordar a qualquer momento, seja por uma dor ou febre, pesadelo ou apenas para ganhar um beijo, no meio da madrugada com a frase: mãe, te amo!

Mãe que chora de orgulho quando o filho se apresenta na festa da escola, mesmo que tenha esquecido a coreografia ou o texto. Mas que tem o coração invadido por um sentimento imenso de felicidade.

Mãe que encoraja, mas não menospreza os medos. Define-os como parte integrante do processo de aprendizado da vida. Mãe que segura na mão, mas que deixa escapar pelos dedos à medida que o tempo permite e insiste.

Mãe que ensina valores, mas não condena os erros. Recrimina e orienta, indica o caminho e que sempre estende a mão. Mãe que não dá tudo de graça, mas ensina a conquistar os objetivos.

Mãe que oferece apoio, mas que não apoia a injustiça. Mãe que compreende que por mais dor que possa sentir, muitas vezes é necessário que o filho caia sozinho, permite que ele viva a sua vida, seus medos, suas frustrações, e observa ao longe, sempre pronta e disposta a acolhe-lo.

Mãe que briga, que bate, que grita, que perde a paciência, tudo ao seu momento, e as vezes tudo ao mesmo tempo, sem motivo algum, mas que faz tudo por amor, nem sempre compreendido...

Mãe que é chata, que pega no pé, que controla, que regula, que não entende, que reclama o tempo todo, que só diz besteira, que não escuta argumentos, que pensa ser dona da razão.

Mãe que acompanhou teus passos, desde muito antes deles acontecerem. Mãe que te carregou no ventre, que te alimentou com seu próprio corpo. Que te fez crescer da sementinha e te deu à luz, que sofreu as dores e temores do momento de te entregar a esse mundo bandido que te consumiria. Mãe que te segurou no colo, que te apresentou à vida, que esteve presente desde as primeiras palavras até as maiores conquistas. Mãe que sobrevieu às tuas rebeldias e indecisões, e que sofreu a cada fase nova, que foi julgada tantas vezes, mas que desde o início proclamou não ser a mãe perfeita.

Mãe imperfeita, que cumpre sua missão da maneira mais digna e possível, com limitações e dificuldades.

Mãe que te ama, incondicionalmente, unicamente, eternamente.


Autor: Cristina Ukan


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