Indagações de uma Mente Inquieta



Buscando a origem das palavras me surpreendi. Religião advém do latim "religare", que como já de vista significa religar, ou seja, a religião veio para religar o homem a Deus. O elo que se havia perdido, buscou-se reatar com a religião enfim, substituindo o lugar cativo do verdadeiro elo. No mundo hoje existe milhares de religiões e crenças, qual é a verdadeira, me apego naquela lenda que diz que o sábio Buda desabafou ter buscado a verdade e morrera sem tê-la encontrado. O que se vê hoje são caminhos promíscuos, que visa prevalecer interesses político-religiosos, ratificar a dominação através da religião, que possui muito mais poder de persuasão do que discursos de autoridades, pois evoca valores arraigados no âmago do ser humano, traz a tona questionamentos que não encontram respostas concretas. Nesse apegar de irrealidades que visam explicar a dura e fria realidade, o homem se vê preso em sua liberdade de escolha, é livre para escolher entre isso ou aquilo, ora, liberdade é poder escolher não taxativamente algo, mas de livre arbítrio, poder optar, escolher o certo e o errado ou ficar com o meio termo. Não ter uma certeza na vida é pior do que ser alienado, a não ser que você queira ser um filósofo e questionar dogmas. A maior arma que o ser humano possui é a sua mente, pois quando ele descobre que ela funciona quando bem exercitada, a genialidade e o desastre ficam por um fio, uma tênue fronteira chamada arbítrio as separam, enfim como disse Thomaz Hobbes: "O homem é o lobo do próprio homem". Ali ele estava se referindo ao "homo sapiens" aquele que descobre o significado de sapiens, que usa seu poder mental e através dele pode levar multidões a fazer seus meros caprichos. Na idade média, grandes intelectuais arriscavam sua vida para tentar abrir os olhos de uma multidão alienada, embora estivessem com a verdade muitas vezes tinham que negar suas convicções com esperança de que se permanecessem vivos poderiam profanar e inflamar corações com suas descobertas. O que os frustravam muitas vezes, hoje, ao estudar estes filósofos vejo que a verdade esta sempre a nossa frente, como uma pepita de ouro, as vezes ela deve ser lapidada, tirando, preconceitos, fanatismos, sujeições, ideologias, enfim o trabalho de descobrir o valor, é nosso.
Autor: Kahio Fernando Garcia


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