NetSaber - Artigos

Da Série: A Arte na Gestão de Pessoas

Mais uma vez é preciso entender e compreender o papel do Gestor na liderança da equipe, se sua atitude for de confronto qual é a conseqüência?

Para ficar claro imagine-se como o capitão de um navio em altar mar, no meio do Atlântico.

Em terra firme ficou seu chefe, o Almirante, de quem você se socorre nos momentos de crise, nos momentos em que precisa de orientação, mas lembre-se ele está em terra firme e não em alto mar com você.

Ali no meio do mar toda a tripulação responde para você e coisas precisam de ser feitas, trabalhadas, realizadas, acabadas. Imagine seu comando regido pelo confronto, pelo exercício só da autoridade  é certo você tem de fato a autoridade e a responsabilidade pelo comando, e, assim exerce seu poder sobre toda a tripulação.

Neste momento quero então te lembrar do que pode acontecer!

Suponha que a tripulação se revolte com o exagero do seu modo de exercer o poder, seu desmando meramente para fazer prevalecer sua opinião porque você é "o chefe!

Certamente, toda a tripulação sabe que deve obediência, que o trabalho precisa ser feito, que qualquer ato inadequado será posteriormente punido pela hierarquia, afinal há um Almirante esperando em terra.

Mas, nessa hora diante do conflito e do exercício do poder, saiba que todos se esquecem do Almirante. Isso é algo que só vão se lembrar mais tarde, fora da hora do calor e da pressão  mas naquele momento a única coisa que de fato é percebida e está à frente de todos é o exercício do poder. O que acontece é que a tripulação se revolta e fará de tudo para te jogar no mar.

O Capitão  mais tarde, certamente vão pensar nas conseqüências mas o Capitão já foi para o mar! Há como evitar isto se tua direção de comando for baseada no respeito à individualidade de cada um, se o comando for baseado no liderar e não no mandar.

Certamente, haverá aquele que precisa ser substituído, mas espere o navio atracar, não dá para fazer isto em alto mar, pois o custo operacional é alto e em alguns momentos até intolerável, ou seja, não recomendável, então deve o Líder saber lidar com essas barreiras e oportunidades, para mostrar seu valor de saber lidar com o contraditório, saber o momento, saber escolher adequadamente a hora para fazer a tal substituição  seu erro no conduzir disso  mesmo que tenha tido a mais plena razão, bem, isso agora não importa mais, pois o capitão já foi lançado ao mar.

Naturalmente, nem todos os gestores são de fato comandantes de navios, mas se a tua atitude for a partir desse raciocínio, certamente será mais ponderado e mais assertivo, seja na condução da equipe, no reconhecimento das contribuições individuais, ou na escolha do momento certo para fazer ajustes, compatibilizando o potencial de realização com os desafios ao qual está exposto pelo seu Almirante.

Lembre-se, ... quando a tripulação chegar ao porto contará com enorme dor e pesar ao Almirante que te viram cair, e por mais que se esforçassem não conseguiram te salvar...  cá entre nós, e você bem sabe, ...você há muito tempo não treinava a natação - sempre teve baixa performance para ficar boiando, não permitindo assim que eles pudessem te salvar... e o Almirante que sabe bem da tua performance pode até não acreditar, mas isso não importa mais para você. Importa!