Novas Tecnologias e a Sociedade do Conhecimento:



1 INTRODUÇÃO

No mundo atual, passa-se por diversas transformações sociais, culturais e até então tecnológicas. Vê-se a necessidade de acompanhar essas evoluções uma vez que as mesmas são de grande importância para o progresso de um indivíduo na sociedade.

As novas tecnologias surgiram para ampliar e integrar o conhecimento de forma rápida, dinâmica e acessível a todos. Pensando nisso foi desenvolvido um estudo focando essas novas tecnologias e o uso do computador nas escolas. Essas tecnologias precisam ser reconhecidas.

A necessidade de explicar o mundo dando-lhe sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio homem, para isso ele tem recorrido quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia.

A teoria do conhecimento nos ajuda a partir do momento em que ela investiga a natureza do conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes. O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos?

O conhecimento constitui-se no encontro da consciência com o objeto. Essa relação pressupõe uma dupla conotação: na medida em que o sujeito apreende o objeto, este é apreendido por aquele. Desta forma, o sujeito sai de sua esfera e adentra na esfera do objeto criando uma imagem do mesmo na sua consciência cognoscente.

O conceito de verdade relaciona-se com a essência do conhecimento. Contudo não basta que o conhecimento seja verdadeiro. É necessário a certeza de sua verdade. Mas como alcançar esta certeza? A questão do conhecimento trata de descobrir qual é a fonte do conhecimento, que pode ser encontrado e repassado através de mecanismos, como o computador. A proposta de utilizar os computadores no processo educativo desde as séries iniciais, iria ampliar o conhecimento dos alunos na escola e revolucionar a educação.

É com base nessas investigações que é pretendido neste estudo, chamar a atenção dos educadores de um modo geral, a enxergarem a carência presente no contexto escolar, a partir do instante em que é rejeitada a inclusão digital na educação.

A missão pretendida aqui é fazer com que o educador torne o computador uma parte do ambiente natural da criança, explorando todas as possibilidades que esta ferramenta lhes oferecer.

 

2 ASPECTOS DA TEORIA DO CONHECIMENTO

O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por isso, o problema do conhecimento foi colocado logo desde o início na filosofia grega. Vejamos o que nos diz John Locke (1992):

"Quando se atenta no mundo que nos rodeia, não pode negar? se que ele aparece como uma inata variedade de fenômenos e de relações em movimento perpétuo".

Embora o conhecimento seja não um estado, mas sim um processo e, como tal, necessariamente relacionado com a atividade prática do homem, conhecer não é só possuir uma representação mental do mundo, é também atuar no mundo a partir da representação que dele temos. Tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor e um objeto, enquanto coisa conhecida.

O fenômeno do conhecimento é, ao mesmo tempo, um dos mais banais e dos mais difíceis de esclarecer. Pode dizer-se que desde que o homem é homem houve acontecimentos, mas só já numa fase adiantada da evolução humana é que se refletiu sobre o próprio ato de conhecer.

De princípio, conhecem-se simplesmente as coisas e julga-se que elas se conhecem tais como são; não se pensa no ato do espírito pelo qual se obtém o conhecimento. Mais tarde, o homem verificou que os sentidos e a própria inteligência erravam e, por isso, começou a desconfiar e a pôr em dúvida o valor do seu conhecimento. Foi esta experiência do erro que obrigou o espírito a voltar-se das coisas para si próprio, a fim de analisar o próprio ato de conhecimento, saber o que ele é, determinar a sua essência, descobrir o seu mecanismo e resolver o problema do seu valor. Esta marcha crítica, quanto ao conhecimento, é obra essencialmente filosófica e só apareceu, quando o espírito humano atingiu um certo desenvolvimento - foi destas reflexões que nasceu a teoria do conhecimento ou gnosiologia, que se designa geralmente por problema crítico.

  A teoria do conhecimento tem precisamente por objeto o estudo da possibilidade do conhecimento, da sua origem, da sua natureza ou essência, do seu valor e limites e, ainda, do problema da verdade. O ato de conhecer é a atividade do espírito pela qual se representa um objeto ou uma realidade. É um ato do espírito e não uma simples reação automática mais ou menos adaptada às circunstâncias; não é propriamente um ato de conhecimento o sentar-se na cadeira, mas sim o saber porque se sento e como se sento. O resultado do ato de conhecer é uma representação e, portanto, conhecer é representar alguma coisa distinta do sujeito que conhece.

Diante disso umas perguntas se formulam: Qual a origem do conhecimento? Será que todo conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados experiência?

Três respostas são possíveis a esta questão: o racionalismo, o empirismo e o empírico - racionalismo ou intelectualismo.

O racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matemáticas, que tem origem na razão. Não quer dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no, consideram-no, porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O conhecimento, assim, entendido, supõe a existência de idéias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.

O empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é a posteriori, isto é, provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, as noções matemáticas seriam cópias mentais estilizadas das figuras e objetos que se apresentam à percepção.

Para os defensores do intelectualismo, as representações são as construções, a posteriori, elaboradas pela razão a partir dos dados experimentais. Assim, o conhecimento tem a sua origem na experiência, mas a sua validade só pode ser garantida pela razão. As noções matemáticas são construções racionais a partir da observação dos objetos e figuras que rodeiam o homem. Decorrem de processos de abstração e regularização relativamente à irregularidade das figuras reais.

O Apriorismo, de Kant vem suprir a insuficiência desses modelos citados, isso porque o racionalismo defende, grosso modo, que todo o nosso conhecimento é derivado da razão humana, que o dado da experiência é dispensável.

O nosso conhecimento provém de duas fontes fundamentais do espírito, das quais a primeira consiste em receber as representações à receptividade de impressões e a segunda é a capacidade de conhecer um objeto mediante estas representações, e espontaneidade dos conceitos.

Pela primeira é nos dado um objeto, pela segunda é pensado em relação com aquela representação, como simples determinação do espírito. Intuição e conceitos constituem, pois, os elementos de todo o conhecimento, de tal modo que nem conceitos sem intuição que de qualquer modo lhe corresponda, nem uma intuição sem conceitos podem dar um conhecimento. Se chamarmos sensibilidade à receptividade do nosso espírito em receber representações na medida em que de algum modo é afetado, o entendimento é, em contrapartida, a capacidade de produzir representações ou a espontaneidade do conhecimento. Sem a sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas. Pelo que é necessário tornar sensíveis os conceitos, isto é, acrescentar-lhes o objeto na intuição como tornar compreensíveis as intuições, isto é, submetê-las aos conceitos.

O termo criticismo é empregado para denominar a filosofia kantiana. Esta se propõe investigar as categorias ou formas a priori do entendimento. Sua meta consiste em chegar a determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento. Esta compreensão pretende fundamentar um pensamento metafísico de caráter não dogmático, uma vez que o dogmatismo foi posto em cheque, no contato com a postura cética. Entre o ceticismo e o dogmatismo, o criticismo kantiano se instaura como a única possibilidade de repensar as questões próprias à metafísica. O criticismo kantiano tinha como objetivo principal a crítica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa crítica, foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas.

ssim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para toda e qualquer reflexão filosófica. Segundo esta posição, a pergunta pelo conhecer deve ter primazia sobre a pergunta acerca do ser, uma vez que, sem aquela, não se pode garantir com segurança sobre que base a questão do ser está a ser afirmada. Levado às suas últimas consequências, o criticismo pode ser encarado como uma atitude que nega a verdade de todo conhecimento que não tenha sido, previamente, submetido a uma crítica de seus fundamentos. Neste sentido, o criticismo aproxima-se do ceticismo, por pretender averiguar o substrato racional de todos os pressupostos da ação e do pensamento humanos. Devemos referir que tal como o dogmatismo, o criticismo acredita na razão humana e confia nela. Mas ao contrario do dogmatismo, o criticismo pede contas à razão.

Em sentido restrito, o criticismo é empregado para denominar uma parte da filosofia kantiana, aquela que diz respeito à questão do conhecimento. Esta propõe-se investigar as categorias ou formas a priori do entendimento. A sua meta consiste em determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento pela necessidade de fazer apelo à experiência sensível para conhecermos.

 

3 O COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO DE ENSINO - APRENDIZAGEM

Quando pensamos em unir computador e educação, surge em nossa mente vários questionamentos: Será que a máquina poderá substituir trabalho? Pode-se gerar desemprego? Poderá afetar o sistema de ensino?

Analisando-se estes questionamentos, pode-se comprovar que o uso sábio do computador, ao invés de atrapalhar o professor, facilitará suas tarefas ao extremo.

Dermeval Saviani (2000) em seu artigo O Trabalho como Princípio Educativo, já dizia:

"Estamos vivendo aquilo que alguns chamam de Segunda Revolução Industrial ou Revolução da Informática. Penso que se antes, ocorreu transferência de funções manuais para as máquinas, o que hoje está ocorrendo é a transferência das próprias operações intelectuais para as máquinas. Por isso que se diz que estamos na ?era das máquinas inteligentes? ".

Certamente existem professores que se consideram mais conservadores, participando então de um sistema educacional mais conservador, que só optam por ferramentas que tenham como características o controle de diversas atividades específicas do processo atual de ensino. Hobsbawn (1995), fala algo a esse respeito:

"Não sabemos para onde estamos indo. Contudo, uma coisa é clara. Se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio nessa base, vamos fracassar. E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade, é a escuridão."

Vários sistemas computacionais, foram e ainda estão sendo desenvolvidos com essas características, tendo desempenhado tarefas que contribuíram para essa abordagem educacional e que serão, com certeza muito valorizadas por profissionais que compartilham dessa nova visão de educação.

Por outro lado, existem profissionais que se enquadram facilmente em sistemas de ensino sofisticados, que desejam sistemas computacionais com qualidades de inteligência.

O uso do computador na educação deverá promover mudanças na abordagem pedagógica vigente; e não apenas colaborar com o professor, para tornar mais eficiente o processo de transmissão de conhecimento. A utilização da informática na educação deve ser analisada como processo de modernização, renovação e troca de resultados. Bil Gates (1995: 316), proprietário da empresa Microsoft, em seu livro: A Estrada do Futuro salienta que a capacidade para a inovação será muito importante para que sejam superadas as desigualdades sociais e culturais entre classes e povos. Em suas palavras:

"A educação não é a resposta total para todos os desafios criados pela Era da informação, mas é parte da resposta, da mesma maneira que a educação é parte da resposta para uma gama dos problemas da sociedade" (...) "A educação é o grande nivelador da sociedade, e toda melhoria na educação é uma grande contribuição para equalizar as oportunidades".

Ou seja, essa inclusão ultrapassará as fronteiras da educação convencional, dando oportunidades para as escolas de renovar a forma de se trabalhar os conteúdos programáticos. Segundo Valete (s.d) " À educação cabe hoje o papel norteador, para superação das crises resultadas do trabalho".

Os computadores nada mais são do que o meio e não o fim, isso quer dizer quê, eles são somente solucionadores de problemas; é óbvio que sozinho eles não fazem nada, e só podem ser úteis, com a sua ajuda, então tira-se a conclusão de quem é que está realmente no controle.

A introdução do computador, no ambiente escolar, é hoje uma necessidade para o crescimento de uma pedagogia inovadora, assentada na capacidade de educadores propensos a didáticas renovadoras. E a importância do papel do educador neste processo informatizado está em se conscientizar de que se ele não se colocar dentro de seu tempo e caminhar em direção ao desenvolvimento ficará muito difícil gerar um atuação docente de qualidade.

O educador tem que estar consciente de que a tecnologia computadorizada não se resume em teclado, mouse, CPU e software, mas sim em saber empregá-los numa realidade existencial.

É preciso existir uma aliança na utilização de novas tecnologias, buscando a possibilidade de criar e transformar conhecimentos estimulando a comunicação entre as pessoas e visando a expansão da autonomia pessoal nos processos de aprendizado.

O uso destas tecnologias irá mudar o enfoque do processo escolar para o qual os usuários tenham um conhecimento intelectual e profissional de acordo com seus objetivos. Esse processo terá um novo enfoque, conforme cita Robert Branson (s.d) :

"O professor não será mais o detentor do conhecimento e ao aluno simplesmente o receptor, mas professor e alunos irão interagir visando um maior aprimoramento mudando assim o paradigma nos dias de hoje da educação."

A participação do computador dentro das salas de aulas, pode ser visto como um mundo muito novo, onde conceitos podem ser ensinados aos alunos de formas nunca antes imaginados, através de sistemas audiovisuais, utilizando-se de sons e imagens, transformando assim a sala de aula em um laboratório virtual.

A partir deste novo contexto de ensino-aprendizagem tanto o aluno quanto o professor obtêm resultados positivos; o aluno através da diversidade da dinâmica de exploração das informações e do intercâmbio de informações e idéias com outros alunos de outras escolas e outras culturas, enquanto o professor através da possibilidade de reciclagem de conhecimentos, ampliação de conceitos e de sua didática.

O uso da tecnologia pode contribuir para ajudar a viabilizar o ensino, criando novas possibilidades principalmente como apoio pedagógico e em cursos de Educação à Distância.

Favoráveis a uma urgente e necessária educação tecnológica e informativa, é que ressalta-se aqui as palavras de Dermeval Saviani(1994), em seu artigo: O Trabalho como princípio educativo frente as novas tecnologias. No livro de Pierre Lévy (1999), em Cibercultura, Margaret Wertheim(2001), Uma história do Espaço de Dante á Internet, e a Sociedade Informática de Adam Schaff(1995). Esses conhecimentos científicos e éticos, onde diferentes culturas foram respeitadas que se interlaçaram os seguintes temas: novas tecnologias, o computador em sala de aula, cidadania e direitos sociais, educação, pluralismo e diversidade cultural. Algo que me fez refletir quanto às palavras da grande poetisa Roseana Kleigerman Murray quando afirma que:

"No ano 3000 os homens já vão ter se cansado das máquinas e as casas serão novamente românticas. O tempo vai ser usado sem pressa: gerânios enfeitarão as janelas, amigos escreverão longas cartas. Cientistas inventarão novamente o bonde a charrete. Pianos de cauda encherão as tardes de música e a terra flutuará no céu muito mais leve, muito mais leve".

É evidente que num primeiro momento o computador cause certa estranheza ao professor, que por sua vez, já estava acostumado ao giz, quadro e livros, e de repente se depara com métodos novos e diferentes.

No entanto, aprender exige muita dedicação e tempo, no tocante à educação é necessário que o docente busque continuamente oportunidades de capacitação para expandir o seu conhecimento e compartilhá-lo com o aluno.

Acredita-se que o conhecimento e o domínio sobre a informática é indispensável na vida de todo ser humano.

A escola deve disponibilizar aos alunos uma formação condizente à realidade, para que esse aluno possa atuar na sociedade, tornando-se cidadão responsável, crítico e capaz de contribuir para uma sociedade mais justa e humana.

 

4 OS HORIZONTES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

 

A utilização de computadores na Educação é tão remota quanto o advento comercial dos mesmos. Esse tipo de aplicação sempre foi um desafio para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na nossa sociedade.

Informática na Educação, refere-se à inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de Educação.

A Informática na Educação de que se está tratando enfatiza o fato de o professor da disciplina curricular ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. No entanto, a atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições de o aluno construir seu conhecimento.

Quando o computador transmite informação para o aluno, está assumindo o papel de máquina de ensinar, e a abordagem pedagógica é a instrução auxiliada por ele. Essa abordagem tem suas raízes nos métodos tradicionais de ensino, porém, em vez da folha de instrução ou do livro de instrução, é usado o computador.

Quando o aluno usa o computador para construir o seu conhecimento, o computador passa a ser uma máquina para ser ensinada, propiciando condições para o aluno descrever a resolução de problemas, usando linguagens de programação, refletir sobre os resultados obtidos e depurar suas idéias por intermédio da busca de novos conteúdos e novas estratégias.

O uso do computador na criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios. Primeiro, implica entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas idéias e valores. Usá-lo com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender, bem como demanda rever o papel do professor nesse contexto.

Segundo, a formação desse professor envolve muito mais do que provê-lo com conhecimento sobre computadores. O seu preparo não pode ser uma simples oportunidade para passar informações, mas deve propiciar a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento que ele constrói.

Um grande avanço tecnológico, foi a criação das Universidades de Ensino a Distância, que estreitaram virtualmente suas relações com os mais diversificados tipos de alunos.

Na educação à distância, entende-se que o avanço das tecnologias possibilitando a integração de mídias, proporcionam variadas possibilidades de estudo ao aluno, atendendo às diferentes formas de aprender. No entanto, é claro que as tecnologias por elas próprias não dão conta de garantir a aprendizagem. Assim a preocupação com a abordagem educacional é fundamental. Essa é uma área da Educação que ainda sofre muitos preconceitos, apesar de toda nova infra-estrutura que, principalmente, a tecnologia nos trouxe. A Educação a Distância (EAD) ou e-Learning (quando se usa meios eletrônicos para tal fim), é uma boa opção para diversos alunos que não têm como se locomover à escola, por exemplo, ou podem apenas estudar sem hora pré-determinada.

Há inúmeras opções de cursos à distância, desde supletivos a programas de pós-graduação. Algumas empresas já estão nessa área há anos. Vantagens não faltam para quem pretende cursar este tipo de programa. Alguns possuem apenas provas presenciais, outros, pouquíssimas aulas em que a presença do aluno se faz necessária.

Mas os objetivos são os mesmos em oferecer os melhores conteúdos a todos os interessados, de qualquer lugar, com a maior comodidade. Para isso, esses programas contam com tira-dúvidas online, por correspondência, por telefone, ou mesmo pessoalmente.

Os computadores e a Internet aos poucos vão deixando de ser objetos estranhos nas escolas e no mundo da educação.

As novas tecnologias de comunicação, mesmo lentamente, vem se integrando a atividade educativa. Mas elas são basicamente usadas como "apoio", que se acrescenta à atividade de educação que, da mesma forma, segue seu curso dentro de uma visão e dinâmica bastante tradicional.

As novas tecnologias de informação e comunicação estão contribuindo para a transformação do aprendizado. Elas abrem outros modos de aprender que não se restringem às escolas e universidades formais. Por meio dessas tecnologias espaços mais abertos se constróem, como o ensino a distância, possibilitando aos profissionais aprender permanentemente, solucionando os problemas de falta de acesso à educação e das dificuldades de estudo em local e horário rígido. A esse respeito Nunes (2008) afirma que:

"As novas tecnologias da informação e de comunicação em suas aplicações educativas, podem gerar condições para um aprendizado mais interativo, através de caminhos lineares, em que o estudante determina seu ritmo, sua velocidade, seus percursos".

Os sistemas elaborados para a Educação Profissional à Distância podem e devem beneficiar-se do suporte da realidade virtual.

É requerido que um sistema para a Educação Profissional à Distância faça uso de controle de qualidade de serviço das redes; utilize os recursos de vídeo e áudio sempre que necessário; permita a agregação de programas de áreas específicas desejável que um sistema para que a educação profissional à distância possibilite a criação de novos ambientes de modo a se adequar à diversidade de instituições de ensino básico, técnico e tecnológico. Essa expansão é espelhada pelo crescimento nos números e tipos de usuários de redes, desde o pesquisador até o usuário doméstico.

A educação a distância apresenta várias vantagens. Muitas destas se resumem à própria concretização de seus objetivos e estão relacionadas à: abertura; flexibilidade; eficácia; formação permanente e personalizada; e à economia de recursos financeiros. Citam-se, então, as várias vantagens desta modalidade de ensino:

- Combinação entre estudo e trabalho.- Permanência do aluno em seu ambiente familiar.- Menor custo por estudante;- Diversificação da população escolar;- Pedagogia inovadora;- Autonomia do aluno;- Materiais didáticos já incluídos no preço;- Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio;- Apoio com conteúdos digitais adicionais;- Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade;

Enfim, a EAD possibilita uma flexibilidade: Onde estudar? Quando estudar? Em que rítmo? Por isso, ao entendermos os níveis de ensino, que se utilizam da Educação a Distância (EAD) para o seu desenvolvimento, faz-se necessário reconhecer as várias vantagens desta modalidade, pois a educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular, no ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequada para a educação de jovens e adultos (EJA), principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa.

Os ambientes essenciais de um sistema de suporte EAD, são aqueles sem os quais a EAD simplesmente não funciona. Foram encontrados de uma forma ou de outra em todos os ambientes visitados. São ambientes criados para dar as características essenciais de interatividade e assincronia, sem as quais a EAD não conseguiria realizar-se plenamente, exceto talvez, apenas repetindo a educação tradicional.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Vivemos numa sociedade onde a informação e a comunicação adquirem uma enorme importância, e a educação não pode permanecer alheia aos novos meios de processamento, elaboração, armazenamento e distribuição de tal informação, base para posteriores aprendizagens e conhecimentos.

A incorporação das novas tecnologias multimídia ao ensino é inevitável, mas terá que fazer-se apoiada em postulados educativos, em abordagens didáticas, em esquemas comunicativos inovadores e multidirecionais. Uma integração satisfatória de novos e variados meios na educação exige, ainda, um professorado conhecedor de suas vantagens e inconvenientes, capaz de assumir as funções que diferentes modelos e situações de aprendizagem lhes exigem. Consequentemente, é absolutamente necessário dedicar a maior atenção possível à formação inicial e permanente dos professores.

As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação, desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e especialmente, novas relações entre professor e aluno.

A revolução trazida pela rede mundial, possibilita que a informação gerada em qualquer lugar, esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a simultaneidade da informação são ganhos inestimáveis para a humanidade. Não se pode ignorar a chegada dessas novas tecnologias.

A internet tem contribuído fortemente para uma total mudança nas práticas de comunicação e conseqüentemente, educacionais: na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como instrumento complementar na sala de aula, ou como estratégia de divulgar a informação.

Através da inclusão tecnológica diversas habilidades podem ser praticadas simultaneamente, facilitando a formação desses indivíduos polivalentes e multifuncionais, diferente, principalmente quando a utilização da internet possibilitar diversos tipos de comunicação e interação entre as culturas de forma bastante enriquecedora.

 

 

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRETTI, Celso João. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.

GATES, Bill. A estrada do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins,1999.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo:Editora 34,1999.

LITTO, Frederic Michel (ORG). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

MATTA, Alfredo Eurico Rodrigues. Comunidades em rede de computadores: abordagem para a Educação a Distância ? EAD acessível a todos. http://ccvap.incubadora.fapesp.br/portal/materiais/prod_1_comunidades_em_rede.pdf Acesso em: 19 de maio de 2009.

SCHAFF, Adam. A sociedade informática: as conseqüências sociais da segunda revolução industrial. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

WER THEIM, Margaret. Uma história do espaço de Dante à Internet. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2001.


Autor: Waleria Caminha


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