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UMA INDÚSTRIA QUASE ESQUECIDA

UMA INDÚSTRIA QUASE ESQUECIDA

         O Estado de Mato Grosso é muito rico em uma matéria prima que nem é comprada, nem é vendida porque existem em abundância: a argila. No entanto está por aí, perdida, com um mínimo de aproveitamento. São poucas cidades que trabalham com a matéria. As grandes cerâmicas são poucas para a matéria prima que existem em grande quantidade. As maiores indústrias estão localizadas nos grandes centros do país, nas pequenas estão as olarias com pouco recurso para sobreviver com o tempo. É por isto que os pequenos centros continuam com a importação de telhas e tijolos das grandes cidades. As indústrias pequenas não chegam para cobrir  as necessidades da comunidade.

          Pelo que parece nas cidades do interior é mais fácil colocar as cerâmicas uma vez que existe matéria prima, lenha demais e mão de obra que poderá ser treinada mais facilmente para o serviço. No entanto teria que exportar para os grandes centros urbanos o produto, fato pelo qual muitos desistem de tais compromissos, levando as indústrias para aqueles centros, pois que a quantidade de vendas é bem maior. Quem sai perdendo são as cidades do interior que continuam a importar o produto.

          Muitas pessoas tem vontade de colocar indústrias deste tipo, mas cometem um erro de querer sempre começar lá de cima, isto é, querem montar grandes indústrias e como a verba não dá, não se importam com as pequenas. Isto é um erro, pois até uma árvore para ser grande precisa vir debaixo e aos poucos ir crescendo até chegar ao apogeu.

          Com a implantação das pequenas olarias em todas as cidades, seria menor a importação dos produtos. E não devia ficar apenas com a fabricação de telhas e tijolos, mas estender esta atividade a outras como: vasos, imagens, potes, enfim uma variedade de objetos úteis. Assim estaria sendo valorizada a indústria local, bem como a cultura tomaria um novo aspecto.

          É preciso valorizar as indústrias cerâmicas. Todas as cidades dependem desta arte, pois sem elas não haverá a valorosa residência dos seres humanos: o humilde lar.

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