A Nutrição do Ódio.



Nunca me disfarço quando penso,

       Uma atroz moeda ordinária de destruição

(o pensamento)        

       A nutrir no bojo da mediocridade

       Tudo o que há em mim, um caminho pedregoso.

       Nada disfarça a vida como o olhar,

       Olhar desfeitor das virtudes de amar.

(o ódio)                                        

       Tudo que eu peço àquele que reside

       Na caverna profunda, profunda...

                                               (referente a mim).

       É que acautele-se por si e por nós

                                                      (eu e o corpo)

       Porque, a caverna é funda e escura

       Mas o ódio ilumina a escuridão

       Procurando qual galgo farejador

       A sua presa a razão, a destemida razão.

(Você (dual) e a Sociedade)

 

       Nunca se distancie da cautela

       Oh, homem que aqui habitas...

       Nunca desfaças o bem e a ira do ódio

       Porque com ócio o ódio não vencerá

       E com bramidos não se ganha a luta.

(Você (dual) e a Injustiça)

       Pois sois dentes que se afiam

       São dentes destemidos e estraçalham.

       São mandíbulas fortes que sufocam

       Todo o ser racional e distante

       Do mundo que se apraz do ódio,

       Acautele-se, herói da caverna.

(Você (dual) e seu corpo)

       Pois qual disse um sábio,

       E outros o seguiram sabiamente:

       "O ódio serve para fervilhar o sangue

       E destruir os descalcificados ossos".

(Fazer o quê meu irmão)

 

                                                      Assis  Década de 80.


Autor: Edilson Trigo


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